quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

A Ilustração do Professor e do Barqueiro


Certa vez, um professor muito culto, cheio de diplomas e orgulho do seu conhecimento, precisava atravessar um rio para chegar a uma cidade vizinha. Ele encontrou um barqueiro simples, homem humilde, de fala lenta, mãos calejadas pelo trabalho diário.

Enquanto remavam, o professor resolveu puxar conversa.

Meu amigo, o senhor estudou História? — perguntou o professor, querendo impressionar.

Não, sinhô… num tive estudo, não, respondeu o barqueiro com simplicidade.

O professor balançou a cabeça com ar de reprovação:

Que pena! O senhor perdeu um quarto da sua vida.

O barqueiro ficou calado. Continuaram a travessia.

Alguns minutos depois, o professor tornou a perguntar:

E Gramática? O senhor estudou Gramática?

Também não, sinhô… — disse o barqueiro.

Que desperdício! O senhor perdeu metade da sua vida.

O barqueiro permanecia humilde, apenas remando.

Depois de algum tempo, o professor insistiu:

E Matemática? O senhor ao menos conhece Matemática?

Não, sinhô… não sei essas coisa.

O professor suspirou com ar de superioridade:

Então o senhor perdeu três quartos da sua vida!

O barqueiro abaixou a cabeça, envergonhado, mas continuou o seu trabalho.

De repente, o vento mudou, o barco começou a balançar forte e uma tempestade se formou rapidamente. As águas do rio ficaram violentas e o barquinho começou a encher de água.

Desesperado, vendo que o barco podia virar a qualquer momento, o barqueiro perguntou:

Sinhô professor… o senhor sabe nadar?

N-não! — respondeu o professor, apavorado.

Foi então que o barqueiro disse:

Pois é, sinhô… então o senhor perdeu a vida inteira!

Pouco depois o barco virou, e tudo aquilo que o professor sabia não pôde salvá-lo.

Moral da ilustração

  • Há conhecimentos importantes, mas a vida é muito maior do que diplomas, títulos ou teoria.
  • A sabedoria prática, a humildade e o caráter muitas vezes valem mais do que erudição.
  • Nunca subestime alguém simples: ele pode ter algo que você precisa.
  • O conhecimento que realmente importa é aquele que salva a vida — e isso, espiritualmente, aponta para Cristo.

                                         Para Refletir!

                                          Deus abençoe a sua vida.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

PROVAÇÃO, TENTAÇÃO E TRIBULAÇÃO: UMA ANÁLISE BÍBLICA E TEOLÓGICA


 Por: Josué de Asevedo Soares

Introdução

A vida cristã não está isenta de desafios. A própria Escritura afirma que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). Contudo, a Bíblia distingue termos importantes relacionados ao sofrimento humano: provação, tentação e tribulação. Embora relacionados, cada um possui natureza, origem e finalidade distintas. Compreender tais diferenças é vital para interpretar corretamente a ação de Deus e a responsabilidade humana diante das adversidades.

1. Provação, Tentação e Tribulação: Diferenças Fundamentais

1.1 Provação

A provação tem como origem divina e como objetivo aprovar, purificar e fortalecer a fé do crente. Tiago afirma: “a prova da vossa fé produz paciência” (Tg 1.3). Deus não prova para destruir, mas para amadurecer.

  • Para John Stott, “Deus prova os seus filhos não para informá-lo de algo que Ele não saiba, mas para revelar a eles próprios a autenticidade da sua fé”.¹
  • Charles Spurgeon dizia: “A provação é o fogo que consome a escória, mas jamais o ouro”.²

A provação revela o caráter do crente e expõe o quanto ele confia em Deus.

1.2 Tentação

A tentação tem natureza distinta: ela é um convite ao mal, ao qual Deus nunca é autor (Tg 1.13). Ela pode vir:

  1. Da carne – nossos desejos pecaminosos (Tg 1.14);
  2. Do mundo – o sistema contrário a Deus (1 Jo 2.15–17);
  3. De Satanás – o tentador (Mt 4.3).
  • Martinho Lutero descreve a tentação como “uma escola amarga, mas necessária”, afirmando que o cristão cresce ao lutar contra ela.³
  • Agostinho dizia: “A tentação revela não apenas nossa fraqueza, mas nossa necessidade constante da graça”.⁴

Enquanto a provação testa, a tentação seduz. A tentação é sempre moral; visa levar ao pecado. A provação é sempre pedagógica; visa ao crescimento.

