“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer
espada de dois gumes; ela penetra até o ponto de dividir alma e espírito,
juntas e medulas, e julga os pensamentos e as intenções do coração”. (Hebreus
4.12). A Expressão “Palavra
de Deus” tem diversos significados na Bíblia e pode-se afirma que na perícope
acima inclui toda revelação divina e o poder criador e salvador de Deus (Is
49.2; Jo 1.1-18; Ef 6.17; Hb 1.3; 1 Pe 1.23-25). Entendemos que a unidade da
Bíblia se constitui numa prova de que a mente do Eterno enxergava tudo e
orientava os seus escritores. Portanto, a harmonia e unidade das Escrituras se
constituem num milagre inigualável. A Palavra de Deus é tão extraordinária que
ela atinge o alvo sem qualquer esforço e sem errar, chagando a medida certa a
alma do ouvinte, escreveu o profeta Isaias: “Assim será a minha palavra, que
sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, antes fará o que me apraz,
e prosperará naquilo para que a enviei”.(Isaias 55.11). Portanto, nenhum homem
por mais sábio que seja poderá fugir da realidade e da autoridade das
Escrituras sagradas. O Apóstolo Paulo certa vez fez uma maravilhosa declaração
que “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para
redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Tm 3.16). Aqui Paulo
mostra-nos a autoridade e uso da Bíblia, tendo em vista, o autor ser próprio
Deus e seu real interprete o Espirito Santo. O Apóstolo enfatiza que a Palavra
do senhor é proveitosa e uteis para todos nós. O termo “inspiração” no
grego é “ theopneustos”, que em sua literalidade seria “soprado por Deus”,
portanto, a Escrituras Sagradas é a boca do Senhor. No versículo de Hebreus
4.12 a expressão “e mais afiada que qualquer espada de dois gumes” permite-nos
trazer a tona o termo “espada do Espírito” que se encontra na epístola de
Efésios 4.17, ou seja, o tutor direto desta espada é o Espírito Santo,
compreendemos que nenhum homem pode ser fazer dono desta espada ou até mesmo
tentar modifica-la, pois o seu único dono é Espírito de Deus. Observando o
texto de Hebeus 4.12 e Efesios 6.17, entendemos que as Escrituras é tão afiada
que atinge lugares que o homem com sua capacidade jamais chegaria, mas a
Palavra que é do Espírito faz corte tão profundo que atinge a alma e
espírito do homem, juntas e medulas dentro do homem, e julga os pensamentos e
as intenções do coração vai na área que o psicólogos e psicanalistas tentam
atingir muitas vezes com pouco sucesso. Mas, Bíblia, Aleluia vai lá! E faz obra
promovida pelo Senhor. Glória Deus! Mas Paulo ao Efesisos 6.17 mostra como esse
corte pela espada do Espírito trás benefícios para cada ação da espada utiliza
com insistência a preposição “PARA”, veja:“para ensinar, para redarguir,
para corrigir, para instruir em justiça”. A
expressão ensinar no grego é didaskalia, ou seja, significando tanto a função
de ensinar como a informação de doutrinar, isto é, a ênfase é o ensino
transmitido com alerta e admoestação. A palavra redaguir no grego é “elenchos”
que transmiti-nos a idéia de um apologista, que deve refutar os falsos mestres
com suas falsas doutrinas. Paulo ressalta a palavra “correção” que no grego é
“epanorthosis” que em seu significado transmite a ideia de colocar em ordem,
reparar, restituir, endireitar de novo, ou seja, o Espírito com a atuação da
Palavra tira aquilo que não presta, concerta e restituir o que foi perdido. Por
último temos a palavra “instruir em justiça”. No grego a palavra instruir é
“Paideia” que significa ter sobre tutela ou treinamento, ou seja, é
a educação de uma criança que neste caso é disciplinada por um
educador. É através da Palavra de Deus que somos educados e
disciplinados para que cheguemos à estatura de varão perfeito (Ef 4.13).
Que Deus abençoe a
todos em Cristo.
Pr.
Josué de Asevedo Soares.
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