“Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos
dos homens” (1 Co 7.23).
No original o versículo diz: “De preço fostes comprados no mercado; ou (fostes
adquiridos por alto preço); não torneis escravos de homens”. Compreendo
que Jesus pagou um alto preço para resgatar o homem e dar direito de perdão dos
pecados e certeza de Salvação. Ser servo é ter condições de possuir, e,
andar livremente desde o momento que cumpra as obrigações e ser escravo
significa não ter condições de se libertar é viver na dependência de um
autoritarismo desmedido, mas Jesus pagou um alto preço por nós dando o direito
de sermos livres.
É bom lembrar que a Igreja é vista como a “escrava
resgatada”, isto é, resgatada com mão forte do mundo, que mais a frente é
identificada como a Igreja missionária, responsável pela grande missão de levar ao
Evangelho do Poder de Deus. E ao vestir esta roupagem inconfundível, sente-se
investida do poder do Espírito Santo, que permitirá dá
continuidade a obra missionária iniciada pelo Senhor Jesus Cristo. É
importante enfatizar que o poder do Espírito Santo não é limitado a uma força
superior ao que é considerado comum. Tal poder envolve coragem, ousadia,
confiança, perspicácia, habilidade e autoridade. Os discípulos precisariam de
todas estas qualidades para cumprir sua verdadeira missão. Jesus prometeu aos discípulos que
receberiam poder para testemunhar. Note a progressão: primeiro receberam o
Espírito Santo, ninguém pode realizar a obra de Deus sem a aprovação dEle;
Segundo foram revestido de poder para testemunhar e para realizar; Terceiro foram
ousado e testemunharam acerca de seu Senhor e alcançaram extraordinário
resultado. Frequentemente tentamos inverter a ordem e testemunhar por nosso
poder e nossa suposta autoridade. O
testemunho não é a exibição do que podemos fazer por Deus. É a prova e o testemunho do que Deus faz por
nós.
Temos que evangelizar e realizar o trabalho
missionário no Espírito Santo. Portanto, compreendemos, que sem o Espírito Santo não
existe poder milagroso; sem poder não há testemunho eficaz; sem testemunho não
há avanço até aos confins da terra e sem tal avanço limitamos a obra de Cristo.
O Novo Testamento ensina que a Igreja é o cumprimento
das esperanças do Antigo Testamento, realizado por Jesus. A Igreja é família e
o rebanho do Senhor (Jo 10.16; Ef 2.18;
3.15;4.6;1 Pe 5.2- 4), é o seu Israel (Gl 6.16), o corpo e a noiva de Jesus (Ef
1.22-23; 5.23-32;Ap 19.7;21.9-27) e o santuário do Espírito Santo (1Co 3.16; Ef
2.19-22).
A Igreja, corpo de Cristo, é a única
instituição na face da terra que tem credencial divina para pregar o evangelho.
Ela foi convocada e preparada para esta sublime missão. Ela não deve ter a sua trajetória marcada
pelo oportunismo, visto que foi chamada para fazer acontecer, isto é,
manifestar milagres de Deus e pregar o evangelho a toda criatura fazendo
discípulos por todas as nações e ser testemunha de Jesus em Jerusalém, Judéia,
Samaria e até aos confins da terra (At 1.8).
Jesus comissionou seus discípulos a
testemunharem aos povos de toda as nações a respeito dEle (Mt 28.19,20). Porém,
foram orientados de que deveriam ficar em Jerusalém e receberem o revestimento
de poder (Lc 24.49). Deus tem um trabalho importante para que cada um de nós
realize, mas devemos fazê-lo pelo poder do Espírito Santo.
Infelizmente algumas pessoas, desejam
dar prosseguimento à obra do Senhor com suas próprias forças, mesmo que isso
signifique saírem do propósito estabelecido por Ele. Mas às vezes esperar é
melhor. Um determinado pastor disse certa ocasião que Deus tem três modos de
nos responder: a primeira é SIM, a Segunda é NÃO e a terceira ESPERA. Você está
esperando e ouvindo as instruções completas de Deus ou está correndo à frente
de seus planos apenas querendo ser oportunista? Precisamos obedecer ao plano de
Deus e vivermos o seu poder para sermos verdadeiramente eficazes.
O oportunismo é um aproveitamento
inescrupuloso de condições favoráveis, isto é, um sistema bem acentuado de uma
grave doença chamado falta de fé e temor a Deus, falta de fé gera medo e o medo
neutraliza o avanço da igreja e traz a paralisia provocando uma atrofia
espiritual. Por outro lado, para evitarmos estes males, a Igreja precisa estar
sempre pronta para combater usando a arma com as armas espirituais e a fé é uma
delas, a bíblia diz: “ora, sem fé é
impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus
creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6). A fé são os olhos que permite ver o futuro,
porque cria dentro do coração a certeza e a possibilidade de que Deus ouvira o
nosso clamor e agirá; registra-se em Hebreus 11.1 “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova
das coisas que se não vêem”.
