terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Libertação do Campo de concentração de Auschwitz completa 70 anos

Nesta terça-feira 27 de Janeiro 2015 o mundo lembra, dos 70 anos da libertação de Auschwitz, o campo de concentração nazista onde se estima que cerca de 1 milhão de judeus foram mortos de forma brutal e desumana. A chegada do exército soviético pôs fim ao sofrimento dos sobreviventes. Alguns deles estão na Polônia para participar das celebrações.As lembranças estão todas no local, apesar de os nazistas terem tentado apagar as evidências do Holocausto quando souberam que o exército russo estava próximo. Muitos prédios foram recuperados, e até o famoso portão, que dava uma falsa promessa para quem ia morrer aqui: está escrito em alemão: o trabalho liberta.Os locais onde ficavam os prisioneiros guardam o que sobrou deles: malas, sapatos, muitos de crianças. Como não eram aptas a trabalhar, iam direto para as câmaras de gás.A primeira foi criada em Auschwitz e se mostrou tão eficiente para exterminar seres humanos que cópias foram replicadas em outros campos de concentração. Mas 70 anos depois a sensação de estar dentro da câmara ainda é dramática, é triste, é chocante. Uma das coisas mais impressionantes são as marcas na parede, parecidas com arranhões. Difícil dizer se forma feitas por prisioneiros ou por pessoas que visitaram a câmara de gás, como uma homenagem. O gás era jogado de um buraco. Havia centenas de pessoas amontoadas que levavam até 20 minutos para morrer. Depois os corpos eram levados para uma sala ao lado onde eram queimados. David Wisnia perdeu os pais e um irmão, e só conseguiu sobreviver porque os nazistas, que gostavam de música, procuravam um cantor entre os prisioneiros. “E todo o mundo sabia que eu cantava bem”, conta ele. David mostra uma canção que ele compôs quando era prisioneiro, que tem como refrão algo como ‘Aushwitz, eu quero destruir você’. Hoje ele e os outros sobreviventes que voltaram querem o contrário: querem que Auschwitz permaneça como uma lembrança, para que algo assim nunca mais aconteça. Em Israel há o museu do Holocausto que relembra as marcas do massacre causado pelos nazistas, muito visitantes choram por ver tamanha violência e maldade.
Texto do Bom dia Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário