INTRODUÇÃO.
Os dias que antecederão a segunda vinda de Cristo serão
marcados por um sensível aumento da iniquidade sobre a humanidade. O Evangelho
de Lucas afirma sobre “pestes em vários lugares”, entende-se que aqui tem uma
relação sobre as enfermidades que virão sobre a terra. É importante mencionar
que as pessoas estarão, nos últimos tempos, mais propensas a certas
enfermidades na alma tais como egoísmo, depressão, perversão e crueldade.
Conforme disse Jesus, a maldade se multiplicará e o “amor de muitos se
esfriará”. Todavia, “aquele que perseverar até ao fim será salvo” (Mt
24.12,13). Entendemos que as doenças desse século estão ligados: 1) As questões
profética dos acontecimentos dos últimos dias. 2) É uma questão maligna, uma
atuação intensa do mal sobre a humanidade, sabendo ele que já é a última hora.
3) O domínio do pecado na mente dos homens, ou seja, o orgulhos, o desejo do
poder, o materialismos, as riquezas e os prazeres, são males que levará a
muitos a doenças da alma.
I – DEFINIÇÃO DE DOENÇA: é um termo genérico, que significa desvio do
estado normal; pode ser também a falta ou perturbação da saúde ou desarranjo na
disposição material do corpo.
II – TRÊS VERSICULOS IMPORTANTE:
·
“Ele é o que perdoa todas as tuas iniquidades, que sara todas as tuas
enfermidades” (Sl 103.3).
·
“E servireis ao Senhor vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa
água; e eu tirarei do meio de vós as enfermidades.” (Exodo 23.25).
·
“Cura-me, Senhor, e serei curado; salva-me, e serei
salvo, pois tu és aquele a quem eu louvo.” (Jr 17.14).
III. DOENÇAS NA ÁREA
INTRAPESSOAL
As enfermidades intrapessoal ocorre dentro da pessoa, ou
seja, internalizado no indivíduo. As doenças intrapessoais mais perniciosas ao
convívio eclesiástico e social são: orgulho, vaidade, egoísmo e avareza.
1) Orgulho e Vaidade. Muitos se gabam de seus próprios atos e
glorificam suas realizações com o único intuito de impressionar as pessoas. São
os adeptos do culto à personalidade (Sl 4.2; 94.11; 144.4; Jr 2.5), os
presunçosos, soberbos que desejam ardentemente fama e projeção social (Ec 1.2;
Mt 23.2-7; Ef 4.17-19). Estes são os que se julgam superiores aos outros, e
desprezam os que estão abaixo de sua condição privilegiada (Pv 11.2; 16.18;
21.4).
2) Egoísmo e Avareza. Essas enfermidades caracterizam os
chamados “amantes de si mesmos”. Elas fazem com que as pessoas sejam
individualistas e nutram desejos irrefreáveis de alcançar seus interesses
pessoais em detrimento do respeito e amor pelo outro.
O egoísta é ambicioso e narcisista: adora a si mesmo (2 Tm
3.2). Já o avarento, “amante do dinheiro”, é obcecado pelo lucro (Pv 21.6).
Nestes últimos dias, o materialismo tem levado as pessoas a se digladiarem pelo
vil metal e, infelizmente, as promessas de “fortuna fácil” têm atingido os
púlpitos de muitas igrejas (1 Tm 6.10). Todavia, a Palavra de Deus é incisiva:
“guardai-vos da avareza” (Lc 12.15-21; Hb 13.5).
3) Incontinência. Essa é a doença que faz com que as pessoas
não tenham domínio de si mesmas, isto é, não consigam refrear seus impulsos
naturais dominados pelo pecado. Isso fica claro em Romanos 1.23-32, quando a
Bíblia nos adverte enfaticamente acerca desta condição pecaminosa. A Palavra de
Deus nos admoesta a fazermos tudo com moderação, autocontrole e disciplina (Gl
5.22; 2 Tm 1.7). Porém, muitas vezes a incontinência leva as pessoas a
rejeitarem a Deus, se entregando à libertinagem, à prostituição e aos vícios
infames.
