“E prenderam a dois príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe; mataram Orebe na penha de Orebe e Zeebe mataram no lagar de Zeebe. Perseguiram aos midianitas e trouxeram as cabeças de Orebe e de Zeebe a Gideão, dalém do Jordão” (Jz 7.25).
Então disseram zabá e zalmuna:
provocaram exclamando: levanta-te e mata-nos tu mesmo. Ora, é preciso ter
coragem de um verdadeiro homem para isto! Então Gideão avançou arrancou os
enfeites reais do pescoço dos camelos deles (Jz 8.21)
Introdução
Orebe e Zeebe e Zeba e Zalmuna.
São personagens reais no livro de Juizes (Jz 7.25, 8.10-21). Alguns estudiosos acreditam
que o autor do livro fez trocadilhos com os nomes e acreditam que não seriam os
nomes reais. Mas, é interessante que os mesmo são lembrados nos Salmos do cântico
de Asafe 83.11,12 como aqueles que queriam se apoderar das habitações de Deus. Porém,
podemos trazer para o campo espiritual em nossos dias. Pois, os mesmos
representam a atuação do inimigo que lidera a oposição ao povo de Deus com ameaças,
empobrecimento e resistência. Mas, também mostra que o final de uma peleja, e ao
mesmo tempo o ápice da vitória do crente e a derrota do inimigo. Entretanto,
Paulo é enfático em dizer que a luta que travamos está no campo da espiritualidade.
Pois, a nossa luta não é contra a carne ou contra o sangue (Ef 6.12).
Para
chegarmos até a esses personagens é necessário recordar que após Gideão ter trabalhado
com a estratégia orientada por Deus, dividindo a guarnição de homens com shofar,
cântaros e tochas, Deus está apenas conduzindo Gideão ao caminho da vitória (Jz
7.1-25). Em seguida, Os midianitas e amalequitas são dispersos em fuga (Jz 7.21), e no ataque de Gideão se
voltaram um contra o seu próprio companheiro e ficam apavorados e se
dispersaram (Jz 7.22). Vemos ainda que os Efraimitas ajudaram Gideão e prenderam
os comandantes Orebe e Zeebe. Interessante é que Orebe significa “corvo”
e Zeebe significa “lobo”, foram detidos pelas forças de Efraim que seguiram a
sugestão de Gideão de cortarem o caminho do escape, pelo Jordão. Eles foram determinados e perseguiram estes dois príncipes, que por sete anos
dominaram trazendo mal a Israel (Jz 6.1).
É importante mencionar que o corvo é uma ave da
família Corvídea (é a família de aves da ordem passeriformes que
inclui os corvos, gaios, gralhas, pegas e quebra-nozes. Os corvídeos são
geralmente de maiores dimensões que os restantes pássaros e têm comportamento
complexo, que sugere uma forma de inteligência). Vivendo em bandos com
estrutura hierárquica bem definida. Sua alimentação é omnívora e inclui pequenos invertebrados, sementes e
frutos; podem ser também necrófagos, ou seja, são verdadeiros
papa-tudo. Em certas culturas o corvo pode simbolizar a morte, a solidão, o
azar, o mau presságio. Mas, para outros, pode simbolizar a astúcia, a cura, a
sabedoria, a fertilidade, a esperança, e possivelmente deveria ser a crença dos
midianitas. Mas, sem dúvida para Israel representava o mal, pois eram
destruidores e deixava o povo sem sustento, pois tomavam ovelhas, bois e jumento.
Era de fato o terro daqueles dias, só entravam na terra para destruir (Jz
6.3-5).
Já o lobo é um animal mamífero, de ordem Carnívora e
da família Canídea, a mesma família do cachorro. É um animal
que vive em bandos, denominados de alcateias. As alcateias são grupos familiares
onde ocorre a divisão de tarefas, que são lideradas pelos progenitores. O
lobo tem uma alimentação variada, sendo comum se alimentarem de presas grandes,
como gados, veados, alces e javalis. Mas, também se alimenta de presas pequenas
como roedores e animais domésticos, além de animais mortos e sobras de
alimentos encontrados nos lixos. Portanto, os lobos normalmente se concentram
onde há comida. É quando atacam dizimam porque tudo que desejam é matar a sua
fome.
Por que corvo e lobo andam juntos? É interessante e se faz
necessário mencionar que os lobos depois de atuarem sobre suas presas
tendem a afastar-se de sua caça depois de terem comido o que desejam. E aí onde
entre o corvo. Os corvos aprenderam a maximizar esse comportamento do lobo.
