quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

O FILHO DA VIUVA DE NAIM

 




Texto: Lucas  7.11-17

Texto: Lc 7.11-17

Introdução.

É uma passagem que é exclusiva da narrativa do evangelho de Lucas, e é a primeira das três vezes nos Evangelhos canônicos que Jesus traz alguém de volta à vidaEsse milagre aconteceu pouco depois de Jesus ter curado o servo de um centurião (Lucas 7.1-10). É interessante enfatizar que a progressão na intensidade dos milagres. O servo do centurião estava à beira da morte, enquanto que o filho da viúva de Naim já havia morrido. No primeiro caso Jesus revelou seu poder sobre a doença, mas no segundo ele mostra seu poder sobre a morte. Para alguns estudiosos da Bíblia esta história apresenta alguns detalhes que recordam o relato sobre Elias e a viúva de Serepta (1 Rs 17.17-24), e de Eliseu e o filho da Sunamita  (2 Rs 4.18-37). Pois, os filhos das duas mulheres haviam adoecido e morrido, e uma vai ao profeta Elias e o menino é volta a viver e a outra vai a Eliseu e o filho volta a viver. Porém em ambos os casos não foram iguais ao de Jesus. Mas, Myer Pearlman observa que os quatro evangelhos narram três fatos de ressurreição de mortos: A filha de Jairo, que havia morrido a pouco tempo Mt 9.18,23-26; Mc 5.22,35-43; Lc 8.41,42,49-56, o filho da viúva que estava a morto há muitas horas Lc 7.11-17, e a Lazaro, cuja morte ocorrera há quatro dias (João 11.1-45). Pearlman diz que estes não foram ressurreição no sentido pleno, pois estes voltaram a morrer, ele chama de curas levadas ao mais alto grau, e também entende que tais ressurreições demonstram ser Cristo Doador da vida, e vaticinam a ressurreição final e eterna daqueles unidos a Ele pela fé.

I – A Realidade daquela mulher:

·        Havia perdido o marido, pois era viúva.

·        Era anônima, portanto uma pessoa simples.

·        Perdeu o seu filho único, sua esperança e amparo também estava morto.

 

II – A Cidade de Naim no tempo de Jesus.

A pequena cidade de Naim, fica na região da Galiléia. Naim em hebraico significa Aldeia da consolação, aconchego, tranquilidade, calma, o que nos leva a crer que aquele era um bom lugar de se viver; localizada no sopé do monte Tabor, sendo uma vila muito pobre, formada por pequenos agricultores que vivam das plantações de Oliveira, cultivo do trigo, ainda plantações de uvas, figos e criação de animais nas encostas da montanha que começava a se elevar a partir do vale de Jezreel. Na época deveria ser um pequeno vilarejo, pois alguns chegam a afirmar que tinha 34 casas apenas 189 pessoas residindo por lá. Naim não é muito distante da cidade de Cafarnaum, apenas um dia de Caminhada, ou Tiberíades, capital da província, ou Nazaré e outras cidades da região. Nos dias atuais em estrada pavimentada um grupo de estudante refez o caminho e levou dez horas a pé. Jesus deve ter saído muito cedo e caminhado muito mais tempo, pois sem estrada pavimentada o caminho foi muito longo.

 III – A Cidade de Naim Hoje.

A população da vila de Naim atualmente é totalmente muçulmana. Encontra-se cercada de diversos kibutzin que povoam esta região da Galileia devido ao Vale de Jezreel, propício para a agricultura. Cultura de algodão, milho, trigo, etc... Cultivo de frutas como abacate, laranjas, amendoeiras, além da criação de gado leiteiro e gado confinado para o abate. Hoje tem cerca de 1500 habitantes morando em Naim.  A maioria dos habitantes desta vila de Naim busca seu sustento, no trabalho que encontram nas cidades de Nazaré, Afula e Haifa. Encontram trabalhos na construção civil, e no trabalho agrícola nos Kibutzin. À noite voltam para suas casas nas pequenas cidades muçulmanas.

 V – As três realidades sobre Jesus no texto:

      1) O que Jesus sentiu – Compaixão.

      2) O que Jesus disse – Com autoridade parou o cortejo.

      3) O que Jesus fez – Milagre.

OBS: Portanto, Jesus: 1) Ele iria à cidade chamada Naim (Lc 7.11). 2)  viu e teve compaixão (Lc 7.13) e 3). Consolou e disse: “ não chores” (Lc 7.13).

V – Compreendemos: 

·       Somos importantes para Jesus.

·       Ele conhece as nossas necessidades.

·       Ele resolve o problema.

VI – Quando Jesus chegar, podemos vê:

·        O cortejo é parado, pois a vida e morte se depararam.

·        A Esperança e alegria devolvida à viúva

·        O enterro foi cancelado. 

VII – Considerações importantes:

·        Em Deus, ou na pessoa de Cristo entendemos que a vida de nenhuma pessoa é determinada pelo estado em que se encontra. Vemos que Lucas escreve chamando o filho da viúva de Naim de “defunto” (Lc 7.12), pois ele escreve e diz aquilo que compreende, pois, o certo para todo homem natural é a morte. Mas, Jesus chama de “Jovem”, pois é o que Jesus via e enxergava o moço vivo. A sua história não será determinada como alguém diz ou está vendo você, mas como Jesus diz e vê. Ele te vê como servo fiel, como profeta, como pastor, como pessoa de oração, como cantor ou um evangelista.

·        Jesus mudou a história de vida de uma família.

·        Jesus devolveu a vida a um jovem, portanto seus sonhos e projetos.

Conclusão:

Pearlman escreveu: Os milagres de Jesus Cristo eram credenciais de sua missão divina. Mas, ao ressuscitar o jovem, Jesus preconizava sua própria ressurreição. O jovem foi transformado de morto em vivo, transferido do lugar dos mortos para terra dos viventes. Aos cristãos, reserva-se transformação ainda mais gloriosa: seremos transformados da mortalidade para imortalidade, da terra para o céu. Paulo em 1 Coríntios 15.50-54, afirma que esta transformação é: 1) indispensável (15.50), 2) certa (15.51), 3) instantânea (15.52), 4) gloriosa (15.53), 5) Vitoriosa (15,54). E por último em Apocalipse 21.4 diz que é eterna.

 

Fraternalmente em Cristo

MENSAGENS PARA OS NOSSOS DIAS

JOSUÉ DE ASEVEDO SOARES

 

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