Texto: Lc 7.11-17
Introdução.
É uma passagem que é exclusiva da narrativa do
evangelho de Lucas, e é a primeira das três
vezes nos Evangelhos canônicos que Jesus traz alguém de volta à vida. Esse milagre aconteceu pouco depois de Jesus ter
curado o servo de um centurião (Lucas 7.1-10). É interessante enfatizar que a
progressão na intensidade dos milagres. O servo do centurião estava
à beira da morte, enquanto que o filho da viúva de Naim já havia morrido. No
primeiro caso Jesus revelou seu poder sobre a doença, mas no segundo ele mostra
seu poder sobre a morte. Para alguns estudiosos da Bíblia esta história
apresenta alguns detalhes que recordam o relato sobre Elias e a viúva de
Serepta (1 Rs 17.17-24), e de Eliseu e o filho da Sunamita (2 Rs
4.18-37). Pois, os filhos das duas mulheres haviam adoecido e morrido, e uma
vai ao profeta Elias e o menino é volta a viver e a outra vai a Eliseu e o
filho volta a viver. Porém em ambos os casos não foram iguais ao de Jesus.
Mas, Myer Pearlman observa que os quatro evangelhos narram três fatos de
ressurreição de mortos: A filha de Jairo, que havia morrido a pouco tempo Mt
9.18,23-26; Mc 5.22,35-43; Lc 8.41,42,49-56, o filho da viúva que estava a
morto há muitas horas Lc 7.11-17, e a Lazaro, cuja morte ocorrera há quatro
dias (João 11.1-45). Pearlman diz que estes não foram ressurreição no sentido
pleno, pois estes voltaram a morrer, ele chama de curas levadas ao mais alto
grau, e também entende que tais ressurreições demonstram ser Cristo Doador da
vida, e vaticinam a ressurreição final e eterna daqueles unidos a Ele pela fé.
I – A Realidade daquela
mulher:
·
Havia perdido o marido, pois era viúva.
·
Era anônima, portanto uma pessoa simples.
·
Perdeu o seu filho único, sua esperança e
amparo também estava morto.
II – A Cidade de
Naim no tempo de Jesus.
A pequena cidade de Naim, fica na região da
Galiléia. Naim em hebraico significa Aldeia da consolação, aconchego,
tranquilidade, calma, o que nos leva a crer que aquele era um bom lugar de se
viver; localizada no sopé do monte Tabor, sendo uma vila muito pobre, formada
por pequenos agricultores que vivam das plantações de Oliveira, cultivo do
trigo, ainda plantações de uvas, figos e criação de animais nas encostas da
montanha que começava a se elevar a partir do vale de Jezreel. Na época deveria
ser um pequeno vilarejo, pois alguns chegam a afirmar que tinha 34 casas apenas
189 pessoas residindo por lá. Naim não é muito distante da cidade de Cafarnaum,
apenas um dia de Caminhada, ou Tiberíades, capital da província, ou Nazaré e
outras cidades da região. Nos dias atuais em estrada pavimentada um grupo
de estudante refez o caminho e levou dez horas a pé. Jesus deve ter saído muito
cedo e caminhado muito mais tempo, pois sem estrada pavimentada o caminho foi
muito longo.
III – A Cidade de Naim Hoje.
A
população da vila de Naim atualmente é totalmente muçulmana. Encontra-se
cercada de diversos kibutzin que povoam esta região da Galileia devido ao Vale
de Jezreel, propício para a agricultura. Cultura de algodão, milho, trigo,
etc... Cultivo de frutas como abacate, laranjas, amendoeiras, além da criação
de gado leiteiro e gado confinado para o abate. Hoje tem cerca de 1500 habitantes
morando em Naim. A maioria dos
habitantes desta vila de Naim busca seu sustento, no trabalho que encontram nas
cidades de Nazaré, Afula e Haifa. Encontram trabalhos na construção civil, e no
trabalho agrícola nos Kibutzin. À noite voltam para suas casas nas pequenas
cidades muçulmanas.
V – As três
realidades sobre Jesus no texto:
1) O que Jesus sentiu – Compaixão.
2) O que Jesus disse – Com
autoridade parou o cortejo.
3) O que Jesus fez – Milagre.
OBS: Portanto, Jesus: 1) Ele iria à cidade chamada Naim (Lc 7.11). 2) viu e teve compaixão (Lc 7.13) e 3). Consolou e disse: “ não chores” (Lc 7.13).
V – Compreendemos:
·
Somos importantes para Jesus.
· Ele conhece as
nossas necessidades.
· Ele resolve o
problema.
VI – Quando Jesus chegar, podemos vê:
·
O cortejo é parado, pois a vida e morte se depararam.
·
A Esperança e alegria devolvida à viúva
· O enterro foi cancelado.
VII – Considerações importantes:
·
Em Deus, ou na pessoa de Cristo entendemos que a vida
de nenhuma pessoa é determinada pelo estado em que se encontra. Vemos
que Lucas escreve chamando o filho da viúva de Naim de “defunto”
(Lc 7.12), pois ele escreve e diz aquilo que compreende, pois, o certo para
todo homem natural é a morte. Mas, Jesus chama de “Jovem”, pois é o
que Jesus via e enxergava o moço vivo. A sua história não será determinada como
alguém diz ou está vendo você, mas como Jesus diz e vê. Ele te vê como servo
fiel, como profeta, como pastor, como pessoa de oração, como cantor ou um
evangelista.
·
Jesus mudou a história de vida de uma família.
·
Jesus devolveu a vida a um jovem, portanto seus sonhos e projetos.
Conclusão:
Pearlman escreveu: Os milagres de
Jesus Cristo eram credenciais de sua missão divina. Mas, ao ressuscitar o
jovem, Jesus preconizava sua própria ressurreição. O jovem foi transformado de
morto em vivo, transferido do lugar dos mortos para terra dos viventes. Aos
cristãos, reserva-se transformação ainda mais gloriosa: seremos transformados
da mortalidade para imortalidade, da terra para o céu. Paulo em 1 Coríntios
15.50-54, afirma que esta transformação é: 1) indispensável (15.50), 2) certa
(15.51), 3) instantânea (15.52), 4) gloriosa (15.53), 5) Vitoriosa
(15,54). E por último em Apocalipse 21.4 diz que é eterna.
Fraternalmente em
Cristo
MENSAGENS PARA OS
NOSSOS DIAS
JOSUÉ DE ASEVEDO
SOARES
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