Durante o inverno, as aves chamam a atenção dos lobos para presas,
orientando-os para a sua próxima refeição. Claro, isso os coloca em uma posição
privilegiada para se banquetear com as sobras depois. Talvez como esse
resultado, os lobos se tornaram surpreendentemente tolerantes com corvos que se
alimentam perto deles. Penso que esse ponto pode mostrar um pouco da atuação
desses dois príncipes, podemos entender que atacavam juntos, um apontava e
preparava o caminho, um verdadeiro investigador e outro que agia com a força,
provocando o terro e destruição, talvez, por isso, fossem tão próximos.
I - Trazendo para a vida
espiritual:
1) O inimigo
é observador e astucioso. Age com oportunismos e sagacidade;
2) Quer
minar as nossas forças de modo gradativo e fazendo uma presa. Age com paciência,
mas de modo insistente.
3).
Tanto o corvo como o lobo trazem destruição e morte. Não pense que o inimigo
irá poupa-lo. Satanás quer trazer o mal.
II – Quando nem todos
acreditam em você: Os líderes de Sucote e Penuel se recusaram ajudar Gideão (Jz
8.6-9). Gideão e os 300 estavam cansados e com forme. Mas determinados (Jz 8.4,5).
Mas, por que não foi ajudado pelos líderes de Sucote e Penuel?
1. Porque
temia uma vingança dos midianitas; caso gideão falhasse. (300 estavam
perseguidos 15 mil). Mas, já havia vencido 120 mil.
2. Talvez
tivesse a ideia que Deus estivesse com Gideão, pois aquele 15 mil havia fugido.
Mas, ficaram preocupados em salvar a si mesmo, e não pesaram que Deus poderiam
guarda-los.
3. O
medo e a natureza carnal muitas vezes não deixam reconhecer a presença de Deus
em outras pessoas e perdemos a vitória que o Senhor tem para nos conceder.
III – Sucote e Penuel.
1. Representam
aqueles que ficam neutros.
2. Representam
aqueles que zombam.
3. Representam
aqueles que são indiferentes porque não fizeram a diferença.
4. Entenda
que Deus fez Gideão prevalecer sem o apoio de sucote e penuel. Deus sempre
prevalecerá.
Obs: 1) Demonstre fé para ver
acontecer- Não demonstraram fé; 2) Respeite aquele a quem Deus separou - Não
demonstraram respeito; 3) Ajude porque é certo e não para ser beneficiado.
IV- Zeba e Zalmuna (Salmuna). (Jz 8.10-21).
Zeba – Significa: “vitima’, e Zalmuna – Significa:
“sem proteção”.
1. Os
medianitas voltaram para o deserto a habitar em tendas. “Carcor” (v 10)
2. Não
esperavam que Gideão e os trezentos fossem até eles. (v 11)
3. Gideão
os surpreendeu a noite. (V 12).
Compreendemos: 1). Mesmo cansado
devemos continua. (Jz 8.4). 2). Trabalhando segundo a orientação de Deus irá
sempre surpreender o inimigo. 3) vencer zeba e zalmina é vitória decretada.
V – “e
tomou as luetas que estavam no pescoço dos seus camelos.”(Jz 8.21b).
1.
Estudiosos afirmam
que era muito comum enfeita e colares em forma de meia-lua assim como é
mencionado em (Is 3.18)
2.
Já outros dizem que
as pessoas muito ricas colocavam ornamentos nos camelos como forma de
demonstrar seu poderio econômico.
3.
Há também aqueles
que dizem era uma espécie de proteção e poder. Pois, “Astarte” era uma deusa
com cara de Lua. Talvez, ato de Gideão pudesse está relacionado a vitória e o domínio
de Deus, ou seja, a habitação de Deus foi devolvida.
VI- Podemos
afirmar que Gideão entendeu que Deus neste contexto:
1.
Julga com justiça.
2.
Age com soberania.
3.
Governa com
perfeição.
VII- É
importante ter mente:
1.
Que adianta afugentar
um exercito e não exterminar os mentores.
2.
Que adianta ter
estratégia, mas não ser determinados para perseguir o seu objetivo.
3.
O mal precisa ser destruído
por completo para a vitória ser concretizada.
Conclusão:
Esses personagens eram
famosos príncipes dos midianitas e a derrota deles foi uma grande vitória para
Israel. Pois, estariam livres da servidão e da pobreza. Hoje podemos afirmar
que Deus vai dá força ao servo fiel para vencer as lutas desta vida.
FRATERNALMENTE
EM CRISTO.
Livro
Mensagens para os nossos dias. Autor: Josué de Asevedo Soares.
Foi de grande valia esse estudo!
ResponderExcluirBenção de Deus
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