Introdução
Wayne Grudem comenta que no N.T a palavra “Igreja” pode ser
aplicada a um grupo de cristãos de qualquer tamanho, desde um pequeno grupo que
se reúne sempre em uma residência até o grupo de todos os cristãos na igreja
universal. Ele ainda enfatiza que: A igreja numa casa é chamada “igreja” em Romanos
16.19, e 1 Coríntios 16.19. A igreja de uma cidade inteira é também chamada “igreja”
(1 Co 1.2; 2 Co 1.1 e 1Ts 1.1), como também a Igreja de determinada região e
chamada “igreja” (Atos 9.31) e a “igreja” do mundo inteiro pode ser chamada “igreja”
(Ef 5.25; 1 Co 12.28). Para Grudem a comunidade do povo de Deus vista em
qualquer nível pode ser corretamente chamada igreja.
Portanto a
igreja é a comunidade de todos os cristãos verdadeiramente salvos de todos os
tempos. – Efésios 5:25.
- Cristo
foi exaltado a uma posição de suprema autoridade por amor à igreja. –
Efésios 1:22, 23.
- Jesus
edifica sua igreja. – Mateus 16:18.
- É uma continuação do modelo estabelecido por
Deus no antigo Israel. – Deuteronômio 4:10; Atos 7:38; Hebreus 2:12; Salmo
22:22
- Deus fazia a igreja crescer – Atos 2:47.
- “Nuvem de testemunhas” do passado (Hebreus
12:1) + cristãos = um. – Efésios 2:14; veja também Efésios 2:15, 19.
2. A Igreja é invisível,
ainda que visível.
- Igreja
invisível é a igreja como Deus vê.
- É
invisível porque só Deus conhece os que lhe pertencem. – 2 Timóteo 2:19.
- É
invisível, pois é composta dos primogênitos arrolados no céu. – Hebreus
12:23.
- A
Igreja Católica como um todo, se desviou e não faz parte da igreja
invisível.
- A
Igreja visível é a igreja como os cristãos a veem.
- Inclui
todos os que professam fé em Jesus e provam isso.
- inclui todos os que se reúnem semanalmente
para professar a fé em Cristo e cultuar a Deus.
- inclui pseudo-crentes. – 2 Timóteo 2:17, 18;
4:10; Atos 20:29, 30;Mateus 7:15, 16.
- Não devemos desconfiar e nem tolerar
descrentes assumidos.
Igreja Militante e Triunfante.
Faz-se necessário mencionar que existe a “igreja militante”
que está relacionada aos crentes vivos na terra; e a “igreja triunfante” que se
restringem as pessoas que estão na eternidade com o Senhor, ou seja, aos
crentes que morreram em Cristo.
Igreja local e universal.
A igreja local é um grupo de crentes em Jesus Cristo que se
reúnem em uma localidade em particular regularmente, ou seja, é a igreja que se
encontra em uma cidade, distrito ou município. A igreja universal é composta de
todos os crentes em Jesus Cristo do mundo todo, ou seja, é o conjunto de todos
os salvos em todas as épocas e lugares. O termo “igreja” vem de pelo menos duas
palavras. Uma das palavras tem a ver com reunir-se juntos ou “assembleia” (1
Tessalonicenses 2:14; 2 Tessalonicenses 1:1). Essa palavra está relacionada com
o trabalho de Deus em salvar e santificar os crentes como aqueles que foram
“convocados/chamados para fora”. Quando a palavra igreja é achada na Bíblia em
inglês, a palavra usada é essa. A segunda palavra é uma que fala de posse e
significa literalmente: “pertencente ao Senhor”. Essa é a palavra que é
transliterada na atual palavra “igreja”. Essa palavra grega só é usada duas
vezes no Novo Testamento e nunca é usada diretamente para nomear a igreja (1
Coríntios 11:20; Apocalipse 1:10).
Uma igreja local é definida como uma assembleia local daqueles que professam fé e lealdade a Cristo. Frequentemente a palavra grega ekklesia é usada em referência à igreja local (1 Tessalonicenses 1:1; 1 Coríntios 4:17; 2 Coríntios 11:8). Não há apenas uma igreja local em certa área necessariamente. Existem muitas igrejas locais em cidades grandes.
A igreja universal é o nome dado à igreja mundial. Nesse caso, a ideia da igreja não é tanto a assembleia em si, mas aqueles que fazem parte dela. A igreja é a igreja mesmo quando não está tendo uma reunião oficial. Em Atos 8:3, é possível ver que a igreja é a igreja mesmo quando eles estão em casa. Ao examinar o texto de Atos 9:31, podemos observar que certas traduções em inglês usam a palavra igreja no plural, mas esse não deve ser o caso. A palavra deve ser no singular para descrever a igreja universal, não apenas as igrejas locais. Alguns tentam descrever a igreja universal como a igreja invisível. Tenha cuidado para não fazer isso. A igreja universal nunca é descrita na Bíblia como sendo invisível e com certeza não é para ser invisível. Veja a seguir mais alguns versículos que falam da igreja universal: 1 Coríntios 12:28; 15:9; Mateus 16:18; Efésios 1:22-23; Colossenses 1:18.
A Tríplice missão da Igreja
Para compreender sobre a missão da igreja, podemos entender
os propósitos da Igreja em termos de ministério com relação a Deus, aos
cristãos e ao mundo.
1 – Em relação a Deus: Adorar, isto é, a glorificação ao
nome do Senhor Deus (Cl 2.16; Jo 3.23,24; At 13.1-3).
2- Em relação aos cristãos: Edificar, isto é,
aperfeiçoamento, fortalecimento, crescimento dos salvos (Cl 1.28; Ef 3.14-21;
4.11-16; Gl 4.19,20; Jo 17.15-23; 1 Pe 3.15; 2 Pe 3.18).
