quarta-feira, 4 de julho de 2018

Pregou aos Espíritos ( 1 Pe 3.18-20).



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 “Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão que há muito tempo foram rebeldes, quando Deus esperava pacientemente nos dias de Noé, enquanto a arca era construída. Nela apenas algumas pessoas, a saber, oito, foram salvas por meio da água,” ( 1 Pedro 3.18-20).
Alguns estudiosos desse texto bíblico comentam que a pregação aos “espíritos em prisão”, como uma pregação de Cristo, após a Sua morte e antes de Sua ressurreição, aos espíritos dos antediluvianos. É uma explicação que contraria princípios da Palavra de Deus. Se Cristo pregou a essas pessoas e estas se arrepende, então haveria salvação após a morte, portanto, não haveria a necessidade do "IDE". Outros chegam a propor que Cristo foi pregar, após Sua ressurreição, aos anjos caídos que haviam sido desobedientes nos dias de Noé. Diante de tal afirmação vem o seguinte pensamento: por que pregar aos anjos caídos, sabendo que este não tem direito a salvação? Pelo que diz em Judas 6: “E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;
É importante mencionar que os versículos 18-20 tem sido de longa data, de difícil interpretação para os expositores da Bíblia. A primeira é que Cristo, depois da sua morte e ressurreição (v 18), foi aos anjos aprisionados que pecaram nos dias de Noé (v 20; 2 Pe 2. 4,5) e proclamou a sua vitória sobre Satanás (v 22); A segunda posição é que Cristo, pelo Espirito Santo, proclamou através da pregação de Noé (2 Pe 2.5), uma mensagem de advertência àquela geração desobediente, que possivelmente está agora  no Hades esperando o juízo  final. Esta interpretação condiz melhor com o contexto bíblico, aludindo ao povo desobediente e perdido dos dias de Noé. Esta interpretação estaria em harmonia com a declaração de Pedro, que o Espírito de Cristo falou em tempos passados através dos profetas (2 Pe 1.20,21).  Alguns entendem que nem este texto, nem I Pedro 4.6, ensina que os perdidos terão uma segunda oportunidade de salvação depois da morte. Depois da morte vem juízo (Hb 9.27) e com ele o destino eterno da pessoa, sem qualquer mudança no seu estado (Lc 16.26).
Diante disso, enfatizamos que a pregação de Cristo aos antediluvianos foi efetivada através de Noé “divinamente instruído” por Deus (Hb 11.7) e qualificado pelo próprio apóstolo Pedro como “pregador da justiça” para as pessoas de seu tempo (II Pe 2.5).
Pedro enfatiza, então, à memoria a analogia de Cristo entre os “dias de Noé” e os últimos dias (Mt 24.37-39). Assim como Noé e sua família foram salvos da morte e do dilúvio pela arca (I Pe 3.20), os que se arrependem dos seus pecados são salvos através de Cristo (1 Pe 3.21; Rm 6.4-14).
Fraternalmente em Cristo.

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