"Vós
me chamais o Mestre e Senhor e dizeis bem; porque eu o sou" (João 13. 13).
O termo רַבִּי (rabbi), que
geralmente significa “meu professor”, significa literalmente uma pessoa de
autoridade, importância, abundância e até mesmo grandeza. Em outras palavras, o
רַבִּי (rabbi) é uma pessoa que tem muito para ensinar e transmitir.
Observando mais profundamente na
historia bíblica geralmentes רַב (rav) é uma medida e tem que ver com
quantidade numérica ou duração. Na Torá, a nuvem de presença divina pairou
sobre o tabernáculo por יָמִים רַבִּים (yomim rabim) “muitos dias” (Núm. 9.19).
Em outros momentos, a palavra רַב (rav) significa autoridade. No Hebraico
antigo, רַב בַּיִת (rav bayt) foi utilizado para a governanta e רַב הַחֹבֵל
(rav hachovel) para o capitão de um navio. Em Daniel 2.48, o Rei Nabucodonosor
promoveu Daniel e o transformou em רַבִּי (rabbi), Aramaico para “governador,
administrador ou chefe”. No Novo Testamento em Lc 9.38 vemos Jesus sendo chamado
de Mestre: “E eis que um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre, peço-te que
olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho”; em João 3.8 temos a
seguinte afirmação de Nicodemos: “Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe:
Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes
sinais que tu fazes, se Deus não for com ele”. Reconhecemos que tal palavra
possui suas variações, mas não temos dúvida em afirmar que a palavra “Rabbi”
ficou muito ligada à pessoa de Jesus e autenticada pelo seu ministério que
marcou gerações até aos nossos dias. Pois, Jesus é visto como um homem que
ensinava (Mt 9.11; Jo 3.2). Mas, nas Escrituras vemos outros também sendo
chamado de mestre (Lc 5.17; Jo 3.10; Atos 5.34; 1 Tm 2.7).
Jesus é mestre
por excelência, pois além de ser mestre é Senhor. Na passagem de João 13.13
vemos que o instrutor seria normalmente chamado “mestre”, porém Jesus é também
chamado de “Senhor” naturalmente se referindo aquele que ocupa um lugar de
supremacia. Portanto, Jesus aceita os dois títulos demonstrando assim, a sua
natureza divina.
Josué de Asevedo
Soares.
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