3- Em relação ao mundo: Evangelização (Mt 28.19; Lc 24.47).
Características Ideais de uma Igreja:
1. Está presente e vive para desempenhar sua
missão tríplice;
2. Liderança própria;
3. Reprodução própria;
4. Sustento
próprio.
Teorias erradas
sobre a Igreja
1.
O Deus
dos evangélicos não cabe mais no mundo de hoje.
2.
A
Igreja não cumpriu sua missão, nada mais tem a oferecer.
3.
Embora
não tenha operado no passado através da Igreja, hoje Ele não limita a ela.
Opera através de vários movimentos para o bem da humanidade. (Bem, aqui, é
revolução, libertação, etc).
4.
É necessário
reestruturar a sociedade e não só procurar converter o indivíduo. A Igreja deve
trabalhar para criar uma sociedade onde não existam pobres, trabalhadores,
explorados, racismo ou favelas.
Pastor Nemuel Kessler enfatiza que estas
teorias, procuram questionar e criar um clima de dúvida quanto à legitimidade
da missão da igreja. Elas apresentam finalidades até louváveis para a igreja,
todavia, não bíblicas. Algumas visam esvaziar a igreja da sua missão principal
ou até mesmo bani-la do cenário mundial.
Teorias certas sobre a Igreja
1.
Não há
outro poder fora do Evangelho que transforme um ser humano. Não há esperança de
um mundo melhor, a menos que se transformem os homens que formam (Rm 1.16).
2.
A
tarefa da igreja continuará até o retorno de Cristo, ocasião em que Ele vencerá
até o retorno de Cristo, ocasião em que Ele vencerá por nós se com Ele
houvermos vencido (1 Co 15.50-58; Mt 13.33; Ap 19.6-9; 20.6; Lc 19.17).
3.
A
igreja verdadeira há de persistir no tempo, visto que tem um ministério
singular e insubstituível para o mundo de hoje.
4.
A
fundação de igrejas é o cumprimento do mandado divino e todos os que com
motivos puros e evangélicos se dão a esse trabalho, colaboram com o dono da
obra (Mt 16.18) e têm a presença dele garantida (Mt 16.18).
O problema do mundo de reconhecer o valor da igreja está em
parte na falha das igrejas que dizem representar a igreja de Cristo. Muitas não
são dignas sequer de nome; “igreja”; cada igreja local deve ser uma parte viva
do Corpo de Cristo, portanto em si o poder transformador de Deus e não buscando
apenas misturar-se com movimentos que nada têm a ver com Deus. A verdadeira
Igreja de Cristo e as Igrejas que aqui na terra são fieis – partes dela –
jamais foram invalidadas por Deus e, consequentemente, não o serão pela vontade
de quem quer que seja. Ela vive e está vencendo (Mt 16.18).
Governo Eclesiástico
Existem três formas
especiais e largamente diferentes de governo eclesiásticos, que têm obtido
prevalência nas comunidades cristãs através dos séculos passados, e que
continuam sendo mantida com diferentes graus de sucesso, cada uma das quais
reivindicando ser a forma original e primitiva:
1.
A Episcopal ou Prelática – forma em que
o poder de governar descansar nas mãos de prelados ou bispos diocesanos, e no
clero mais alto; tal como sucede nas igrejas romana, grega, anglicana, e na
maior parte das igrejas orientais. (Governo centralizado na figura do líder).
2.
A Presbiteriana na Oligárquica – forma em
que o poder de governar reside nas assembleias, sínodos, presbitérios e
sessões; é o que sucede na igreja escocesa, luterana, e nas várias igrejas
presbiterianas.
3.
A Congregacional ou independente – forma
em que a entidade pratica o autogoverno, pois cada igreja individual e local
administra seu próprio governo mediante a voz da maioria de seus membros; é o
que acontece entre os batistas, os congregacionais, os independentes, e alguns
outros grupos evangélicos. (Ex. Igrejas batistas e as Congregacionais).
OBS:
Governo representativo: Essa é a forma do governo, é caracterizado pela eleição
de delegados, para voto em assembleia para a escolha dos dirigentes por um período
de tempo. (Ex: Os Adventistas do sétimo dia).
A
Igreja no Novo Testamento.
1. Método
de evangelismo
1.1 Pregava-se
o Evangelho nos países onde não era conhecido (2 co 8.1; 1 Ts 2.14).
1.2 Pregava-se
ao publico em geral.
1.3 Servia-se
da casa de um novo crente.
1.4 Usavam
uma sinagoga ou escola (At 17.1).
2. Governo próprio.
Desenvolvimento de ministros dentre os
membros capacitados para dirigir a igreja. Homens cheios do espírito eram
chamados.
3. A
igreja evangelizava por si mesma.
4. A
igreja tinha seu sustento próprio.
O Que faz a Igreja
1. A
igreja ajuda o homem a conhecer a grandeza, a majestade, a glória, o poder e o
amor de Deus.
2. Ajuda
o homem a conhecer a pureza, a beleza, a magnificência, o poder e o amor de
Cristo, o Filho de Deus.
3. Ajuda
o homem a conhecer o caminho da redenção do pecado por intermédio de Cristo, o
salvador.
4. Instrui
e orienta os homens na adoração de Deus.
5. Ajuda
a pessoa a conhecer a Bíblia – que é a luz da qual todo homem necessita para
viver retamente.
6. Contribui
para o crescimento no caráter, tendo uma vida altruísta, útil e feliz.
7. Ajuda
o homem a conhecer seus deveres e responsabilidades como filho de Deus – o primeiro
ser do qual Deus recebeu honra.
Fraternalmente em Cristo
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