O ALIMENTO DE JOÃO BATISTA

                                       
                                   

“E este João tinha as suas vestes de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre”.

“E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre”. (Mt 3.4; Mc 1.6).

"O gafanhoto de que se alimentava João Batista era o inseto saltador que se conhece hoje ou alguma planta com aquele nome?"

De acordo com o conciso Dicionário Bíblico, há, pelo menos, nove termos nos originais da Bíblia como designativos desse inseto. A passagem de Êxodo 10, referente à praga que se abateu sobre o Egito, está corretamente traduzida por gafanhoto como nós o conhecemos, ou seja, inseto saltador. Não havia nenhuma proibição bíblica de comê-los. (Conf. Lv 11.20-23.) Era alimento apreciado desde os primitivos tempos. Eram assados ou secos ao sol, depois eram comidos como grãos tostados. Afirma-se que têm sabor de camarão. Sabemos pelo texto de Levítico que havia dois tipos de gafanhotos um era considerado puro e outro não. Os puros eram permitidos pela lei judaica, possivelmente João observava essas leis. Mas o interessante é que pesquisadores afirmam e acreditam que os gafanhotos que João comia não eram insetos, mas seria frutos da alfarrobeira, um tipo de planta que dá em lugares secos, que é apelidado de pão de são João,  que seria muito nutritivo, que segundo eles provavelmente na antiguidade essa planta teria recebido o nome de  ACRIS que no  grego, nestas duas passagens, encontramos a palavra acris e acrides, cuja tradução é a seguinte:

1º) Dicionário Grego–Português e Português–Grego, de Isidro Pereira: gafanhoto. 2º) The Analytical Greek Lexicon: locusta. 3º) Lexicon of the New Testament, de Arndt and Gingrich: gafanhoto, locusta. Mas, por extensão poderia significar algum tipo de leguminosa, esse seria o tipo de entendimento de alguns escritores antigos como: Cassiano, Crisóstomo, Isidoro de Peluciota, Teofilaco de Bulgária e outros que teriam vivido na Síria e na Palestina por volta do II e IV século depois de Cristo. Eles ainda dizem acreditar que João comia esses legumes por duas razões: 1) Essa era fonte de alimento comum as pessoas pobres e seria semelhante as alfarrobas que o filho pródigo desejou comer e 2) comia essa leguminosa para seguir um tipo de dieta vegetariana, tendo em vista que alguns grupos der judeus daquela época incentivava o vegetarianismo, como os Essênios. Mas, João também se alimentava de mel, pesquisadores dizem que o mel na cultura judaica era considerado um alimento celestial símbolo da mensagem de oportunidade que Deus dava aos homens.

                                                      Fraternalmente em Cristo.