1.3 Tribulação

A tribulação refere-se ao sofrimento externo, muitas vezes decorrente do mundo caído, da oposição humana ou de circunstâncias diversas. Inclui aflições, angústias, perseguições e dores gerais.

  • Segundo João Calvino, “as tribulações são instrumentos mediante os quais Deus exercita a paciência dos santos, moldando-os à imagem de Cristo”.⁵
  • John Wesley entendia que tribulações são “meios de graça”, pois tornam o cristão mais dependente do Espírito.⁶

As tribulações podem envolver enfermidades, crises emocionais, perseguições ou qualquer sofrimento que pressiona a alma.

2. Exegese Bíblica de 2 Coríntios 1.8

“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia; pois fomos sobremaneira agravados, mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos.” (2 Co 1.8)

Paulo descreve aqui uma experiência de tal intensidade que o levou ao limite emocional e físico. Algumas observações:

2.1 A palavra “tribulação” (θλῖψις – thlípsis)

Significa pressão extrema, esmagamento, sufocamento. A imagem é de algo que aperta e oprime até retirar o fôlego.

2.2 “Acima das nossas forças”

Paulo não está negando 1Co 10.13; aqui não se trata de tentação ao pecado, mas de sofrimento circunstancial. Deus permite tribulações acima da capacidade humana, mas nunca tentações além do suportável.

2.3 O propósito

No contexto, Paulo explica: Deus permitiu isso para que “não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos” (2 Co 1.9).

Calvino comenta:

“Paulo não lamenta o sofrimento, mas louva a Deus que o ensinou a não confiar em si mesmo.”⁷

Esta tribulação foi um instrumento de dependência e maturidade, não um convite ao mal.

3. Exegese Bíblica de 1 Coríntios 10.13

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além do que podeis suportar…”

Aqui, o tema é tentação ao pecado, não tribulação ou provação.

3.1 A palavra “tentação” (πειρασμός – peirasmós)

No NT, pode significar tanto prova quanto tentação. O contexto define.
Em 1Co 10.13 significa claramente tentação para pecar.

3.2 Deus limita a tentação

O texto afirma:

  • Toda tentação é “humana”, isto é, comum.
  • Deus controla seu alcance.
  • Deus sempre provê “escape”.

Agostinho comenta:

“Deus permite a tentação, mas não abandona na tentação; Ele oferece força e saída para que ninguém seja vencido por necessidade, apenas por escolha.”⁸

Assim, Deus não impede que sejamos tentados, mas impede que a tentação seja irresistível.

4. Conclusão

A Bíblia apresenta três realidades distintas na vida cristã:

  • A provação vem de Deus e promove crescimento.
  • A tentação apela ao pecado e vem da carne, do mundo ou do diabo.
  • A tribulação é o sofrimento da vida e muitas vezes nos leva além das forças.

2 Coríntios 1.8 mostra que Deus pode permitir tribulações além da nossa força, para que confiemos nEle.
1 Coríntios 10.13 mostra que Deus nunca permite tentações além da força, e sempre oferece escape.

A vida cristã é marcada por provações que refinam, tentações que exigem vigilância e tribulações que amadurecem. Em todas, porém, Deus é fiel e presente.

_____________________________________________________________________

  1. John Stott, A Mensagem de Tiago, Página: 23–25 ABU Editora. 2001.
  2. Charles H. Spurgeon, Sermões Selecionados, Página: 57 .Ed. PES.1995.
  3. Martinho Lutero, Comentários de Gálatas. Página: 112–113
    Editora: Editora Sinodal.  2000
  4. Agostinho, Confissões. Página: 241. Editora: Paulus.  1999.
  5. João Calvino, As Institutas, III, 8. Pág: 684–686. Editora: Cultura Cristã.  2006
  6. John Wesley, Sermões, edição da Igreja Metodista. Pág: 131. Editora: Imprensa Metodista. 1984.
  7. João Calvino, Comentário de 2 Coríntios. Pág: 28–29.Editora: FIEL. 2009.
  8. Agostinho, Enchiridion. Pág: 121. Editora: Paulus.  1995

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

TEMA: NAS NOSSAS FRAQUEZAS, DEUS NOS TORNA FORTES

 

                        Texto base: “Porque quando estou fraco, então é que sou forte.” (2 Co 12.10).

INTRODUÇÃO

Onde o homem termina, Deus começa. Amados irmãos, varões e Igreja do Senhor, nesta noite nós nos reunimos para celebrar, para adorar e para sermos fortalecidos na presença de Deus. Mas quero começar dizendo algo importante: ninguém aqui é forte o tempo todo. Mas, precisamos nos fortalecer em Deus, buscando-o enquanto se ode achar (Is 55.6).

