Texto Áureo
"E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram aos baalins e a Astarote". Jz 3.7
Verdade Aplicada
São sérias as conseqüências quando interrompemos a comunhão com Deus.
Objetivos da Lição
► Saber e compreender o período dos juízes;
► Conhecer um pouco mais sobre a vida dos juízes;
► Entender os fatos ligado à história Israel.
Textos de Referência
Jz 2.11 Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins.
Jz 2.12 E deixaram ao Senhor, Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e encurvaram-se a eles, e provocaram o Senhor à ira.
Juízes Capítulos de 6 a 8
CAPÍTULO 6
• Versículos 1-6 Israel oprimido pelos midianitas
• Versículos 7-10 Um profeta repreende a Israel
• Versículos 11-24 Gideão colocado para liberar a Israel
• Versículos 25-32 Gideão destrói o altar de Baal
• Versículos 33-40 Sinais dados a Gideão
Versículos 1-6
O pecado de Israel se renovou e se repetiram as aflições de Israel. Todos os que pecam esperem sofrer.
Os israelitas se ocultaram em cavernas e guaridas; tal foi o efeito de uma consciência culpável. O pecado deprime os homens. Os invasores não deixaram comida para Israel, salvo a levada às cavernas. Prepararam para Baal aquilo com que deveriam ter servido a Deus, assim que agora Deus, justamente, envia um inimigo para tirá-lo deles na estação correspondente.
Versículos 7-10
Eles clamaram a Deus por um libertador e Ele lhes enviou um profeta para ensiná-los. Quando Deus dá a nação ministros fiéis, é um sinal de que lhe tem reservada misericórdia. Os acusa de rebelião contra o Senhor; sua intenção é levá-los ao arrependimento. O arrependimento é real quando se lamenta a devassidão do pecado, como desobediência a Deus.
Versículos 11-24
Gideão era um homem de espírito valente e esforçado, mas na escuridão de sua época; aqui ele é estimulado a empreender algo grande. Era seguro que Jeová estava com ele, quando seu Anjo esteve com ele.
Gideão era de fé fraca, o qual lhe dificulta reconciliar a seguridade da presença de Deus com a aflição à qual está submetido Israel.
O Anjo responde a suas objeções. Lhe diz que se apresente e aja como o libertador de Israel, que não necessitava mais. O bispo Hall diz: Embora Deus qualifica de valente a Gideão, é Ele quem o faz assim. Deus se deleita em fazer progredir o humilde. Gideão deseja que sua fé seja confirmada. Agora, sob a influência do Espírito, nós não temos que esperar sinais ante nossos olhos como os que Gideão deseja aqui; antes devemos orar fervorosamente a Deus que, se temos achado graça ante seus olhos, Ele envie um sinal a nosso coração pela obra poderosa de seu Espírito.
O Anjo converteu a carne numa oferta apresentada pelo fogo; demonstrando assim que Ele não era homem que necessitasse carne, senão o Filho de Deus que seria servido e honrado pelo sacrifício e que, no cumprimento do tempo, se ofereceria a Si mesmo em sacrifício. Aqui se dá a Gideão um sinal de que tinha achado graça aos olhos de Deus. Desde que o homem tem estado exposto à ira e maldição de Deus, tem sido aterrador para ele uma mensagem do céu, porque dificilmente se atreve a esperar boas notícias de lá. Neste mundo é muito espantoso ter qualquer relação com o mundo dos espíritos, ao qual somos tão alheios. O valor faltou a Gideão, mas Deus lhe falou de paz.
Versículos 25-32
Veja-se aqui o poder da graça de Deus, que levantará um reformador; e a bondade de sua graça que levantará o libertador da família de um líder da idolatria. Gideão não deve pensar que é suficiente não adorar nesse altar; deve demoli-lo e oferecer sacrifício num outro. Era necessário que fizesse a paz com Deus antes de ir à guerra contra Midiã. Enquanto o pecado não tenha sido perdoado pelo grande Sacrifício, não deve esperar-se nenhum bem. Deus, que tem todos os corações em sua mão, influi sobre Joás para que compareça em favor de seu filho contra os defensores de Baal, embora anteriormente se tiver unido ao culto de Baal. façamos nosso dever e confiemos a Deus nossa segurança.
Aqui há um desafio a Baal para que faça bem ou mal; o resultado convence a seus adoradores de sua estultícia de pedir socorro àquele que não podia sequer vingar a si mesmo.
