quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Arqueólogos fazem descoberta que pode comprovar relato de Êxodo Escavações próximas a Jericó revelaram ruínas de acampamentos do período dos primeiros israelitas

                                     

A Bíblia relata no Livro de Êxodo que os israelitas foram libertos da escravidão no Egito e conduzidos até a terra prometida de Canaã, que mais tarde se tornaria Israel. Para chegarem lá, precisaram atravessar o deserto do Sinai.
Contudo, não existem comprovações arqueológicas e, via de regra, os estudiosos questionam o relato por “falta de base histórica”. Agora, um grupo de especialistas revela que foram encontradas ruínas próximas ao rio Jordão que indicariam a presença dos israelitas fora dos limites da antiga Canaã.

“Não provamos ainda que esses acampamentos são do período dos primeiros israelitas, mas é possível”, explicou  David Ben-Shlomo, arqueólogo da Universidade Ariel, ao jornal britânico Express. “Se forem, isso pode comprovar o relato bíblico sobre os israelitas vindo do leste do rio Jordão, depois cruzando o Jordão e entrando posteriormente na região montanhosa de Israel”.
Arqueólogos estão analisando se as ruínas, chamadas Khirbet el Mastarah, podem atestar que se tratava de um povo nômade recém-chegado de outras terras.
Fragmentos de cerâmica do local foram datados da Idade do Ferro [século XII a.C], por volta da época tradicionalmente associada à chegada dos israelitas. As ruínas encontradas mostram uma série de paredes de pedra baixas, que seriam de estruturas usadas para guardar animais – fato consistente com práticas nômades conhecidas.
De acordo com o Dr. Ben-Shlomo e seu parceiro de escavação americano, Ralph Hawkins, da Universidade Averett,  isso poderia explicar porque os fragmentos de peças de cerâmica do lado de fora dos muros de pedra.
“O chão dessas estruturas não continha praticamente nada. Portanto, não poderíamos datá-los usando os métodos arqueológicos convencionais”, disseram. “Nos assentamentos dos beduínos, as pessoas vivem em tendas feitas de materiais perecíveis, que são substituídos dependendo da estação do ano. Logo, os artefatos não poderiam estar associados à arquitetura de pedra que abrigariam animais, e não pessoas, que viviam nas tendas ao redor delas.”
O local das escavações fica a cerca de oito quilômetros ao norte de Jericó. O clima seco – onde a temperatura chega facilmente a 45ºC e as chuvas são de apenas 1 centímetro por ano – colaboraram para a preservação das ruínas.
Amostras do solo de Khirbet el Mastarah foram enviadas para análise. Além disso,  amostras das paredes de pedra serão submetidas a testes de datação que podem comprovar sua idade.
Fonte: Noticia Gospel.


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