O que é Fraqueza? É condição de pouca força, vigor ou resistência — física, emocional ou moral; estado de debilidade, fragilidade ou vulnerabilidade. Em Ef 4.27 está escrito: “Não des lugar ao diabo”. Portanto, a nossas fraquezas fala: 1) Da nossa natureza pecaminosa; 2) Estamos sujeitos ao ataca do maligno; 3) fala da influência do mundanismo.

Todos nós, homens, líderes, pais, jovens, obreiros, pastores, diáconos, servos e servas de Deus, todos enfrentamos nossas fragilidades:

·        Há homens fortes por fora, mas quebrados por dentro;

·        Homens fiéis no altar, mas em luta no secreto;

·        Homens valentes na igreja, mas cansados na mente e no coração.

Mas hoje a Palavra do Senhor nos lembra: A fraqueza que você tanto tenta esconder pode ser exatamente o lugar onde Deus vai revelar Sua maior força.O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9). Na lógica humana, o forte vence. Mas no Reino de Deus, vence aquele que reconhece sua dependência do Senhor. E é por isso que o apóstolo Paulo declara: “Quando estou fraco, então é que sou forte.” Não é uma contradição, é uma revelação espiritual.

Contexto (vv.1–4) - Paulo fala de revelações extraordinárias (o “terceiro céu”), mas evita se vangloriar dessas experiências para não ser visto como superior. Ele desloca o foco do extraordinário para o essencial: a graça de Deus.

O “espinho na carne” (v.7) - Deus permite uma limitação constante para impedir a soberba. O espinho mantém Paulo humilde e dependente do Senhor, não há certeza bíblica sobre o que era, mas era algo doloroso e persistente.

1.     A FRAQUEZA REVELADA — RECONHECER É O PRIMEIRO PASSO PARA SER CURADO.

Em 2 Coríntios 12.7 - Paulo fala do “espinho na carne” que lhe foi dado.

1.     Humildade – O espinho o impedia de se exaltar por causa das revelações que recebeu.

2.     Dependência de Deus – Sua fraqueza o levava a confiar mais na graça e no poder do Senhor.

3.     Propósito redentor – Mesmo a dor tinha um propósito: preservar sua vida espiritual e seu ministério.

·       Paulo fala sobre um “espinho na carne”. Ele não ESCONDE, não NEGA, não DISFARÇA. E isso já é um grande ensinamento para nós, homens.

Vivemos em uma sociedade que diz:

·        “Homem não chora”

·        “Homem não erra”

·        “Homem resolve tudo sozinho”

Mas a Bíblia nos ensina algo diferente: “O homem mais forte não é o que nunca cai, mas o que reconhece sua fraqueza, não fica protrado e se levanta em Deus.”

Reconhecer a fraqueza não é vergonha. Aquele confessa e deixa alcançará misericórdia (Pv 28.13). Portanto, É maturidade espiritual; É humildade; É porta aberta para o agir de Deus.

Deus não opera na soberba. Deus opera no coração quebrantado. “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17).

Aplicação aos varões: Se nós queremos ser homens segundo o coração de Deus, precisamos reconhecer:

·        Onde temos falhado como pais

·        Como sacerdotes do lar

·        Como líderes

·        Como maridos

·        Como referência espiritual.

Entenda e saiba: “Enquanto você esconde sua fraqueza, Deus não pode tratá-la; mas quando você a entrega, Ele a transforma em testemunho.” O filho Pródigo disse... Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; ... (Lc 15.18,19).

2. A RESPOSTA DE DEUS À FRAQUEZA — GRAÇA SUFICIENTE.

Em 2 Coríntios 12.9 E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim ...”  Paulo pede três vezes que Deus retire o espinho. Mas Deus responde: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.”  Deus não removeu o espinho… Mas deu algo maior: Sua graça e Seu poder. Saiba que: “A fraqueza é o cenário, mas a graça de Deus é a manifestação do milagre.”  Aqui está uma verdade para essa festividade: O milagre não está na ausência do problema, mas na presença do poder de Deus em nossas vidas para solucioná-los.