Versículos 33-40
Os sinais são verdadeiramente miraculosos e muito significativos. Gideão e seus homens lutariam contra os midianitas, poderia Deus distinguir entre um pequeno velo de lã de Israel e o extenso solo de Midiã? Se faz saber a Gideão que Deus podia fazê-lo. Desejava Gideão que o orvalho da graça divina descesse em particular sobre ele mesmo? Vê o velo de lã molhado pelo orvalho para dar-lhe seguridade. Deseja que Deus seja como o orvalho para todo Israel? Eis ali, todo o solo está úmido. Quanta causa temos nós, pecadores dos gentios, para abençoar o Senhor pelo fato de que o orvalho das bênçãos celestiais, uma vez limitado a Israel, agora é enviado a todos os habitantes da terra! Mas até os médios de graça se dão em diferentes medidas conforme com os propósitos de Deus. Na mesma congregação, a alma de um homem é como o velo de lã umedecido de Gideão, o outro é como o solo seco.
CAPÍTULO 7
• Versículos 1-8 Redução do exército de Gideão
• Versículos 9-15 Gideão é alentado
• Versículos 16-22 Derrota dos midianitas
• Versículos 23-25 Os de Efraim tomam a Orebe e Zeebe
Versículos 1-8
Deus faz provisão para que o louvor da vitória seja totalmente seu, indicando somente trezentos homens para a luta.
A atividade e a prudência vão junto com a dependência de Deus para que nos socorra em nossas justas empresas. Quando o Senhor vê que os homens vão se desentender dEle e, por incredulidade, vão evitar os serviços perigosos ou que, por orgulho, quereriam colocar-se em Sua contra, os deixa de lado e realiza sua obra com outros instrumentos. Muitos acharão pretextos para desertar da causa e fugir da cruz. Porém, embora uma sociedade religiosa possa, assim, reduzir-se em número, ganhará, contudo, em pureza, e pode esperar uma bênção acrescentada de parte do Senhor. Deus escolhe empregar os que não somente estão bem afetados, senão zelosamente afetados por uma coisa boa.
Não murmuraram pela liberdade dos outros que foram dispensados. Ao cumprir os deveres requeridos por Deus, não devemos considerar o progresso ou retraso dos outros, nem o que fazem, senão o que Deus espera de nossas mãos. É raro encontrar uma pessoa que possa tolerar que os outros a superem em dons, bênçãos ou liberdade; de modo que podemos dizer que é pela graça especial de Deus que consideramos o que Deus nos diz e não atentamos para o que fazem os homens.
Versículos 9-15
O sonho parecia ter pouco significado em si mesmo, mas a interpretação demonstrou evidentemente que todo era do Senhor, e descobriu que o nome de Gideão tinha enchido de terror os midianitas. Gideão tomou isto como sinal seguro do êxito; sem demora adorou e louvou a Deus, e regressou com confiança a seus trezentos homens. Onde quer que estejamos, podemos falar a Deus e adorá-lo. Deus deve ter o louvor pelo que estimula nossa fé, deve reconhecer-se sua providência nos sucessos, embora sejam pequenos e aparentemente acidentais.
Versículos 16-22
O método para derrotar os midianitas pode ser tomado como exemplo da destruição do reino do diabo no mundo, pela predicação do evangelho eterno, o tocar a trombeta, e o mostrar a luz que sai dos vasos de barro, pois tais são os ministros do Evangelho (2 Co 4.6-7). Deus escolheu o néscio do mundo para confundir o sábio, um pão de cevada para derrotar as tendas de Midiã, para que a excelência do poder seja somente de Deus. O evangelho é uma espada, não na mão, senão na boca: a espada do Senhor e de Gideão, de Deus e de Jesus Cristo, dAquele que se assenta no trono e o Cordeiro.
Os ímpios costumam ser levados a vingarem a causa de Deus sobre outrem, sob o poder de seus enganos e a fúria de suas paixões. Veja-se também como Deus, freqüentemente, faz que os inimigos da igreja sejam instrumento para que se destruam uns aos outros; é uma pena que os amigos da igreja devam às vezes agir como eles.
Versículos 23-25
Dois comandantes principais das hostes de Midiã foram capturados e mortos pelos homens de Efraim. Resultaria desejável que todos nós fizéssemos como eles, e que onde se necessitar ajuda, que esta fosse pronta e voluntariamente dada por outro. E que, quando começamos algo excelente e proveitoso, estivéssemos dispostos a termos colaboradores para terminar e aperfeiçoar aquilo e não, como comumente acontece, estorvar-nos uns a outros.
