“De
sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do
Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis” (At 2.33).
INTRODUÇÃO.
Deus
é infinitamente poderoso para hoje derramar sobre nós o seu Espírito como um
rio transbordante, assim como fez no passado. Foi o profeta Joel, no Antigo
Testamento, a quem Deus revelou o derramamento do Espírito nos últimos tempos
(Jl 2.23-32). Joel foi, talvez, o primeiro dos profetas literários (profetas
que escreveram suas mensagens), o que salienta ainda mais a sua profecia sobre
o Pentecostes (At 2.16-21,33). O termo “Pentecostes”, é para nós pentecostal
uma referência ao batismo com o Espírito Santo, e não somente à festa judaica
de mesmo nome que ocorria cinquenta dias após a páscoa (At 2.1; 20.16; 1 Co
16.6). SEIS PASSAGENS BÍBLICAS
IMPORTANTE:
1)
Mc
1.8 – É Jesus quem batiza com o Espírito Santo; 2) At 1.4 - Jesus confirmou a
promessa do Espírito; 3) At 2.39 - A promessa do batismo é para todos os salvos;
4) Lc 24.49 - Poder do alto no batismo com o Espírito; 5) At 1.8 - Testemunhando
com poder pentecostal e 6) Ef 5.18 - Estejamos sempre cheios do Espírito.
I) EM
Atos 2.16-18 A PROMESSA DO PENTECOSTES:
1.
Derramarei
o meu Espírito (At 2.17). Mostra-nos: que não se restringe; Não é coisa pequena
e se trata de uma capacitação e força dado por Deus.
2.
A profecia de Joel (Jl 2.28-32). Os versículos
28 a 32 de Joel, no texto hebraico, perfazem um capítulo à parte — o 3. De
fato, a grandeza e o alcance do assunto desta passagem — o futuro derramamento
do Espírito sobre a igreja — requer um capítulo à parte! Esta sublimidade, pode
ser relacionada ao que está revelado em 2 Coríntios 3.7-12, principalmente o v.
8, que diz: “Como não será de maior glória o ministério do Espírito?” Aleluia!
Esta passagem, juntamente com Romanos 8, é uma das mais ricas de toda a Bíblia
sobre o indizível e glorioso ministério do Espírito nesta era da igreja. Ler Is
55.1; 44.3.
II) A PROMESSA DO
PENTECOSTES E SUA UNIVERSALIDADE (vv.17,18).
Nos tempos do Antigo Testamento, o Espírito
Santo, por via de regra, permanecia entre os fiéis (Ag 2.5; Is 63.11). Há
poucos casos de homens a quem Deus encheu do seu Espírito para missões
específicas, como os costureiros de Êxodo 28.3; Bezalel (Êx 31.3; 35.31); e
Josué (Dt 34.9).
1)
Habitação do Espírito. Nesta dispensação da igreja, isto é, do corpo místico
dos salvos em Cristo, o Espírito habita em toda pessoa por Ele regenerada e
salva por Jesus (Jo 14.16,17; 1 Jo 4.13; Rm 8.9). Ao mesmo tempo, Jesus também
quer batizar os crentes com o Espírito Santo, revestindo-os com poder para o
serviço do Senhor (At 1.5; 2.1-4, 32, 33; Lc 24.49). Foi essa capacitação
sobrenatural nos crentes dos primeiros tempos, o segredo do rápido e vitorioso
avanço do reino de Deus, apesar das limitações, sofrimentos e perseguições. Não
há outra explicação. Hoje, com tantos recursos da ciência moderna, saberes e
técnicas aprendidas nas escolas, o avanço é lento e, às vezes, quase nenhum. É
a diferença entre a requintada armadura de Saul sem o Espírito de Deus (1 Sm
16.14), e o jovem Davi desprovido dela, mas ungido e possuído pelo Espírito
Santo (1 Sm 16.13).
2.
“Sobre toda a carne” (v.17). Isso fala de algo da parte de Deus para todos, em
todos os países, povos e raças do mundo. Também de imparcialidade.
a)
“Vossos filhos e vossas filhas”: Para a família, o lar; também, sem distinção
de sexo.
b) “Vossos jovens e vossos velhos”: Sem
distinção de idade, pois Deus quer usar a todos, de um modo ou de outro.
c)
“Servos e servas”: Não há discriminação social. Deus abençoa os que são
pequenos em si mesmos, mas elevados no Senhor (Sl 115.13; Hb 8.11).
Este
manancial está a fluir desde o Dia de Pentecostes. O v.16 afirma: “isto é o que
foi dito pelo profeta”. Não é apenas para o futuro, mas também para os dias atuais.
III.
A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA RIQUEZA (vv.17,18).
1.