Exemplo de Gideão — Juízes 7

Gideão começa com 32 mil homens. Deus reduz para 300. Por quê? Porque Deus queria deixar claro: A vitória não viria da força dos homens, mas no agir da mão de Deus. “Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4.6). Deus abate o eu do homem, e assim o seu poder e sua gloria se manifesta.  Talvez Deus também esteja abatendo e reduzindo algumas coisas na sua vida:

·        Recursos

·        Apoios

·        Segurança

·        Controle

Não é castigo. É preparação para manifestar a glória de Deus.  É importante considerar que Paulo sabia: 1) que a autoconfiança espiritual é perigosa; 2) Não é possível viver o cristianismo, independente de Deus; 3) Só poderia viver a fé contando sempre com o favor, a misericórdia de Deus.

3. A TRANSFORMAÇÃO — A FRAQUEZA NAS MÃOS DE DEUS SE TORNA FORÇA

Paulo diz: “Quando sou fraco, então sou forte.” 2 Co 12.10. “Posso todas as coisas por meio de Cristo, que me fortalece” (Fp 4.13).

“Quando sou fraco, então é que sou forte” (2 Co 12.10). Ele aprendeu que a fraqueza o mantinha:  Humilde; Dependente de Deus; Sensível à graça e Guardado do orgulho. A fraqueza se tornava uma proteção espiritual.

Na lógica humana, força é virtude. Mas no Reino de Deus:

·       O fraco é fortalecido: “Dá força ao cansado, e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Is 40.29).

·       O último é primeiro “Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mt 20.16).

·       O vaso de barro manifesta o tesouro. “Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós” (2 Co 4.7).

Ele aprendeu um segredo: A força que vem de Deus não é natural, é sobrenatural. Por isso sabemos: “O que é fraqueza para o homem, em Deus se transforma em autoridade espiritual.”

Veja isso em grandes homens da Bíblia:

Moisés - “Eu não sei falar...” Deus diz:“Eu serei com a tua boca.” Portanto, Deus usa lábios inseguros para declarar a Sua vontade.

Sansão - Sansão derrotou mil inimigos usando uma queixada de jumento; depois ficou exausto e com muita sede. Ele clamou a Deus, e o Senhor fez brotar água, restaurando lhe as forças. (Jz 15.14-18). Deus transforma uma simples queixada em arma de vitória e faz brotar água no deserto para quem clama em fé.

Davi - Apenas um pastor de ovelhas. Mas Deus diz: “Eu vejo um rei.” Enquanto o homem vê aparência, Deus vê propósito.

Pedro - Negou Jesus. Mas depois, pregou com ousadia.  A graça de Deus é capaz de reconstruir o que o medo destruiu.

E hoje, a Palavra de Deus está dizendo: “Eu não te vejo como você se vê. Eu te vejo como eu criei você para ser.”

4. COMO DEUS NOS TORNA FORTES — O CAMINHO DA VERDADEIRA FORÇA

A) Pela Sua Presença - “Não temas, porque eu sou contigo.” (Isaías 41.10). Entendemos: “Quando a presença de Deus está conosco, nenhuma fraqueza pode nos parar.”

B) Pela Sua Palavra - “A fé vem pelo ouvir…” (Romanos 10.17). Entendemos:  “A Palavra sustenta o homem quando tudo ao redor desmorona.”

C) Pelo Espírito Santo - Ele intercede por nós (Romanos 8.26). Compreendemos:
“Quando sua força termina, o Espírito Santo entra em ação.”

D) Pela Dependência diária - Deus não quer homens autossuficientes, mas dependentes Dele. Observamos: “Quanto mais nos rendemos, mais fortes nos tornamos em Deus.”

5. APLICAÇÃO PRÁTICA: Hoje Deus quer levantar:

·        Homens de oração; 2. Homens de Palavra; 3. Homens de caráter; 4. Homens de compromisso; 5.  Homens cheios do Espírito Santo.  Talvez você tenha chegado aqui dizendo: 1) “Eu não consigo mais”; 2) “Eu estou cansado” e 3) “Eu falhei”.

Mas Deus te trouxe aqui para ouvir: “A sua fraqueza não será seu fim, será o lugar do seu maior testemunho.” Agora é tempo de:

·        Entregar suas fraquezas no altar

·        Substituir o medo pela fé

·        Trocar o desânimo pela esperança

·        Confiar não em você, mas no Senhor

 CONCLUSÃO   

 Quando   estamos fracos, é quando Deus mais opera. Nossa fraqueza não nos define. Mas, cuidado. Quem nos define é o Deus que nos fortalece.

O mundo honra os fortesDeus honra os dependentesCompreendemos que: “Quando estamos fracos em nós mesmos, estamos exatamente no lugar onde Deus pode nos fazer fortes Nele.” E hoje, eu declaro: Deus está levantando homens fortes, não pela força do braço, mas pelo poder do Espírito!