Ao contemplarmos
as grandes obras que Deus pode e quer fazer na Igreja, com a Igreja e para a
Igreja. Depende de cada um de nós, é só colocarmos a nossa fé em ação,
transformar o Dom da fé em serviço e breve estaremos vendo o resultado dos
projetos de Deus para a Igreja. A Bíblia diz: “Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória
que vence o mundo, a nossa fé” (1Jo 5.4).
A Igreja local missionária é aquela que responde
positivamente ao seu Senhor, através de atitudes marcando presença no mundo onde
ela estiver inserida para trabalhar a sua tarefa principal, conferida pelo seu
Senhor e Mestre, Jesus Cristo, que deixou a seguinte ordem: “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a
toda a criatura” (Mc 16.15); em outra palavra, podemos dizer que Jesus
disse aos discípulos que contassem ao mundo que Ele pagou o preço na cruz pelos
pecados de todos, e aqueles que crerem nEle serão perdoados e viverão para sempre com Ele na glória.
Atualmente, quase em todos os lugares do mundo, há missionários anunciando as
boas novas a pessoas que nunca ouviram falar de Cristo. O poder que motiva os
missionários a irem a todas as partes do mundo e coloca a Igreja de Cristo em
movimento é a fé fundamentada na ressurreição de Jesus.
Alguma vez você já sentiu que não
possui a habilidade ou a determinação necessária para uma testemunha de Cristo?
É necessário entender que Jesus ressuscitou e vive hoje em você. À medida que
seu relacionamento com Jesus Cristo se aprofunda, Ele lhe dá as oportunidades e
o poder necessário para transmitir o evangelho.
A Igreja local, nas suas diferentes denominações, precisa
estar sempre com seu cenário preparado, e, os irmãos contracenando o amor de
Deus, e, Cristo Jesus sendo protagonizando através da Palavra.
O Cristão dedicado na Obra de Deus é
aquele que não se abate frente ao ataque do inimigo, nem se dá por vencido em
momento algum, porque está sempre ouvindo a voz do Senhor dizendo: “... É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do
filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos
tenho mandado; eis que seu estou convosco todos os dias, até a consumação dos
séculos. Amém!” (Mt 28.18-20). Ele está sempre firme na seara do Senhor,
desenvolvendo o seu trabalho de acordo com o cenário preparado pela pessoa
bendita Jesus Cristo; ao levar o evangelho de Cristo, o cristão precisa ter o
discernimento e consciência de quem ele pode encontrar, pois sem dúvida irá
deparar-se com vários casos, e, para cada momento da situação terá um
comportamento diferente, faz-se necessário enfatizar que o Espírito Santo é que
convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, por isso, é oportuno o
crente ser sensível à voz do Senhor para perceber a hora que o cenário vai se
modificar, no dia-a-dia da obra de ganhar almas, sempre nos confrontaremos com pessoas:
evangélicas, religiosas, desviados e indemoniados.
O pastor Antônio Gilberto escreveu: “O evangelismo têm
um tríplice alvo: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os
crentes”.
O pastor N. Lawrence Olson certa vez
comentou: “O evangelismo foi o meio básico empregado por Jesus e seus apóstolos
no princípio, e tem sido um dos mais eficientes meios usados pelos crentes há
quase 2000 anos para salvação dos pecadores. Evangelismo é evangelizar, isto é,
espalhar as boas-novas da salvação em Cristo”.
Ao evangelizarmos uma pessoa apresentando o plano da
Salvação é importante criarmos sempre uma oportunidade, visto que, dependendo
da ocasião há uma abordagem correta, isto é, que se encaixe a necessidade
daquela pessoa para que venha ter entendimento e conhecimento para decidir-se
ao lado de Jesus. Para compreendermos bem o assunto, imaginemos num hospital ou
numa situação semelhante uma pessoa enferma, tendo oportunidade para conversar,
é proveitoso tentar primeiro conhecer e conquistar a confiança da pessoa, e
gradativamente fale sobre o plano da salvação apresentando Jesus como o médico
divino que cura a doença da alma e do corpo, é bom que se pergunte se ela crê
que Deus pode curá-la, se a resposta for positiva e o local e circunstância for
favorável faz-se uma oração, pois a fé é o meio para se alcançar à bênção. O
pastor Antônio Gilberto diz: “Com que palavras ou de que maneira podemos nos
dirigir ao pecador, ao iniciar o assunto da salvação? Há quatro fatores que
determinam isto: “O tempo disponível, o local, as circunstância e os tipos de
pessoas”.
Extraído do livro a Igreja Missionária autor Josué de Asevedo Soares.
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