Texto Áureo
"Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento". Lc 15.7
Verdade Aplicada
O arrependimento é o primeiro passo da jornada do pecador ao voltar para Deus.
Objetivos da Lição
► Definir o arrependimento de acordo com a Palavra de Deus;
► Esclarecer as diferenças básicas entre o arrependimento e a regeneração;
► Conhecer a necessidade de cada dia nos arrependermos para que o Espírito Santo opere em nossas vidas.
Textos de Referência
Mt 4.16 O povo, que estava assentado em trevas, viu uma grande luz; e, aos que estavam assentados na região e sombra da morte, a luz raiou.
Mt 4.17 Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus.
Mt 11. 21 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido com pano de saco grosseiro e com cinza.
Introdução
O arrependimento, de acordo com os ensinamentos do Novo testamento, está intimamente ligado à chegada do reino dos Céus (Mt 3.2). Este foi o principal tópico da pregação de João Batista continua sendo a condição indispensável para homem tomar posse dos bens materiais. Arrependimento é o ato pessoal e consciente de contrição que permite à criatura humana mudar os seus atos pecaminosos, através de uma orientação direta e interior do Espírito Santo. No temário estudado nesse trimestre vemos o povo de Israel, no período dos juizes arrependendo-se e voltando-se para o Senhor. Nesta lição, portanto, vamos esclarecer aos alunos que o arrependimento prescrito pela Escrituras não é simples remorso, mas um pesar sincero que leva a deixar as más obras e a abraçar a verdade do Evangelho.
Disse o saudoso servo de Deus e Pr. João de Oliveira: “O arrependimento é evidentemente uma das doutrinas rudimentares do cristianismo, cujos fundamentos devem ser lançados e deixados por aqueles que caminham em busca da perfeição” (Hb 6.1). Rudimentos é aquilo que está ligado ao começo. Logo, quem ficar sempre no rudimento, nesse caso, jamais alcançará a estatura de varão perfeito. Tenhamos em mente alguém que cotidianamente confesse o mesmo pecado cometido. Isso mostra que tal pessoa permanece cometendo pecado e não poderá, assim, desenvolver sua espiritualidade (1 Jo 3.6,9).
a) O pecado por ignorância – Como bem sabemos que ignorar é desconhecer. Pecar por ignorância e desconhecer a realidade bíblica ou cometer pecado, crendo fazer o bem. O exemplo disso com os ouvintes de Pedro no templo (At 3.7). Tais pessoas mataram o filho de Deus (At 3.15), por ignorar que Ele era o Cristo, o príncipe da vida.
b) A necessidade do arrependimento – Em Rm 3.23 fala que todos pecaram e carecem da glória de Deus. A Bíblia Sagrada ensina com clareza que a humanidade necessita ser salva pelo sacrifício de Jesus Cristo (At 4.12; Rm 5.8).
c) Uma vida em arrependimento – A principal razão do arrependimento é o livramento da culpa. Após a remissão da culpa, o pecador passa por uma operação, ou seja, a regeneração que passa ser uma nova criatura (2 Co 5.17). Jesus Certa vez disse a Nicodemos: “Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).
O teólogo Bancroft dá-nos uma
explicação a respeito do significado da palavra arrependimento: “A palavra
traduzida por arrependimento significa mudança de pensamento, de propósito, ou
seja, de pontos de vista referentes à matéria; significa possuir outra atitude,
mental a respeito de nossos pontos de vista e atitudes”. Pedro exortou aos
judeus a mudarem de pensamento e de pontos de vista a respeito de Cristo, e a
expressarem essa mudança recebendo o batismo (At 2.36-40).
Certamente
a mais obvia característica dos membros da Igreja do Senhor Jesus reside no
fato de tratar-se de pessoas que experimentaram, todas elas, a bênção do
arrependimento. Longe de ser apenas uma opção, o arrependimento é primordial
ponto de partida na caminhada da fé verdadeiramente genuína.
a) O arrependimento no Antigo Testamento
– Como podemos presencia no
livro de juizes ou
b)
O arrependimento no Novo Testamento –
No Novo testamento o arrependimento é
manifestado fortemente com a presença da graça oferecida por Jesus Cristo. Vemos
ainda alguns versículos que deixa às claras essa afirmação: A mensagem de João
Batista (Mt 3.2); A mensagem de Jesus (Mc 1.5); A mensagem de Pedro (At 3.9) e
a mensagem de Paulo (At 17.30).
Escreve Pendleton: “A palavra
da qual arrependimento é a tradução tem, no Novo Testamento, como sentido
primário, “reflexão posterior”. É fácil compreender como o sentido secundário,
mudança de pensamentos. É importante entender que o sentido secundário segui-se
à significação primária, pois, em todas as épocas, a reflexão posterior tem
descoberto razões para mudança de pensamentos”.
c) A prática do arrependimento –
Arrepender-se é mudar, mudar mesmo! A maneira de pensar e agir. Usando a
linguagem militar, o arrependimento é fazer meia-volta e passar a marchar em
sentido oposto do mundo. Judas teve remorso e suicidou-se (Mt 27.5). O arrependimento tê-lo-ia levado aos pés de
Jesus em busca do verdadeiro perdão (Pv 28.13). Temos que nos arrepender das
más obras, arrepender-se para sermos salvos e arrepender de todo orgulho.
O
genuíno arrependimento nunca ocorrerá sozinho. Qualquer forma de arrependimento
que não se aplica aos elementos espirituais que o acompanhe é incapaz de
produzir a verdadeira conversão. Quais são esses elementos?
Dentre
os elementos mencionados não podemos esquecer da contrição, isto é, um
sentimento profundo de culpa. A tendência do homem é a autojustificação, que na
verdade é o ato de se desculpar e lançar sobre outra pessoa a culpa. É típico
caso de Adão, que culpou a companheira; e Eva jogou a culpa na serpente. Mas
nenhum deles disseram: “eu pequei e preciso ser perdoado”.
4 RESULTADOS DO ARREPENDIMENTO
a) Abandono do pecado – Um dos primeiros resultados do arrependimento é a vontade que o arrependido experimenta de afastar-se completamente do pecado (hb 12.2). É importante ratificar que o arrependimento é a vontade de viver uma vida nova de pureza e santidade (Hb 12.14).
O renomado teólogo Bancroft é
enfático em declarar: “O arrependimento não é algo que o homem possa originar
dentro de si mesmo, ou possa produzir por i mesmo. É dom divino, resultado da
graciosa operação de Deus na alma do homem, devido a qual ele se dispõe a essa
mudança; Deus é quem lhe concede o arrependimento”.
Conclusão: Uma igreja que não
proclama o arrependimento sofrerá espiritualmente, entrará no caminho da mornidão,
da frieza e do fracasso e não poderá receber a glória de Deus; pois o Senhor
não se revela ao povo que não se arrepende (2 Cr 7.14).
J. A. Soares.
Deus seja louvado!
ResponderExcluirEste comentário edificou a minha vida. Benção!
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