CAPÍTULO 8
• Versículos 1-3 Gideão pacifica a Efraim
• Versículos 4-12 Sucote e Peniel recusam aliviar a Gideão
• Versículos 13-17 Sucote e Peniel castigados
• Versículos 18-21 Gideão vinga a seus irmãos
• Versículos 22-28 Gideão não aceita o governo, porém dá ocasião à idolatria
• Versículos 29-35 A morte de Gideão – A ingratidão de Israel
Versículos 1-3
Os que não tentam nem se aventuram em nada para a causa de Deus, são os mais prestes a censurar e disputar com os que são de espírito mais zeloso e empreendedor. Os mais preguiçosos para os serviços difíceis, são os que mais se iram por não receber reconhecimento. Gideão surge aqui como grande exemplo de abnegação e nos demonstra que a inveja se elimina melhor com a humildade. Os homens de Efraim expressaram suas paixões com uma liberdade muito errada para falar, sinal certo de uma causa fraca: a razão voa baixo quando a repreensão voa alto.
Versículos 4-12
Os homens de Gideão estavam esgotados, mas prosseguiram; fatigados com o que tinham feito, porém ansiosos por fazer mais contra seus inimigos. Muitas vezes é assim o caso do cristão verdadeiro, desfalecente, mas continua avançando. O mundo muito pouco sabe da luta perseverante e bem-sucedida que livra o crente verdadeiro com seu coração pecador. Mas ele se remete a essa força divina em cuja fé começou seu conflito, e por cuja só convicção pode terminar com triunfo.
Versículos 13-17
Os servos ativos do Senhor enfrentam-se com uma oposição mais perigosa de parte dos falsos mestres que dos inimigos francos; contudo, não devem preocupar-se pela conduta dos que são israelitas de nome, porém midianitas de coração. Devem perseguir os inimigos de sua alma e da causa de Deus, embora estejam a ponto de desmaiar pelos conflitos internos e pelas dificuldades externas. E serão capacitados para perseverar. Quanto menos ajudem os homens e mais procurem estorvar, mais ajudará o Senhor.
Sendo desprezada a advertência de Gideão, o castigo foi justo. Muitos aprendem com os abrolhos e espinhos da aflição o que não aprenderam de outro jeito.
Versículos 18-21
Era necessário enfrentar os reis de Midiã.
Quando se confessaram culpáveis do assassinato, Gideão agiu como o vingador do sangue, já que era o parente mais próximo das pessoas assassinadas. Não pensaram eles que tinham ouvido disto fazia muito tempo, já que o homicídio rara vez fica impune nesta vida. Deve-se render conta a Deus dos pecados que o homem tem esquecido há muito tempo. Que pobre consolo existe em esperar sofrer menos dor na morte, e morrer com menos desgraça que outros! Mas muitos estão mais ansiosos por estes aspectos que pelo futuro juízo e o que se seguirá.
Versículos 22-28
Gideão recusou o governo que o povo lhe ofereceu. Nenhum homem bom se agradaria com alguma honra conferida a ele, daquela que só pertence a Deus.
Gideão pensou conservar a lembrança desta vitória com um éfode feito do melhor dos despojos. Provavelmente este éfode tinha colado, como era habitual, um terafim, e Gideão pretendeu que isso seria um oráculo para consulta. Muitos são levados por caminhos errados por um único mau passo de um homem bom. Se tornou em armadilha para o próprio Gideão, e resultou ser a ruína da família. Com quanta rapidez os ornamentos que alimentam a concupiscência dos olhos e formam a soberba da vida, tendem assim também às concupiscências da carne, envergonhando os que os apreciam!
Versículos 29-35
Assim que morreu Gideão, que manteve o povo adorando o Deus de Israel, estes se viram sem restrições; então, foram após os baalins, e não se mostraram bondosos com a família de Gideão. Não surpreende que os que esquecem a seu Deus olvidem também seus amigos. Todavia, cientes de nossa própria ingratidão para com o Senhor, e observando a da humanidade em geral, devemos aprender a sermos pacientes em qualquer classe de repercussões perversas que achemos por nossos maus serviços e resolver, conforme ao exemplo divino, não sermos derrotados pelo mal, senão vencer o mal com o bem.
Fraternalmente em Cristo.
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