Se você crê nisso, diga: “Na minha fraqueza, Deus  me faz forte!”

                                         Fraternalmente em Cristo, 

                                         

                           Josué de Asevedo Soares




segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Tema: “Até que Ele venha: firme e constante, pois há um galardão.”

 



1 Coríntios 15.58 – “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.”

  • Hebreus 10.37 – “Porque ainda um pouquinho de tempo, e Aquele que há de vir virá, e não tardará.”

Introdução

Vivemos dias de instabilidade, pressões e incertezas. A fé cristã é desafiada por distrações, pelo cansaço e pelo desânimo. Porém, a Palavra nos chama a permanecer até que Cristo venha, não de forma ocasional, mas firme, constante e perseverante, porque nosso Senhor vem e com Ele traz o galardão preparado para os fiéis. Cuidado com o inimigo das nossas almas pois ele vai tentar te destruir, mas se não conseguir ele vai tentar te distrair.

A pergunta que ecoa é: Como permanecer firmes até que Ele venha?

Enfatizo que a expressão “Até que Ele venha” transmite pelo menos três ideias fundamentais:

1.     Caminhar ou caminho – Como estou vivendo nesse caminho? Estou, de fato, no caminho?

2.     Algo que tem início e fim – A consciência de que há um começo e também um desfecho para a jornada.

3.     Aguardar ou esperar – De que maneira estou aguardando a Sua vinda?

 

I Até que Ele venha, precisamos permanecer firmes (1Co 15.58)

Ser firme está ligado à postura de convicção. É permanecer inabalável nos princípios, na fé e na verdade, mesmo diante da oposição, da dúvida ou da pressão. A firmeza fala de base, fundamento e decisão. Quem é firme não negocia valores, não se dobra às circunstâncias. Portanto, firmeza é não se desviar do que é certo.

1.1. Firmes na fé – Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé.”(1 Jo 5.4).

  • Não movidos pelas circunstâncias, mas pela promessa.
  • A fé é o fundamento que nos sustenta quando tudo ao redor treme.

“Contudo quando vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8).

1.2. Firmes na doutrina – Cuidado com o vento de doutrina: “para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.” (Ef 4.14).

  • Em tempos de relativização, permanecemos na sã doutrina.
  • O que o céu afirma não pode ser negociado na terra.

1.3. Firmes em Cristo

·       Ele é a Rocha: “Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado” (Sl 62.6).

·       Quem está nEle não é abalado pelos ventos.

II. Até que Ele venha, precisamos ser constantes

Ser constante está ligado à perseverança no tempo. É continuar caminhando, mesmo quando há cansaço, monotonia ou silêncio. A constância fala de continuidade, disciplina e fidelidade diária. Quem é constante não desiste no meio do caminho. A Constância é não parar de fazer o que é certo.

“...sempre abundantes na obra do Senhor” (1 Co 15.58)

2.1. Constantes na obra do Senhor

 “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.”(Gl 6.9).

  • Não apenas começar bem, mas perseverar até o fim.
  • Constância revela maturidade espiritual.

·        “Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo.” (Mt 24.13).

2.2. Constantes em vigilância, oração e devoção

  • A constância mantém o fogo aceso e o coração vigilante. A Parábola das dez virgens (Mt 25.1–13).

2.3. Constantes no amor e no serviço

“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados.” (1Pe 4.8). O amor cobre multidão de falhas e sustenta a caminhada.

III. Até que Ele venha, lembre-se: há um galardão

3.1. O galardão é promessa garantida (Ap 22.12)

    "Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez".

3.2. Deus não é injusto para se esquecer do que fazemos (Hb 6.10)

  • Deus não é injusto para se esquecer do trabalho e do amor demonstrados por alguém que serve aos santos. Ele observa cada gesto, cada renúncia, cada lágrima.

·        A passagem foi escrita para encorajar os cristãos a perseverar em sua fé e nas boas obras, pois suas ações não serão esquecidas por Deus.

3.3. O galardão é para os que permanecem até o fim

  • “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Ap 2.10).

 

Conclusão

A jornada pode ser longa, mas Ele vem. Podem faltar forças, mas não falta promessa.
O tempo pode ser difícil, mas o fim é glorioso.

Diante disso, a palavra para nós é: Seja firme. Seja constante. Continue. Não pare. Não desanime.

Porque “Aquele que há de vir virá”, e quando vier, encontrará seus servos fiéis e lhes dará o galardão eterno.

 

                                         Fraternalmente em Cristo,

Josué de Asevedo Soares