Os
dons espirituais. Juntamente com a promessa divina está escrito: “e
profetizarão” (vv.17,18). O batismo com o Espírito Santo abre caminho para a
manifestação dos dons espirituais, segundo a vontade e propósitos do Senhor. Um
desses gloriosos dons é o de profetizar pelo Espírito Santo, como consta em 1
Co 12.4-11,28; 14.1-6,22,24,29-32; Rm 12.6-8; Ef 4.11.
2.
Os sinais sobrenaturais (Marcos 16.17,18): Milagres, cura divina, línguas
estranhas, expulsão de demônios (At 2.43b). No desempenho do ministério de
Jesus a operação de “maravilhas, prodígios e sinais” (At 2.22) eram precedidos
pelo ensino e pregação (Mt 4.23; 9.35). O nosso ministério hoje não deve ser
diferente; para isso o Espírito Santo foi enviado por Deus para nos capacitar.
IV.
A PROMESSA DO PENTECOSTES E SUA FUTURIDADE (vv.19,20).
1. Futuro profético. A vinda do
Espírito Santo no Dia de Pentecostes para dotar os crentes de poder, não se
limita aos tempos atuais, mas adentra o futuro profético. Os sinais
sobrenaturais esboçados nos vv. 19 e 20, bem como em outras passagens
correlatas, aguardam cumprimento futuro. A efusão do Espírito terá a sua
plenitude durante o Milênio no reinado do Messias, como prediz Isaías 32.15-17.
É justo crer que no reino do Messias, o Espírito será amplamente derramado (Zc
12.10; Ez 39.29).
2.
A promessa divina do Pentecostes em Joel 2.28. Esta promessa diz “derramarei o
meu Espírito”; ao passo que no cumprimento em Atos 2.17, a Palavra diz “do meu
Espírito derramarei”, denotando um derramamento parcial. Certamente isso foi
revelado por Deus a Paulo, quando em Rm 8.23, fala em “primícias do Espírito”.
3.
A profecia pentecostal de Joel 2.23. Esta profecia prediz a chuva “temporã” e a
“serôdia”. O mesmo está dito em Tiago 5.7,8.
a)
Chuva temporã. Na Bíblia, “chuva temporã” é uma referência ao Oriente Médio, em
se tratando de agricultura, às primeiras chuvas de outono (fins de outubro),
logo após a semeadura, para a germinação das sementes e crescimento das plantinhas.
b)
Chuva serôdia. São as últimas chuvas que precedem a colheita (fins de março),
quando os grãos já estão amadurecidos. Profeticamente, como em Jl 2.23; Tg
5.7,8; Os 6.3, a “chuva serôdia” do Espírito Santo da promessa (Ef 1.13),
precederá a superabundante colheita espiritual para o reino de Deus.
V. A PROMESSA DO PENTECOSTES ABARCA A
SALVAÇÃO (v.21).
1.
“E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Em o
nome do Senhor há poder para salvar em todo e qualquer sentido. Aqui, o
original é “kyrios”, isto é, Jesus como o supremo Senhor de tudo e de todos.
Ver Rm 10.9, 13; Fp 2.9-11. Este nome salva (At 4.12); protege (Sl 20.1); cura
(At 3.6); expulsa demônios (Mc 16.17); socorre nas emergências e nos apertos
(Sl 124.8). O Senhor Jesus reiteradamente falou sobre a vinda do Espírito
Santo, o Consolador, para ficar conosco. Isto destaca a missão do Espírito na
Terra (Jo 7.39; 14.16,17,26; 15.26; 16.7,13; Lc 24.49; At 1.4,5,8).
2.
Fonte de Vida. Em João 7.38, 39, Jesus falou do Espírito Santo sobre o crente,
como um rio caudaloso e transbordante, o que fala de vida, subsistência,
movimento, ruído, energia, destinação e renovação. Assim deve ser uma igreja
realmente avivada pelo Espírito.
3.
Trajetória de poder. Na história da igreja no livro de Atos, ela inicia sua
trajetória com “grande poder” (4.33), e, encerra com “grande contenda” (28.29).
O poder procede de Deus; a contenda dos homens. A origem do poder está em Deus
(Sl 62.11); da contenda, no orgulho humano (Pv 13.10). Que Deus nos guarde e
nos livre disso. Um povo avivado pelo Espírito, deve, pela vigilância, evitar
dissensões em qualquer lugar, e por onde andar.
CONCLUSÃO
Como
é notório, muitas inovações, modismos e práticas descabidas e antibíblicas vêm
afetando o genuíno Movimento Pentecostal, inclusive a Assembléia de Deus.
Precisamos voltar sempre ao cenáculo para receber mais poder (Ef 5.18), mas
igualmente, manter a “sã doutrina” do Senhor (Tt 2.1,7; 1 Tm 4.16). Busquemos
um maior e contínuo avivamento espiritual, segundo a doutrina bíblica, como fez
o salmista: “Vivifica-me segundo a tua Palavra” (Sl 119.25,154).
FRATERNALMENTE EM CRISTO.
A Deus toda Glória.
ResponderExcluirBoa mensagem!
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