“No
princípio criou Deus....” ( Gn 1.1).
No Antigo Testamento o
verbo “criar” (בָּרָא - bara’) este
verbo tem unicamente Deus como suspeito, e se refere sempre a uma ação que
produz um resultado novo e imprevisível (Is 48.6-7; Jr 31.22). É usado para
designar a criação do mundo e da humanidade (Gn 1.27; 5.1; Dt 4.32; Is 45.12),
a formação do povo de Israel (Is 43.1,15), a restauração de Jerusalém (Is
65.18), a renovação interior do pecador arrependido e perdoador (Sl 51.10) e a
criação, no fim dos tempos de um novo céu e uma nova terra (Is 65.17; 66.22). O
relato da criação (Gn 1.1-2.3) é um todo bem estruturado. Os primeiros e os
últimos versos formam uma espécie de moldura geral. Ao cabeçalho (Gn 1.1)
corresponde o atestado de conclusão (Gn 2.1). Em Genesis 1.2 mostra as
condições inicias da criação, tendo seu correspondente em Gn 2.2-3, onde Deus
descansa depois da mesma ser concluída. Dentro desta moldura vem o relato da
criação em seis dias, dividido em duas partes. Na primeira parte (Gn 1.3-10).
Deus cria as estruturas fundamentais do nosso mundo: O tempo (Gn 1.3-5) e o
espaço (Gn 1.6-10) ; o espaço por sua vez é delimitado tanto verticalmente
(1.6-8) como horizontalmente (Gn 1.9-10). Na segunda parte (Gn 1.11-31), Deus
cria, dentro deste mundo, os seres vivos e as condições para a sua sobrevivência.
Primeiro são criadas as plantas (Gn 1.11-13). Depois, o sol e a lua como
marcadores do dia e da noite e, assim, responsáveis pela manutenção da vida e
respiração de todo planeta, através da
renovação do ar e do calor que possibilitam a vida (Gn 1.14-19). Em
terceiro lugar, são criados os animais (Gn 1.20-25) e finalmente os seres
humanos (Gn 1.26-28). Acrescentam-se ainda providencias quanto à reserva
alimentar do planeta (Gn 1.29-30) e um parecer final registrando a satisfação
de Deus com a sua criação (Gn 1.31).
Fraternalmente
em Cristo.
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