As doenças intrapessoais mais perniciosas ao convívio
eclesiástico e social são: orgulho, vaidade, egoísmo e avareza.
IV. DOENÇAS NA ÁREA
SOCIAL
O pecado Original não afetou apenas o indivíduo, mas também
seus relacionamentos. As mais graves doenças sociais de nosso século são:
desobediência aos pais, ingratidão, desamor, crueldade, dureza de coração,
calúnia, traição, hipocrisia, aversão ao bem e abuso do poder.
1) Desobediência aos pais e ingratidão. É de se notar que ao
longo da história, a cultura anticristã tem incentivado a desobediência ao
mandamento divino, explícito em Êxodo 20.12, que ordena aos filhos honrar pai e
mãe. Entretanto, nada se compara a insubordinação obstinada dos filhos aos pais
nesses últimos dias (Rm 1.30; 1 Tm 1.9). Lembremos que a responsabilidade de
educar os filhos não é dos avós, nem da escola e igreja, muito menos do Estado.
Esse dever é dos pais (Dt 6.6,7; Sl 127.3-5; Pv 22.6). A ingratidão, por sua
vez, é uma conseqüência da apostasia destes últimos tempos. Sempre que há uma
ascensão do paganismo e do pecado, os homens tendem à ingratidão (Rm 1.21).
2) Desamor e Crueldade. Há por toda parte pessoas desprovidas
de “afeto natural”, isto é, que não têm afeição, amor e cuidado nem mesmo pela
própria família. São pais desafeiçoados aos filhos, e filhos que não têm a
menor consideração e carinho pelos pais (1 Tm 1.9; Ef 6.1-4). Desde o passado
distante, o desamor e a crueldade têm caminhado juntos revelando a
irracionalidade e a selvageria dos homens (Êx 1.22; 2 Rs 25.7). A Bíblia nos
alerta sobre os que “respiram crueldade” contra seus desafetos (Sl 27.12). A
falta de afeição dos ímpios faz com que até seus animais sofram (Pv 12.10 cf.
Nm 22.27). Não nos enganemos! Os “últimos dias” não serão menos violentos que
os do tempo pré-diluviano (Gn 6.5,11).
3) Dureza de coração e Calúnia. O perdão e a reconciliação
são atributos necessários à convivência social e religiosa. Porém, a Palavra de
Deus nos adverte que nos últimos dias, os homens tornar-se-ão irretratáveis,
“duros de coração”, e incapazes de perdoar. Nas regras de sobrevivência do
mundo moderno não há espaço para a compaixão e perdão. Jesus, em seu conhecido
sermão do monte, condenou taxativamente o rancor vingativo, e enobreceu a
mansidão e a graça (Mt 5.5,9,21-26; 11.29; Mc 11.25). A calúnia, no original
“diábolos”, é outra doença terrível desse século. São caluniadores aqueles que
se comprazem em depreciar a honra e a moral alheia (Tt 2.3). O difamador, diz a
Bíblia, “separa os maiores amigos” (Pv 16.28).
4) Traição e Hipocrisia. São desvios de caráter próprios de
certos executivos e políticos que se orgulham de enganar seus concorrentes e
descumprirem suas promessas em razão de suas conveniências pessoais (Is 32.6;
Lc 12.1; 1 Tm 4.2). Infelizmente, essas doenças atingem todas as áreas e níveis
da sociedade (Is 9.17; Mt 6.2,5,16). Não nos esqueçamos que até no colégio
apostólico houve um discípulo traidor e hipócrita (Mt 26.47-50; Jo 12.3-6).
Assim como Judas, muitos têm aparência de piedade, mas são lobos devoradores
(Mt 7.15).
5) Aversão ao bem. Nos últimos dias, diz-nos a Palavra de
Deus, os homens serão inimigos do bem e negar-se-ão a praticá-lo. Desprezarão
os bons e amarão os maus (Sl 14.1; Pv 28.5; 2 Tm 3.13).
Atualmente, a indústria do entretenimento tem induzido nossas
crianças a gostarem de “heróis” de caráter explicitamente mau, seres demoníacos
e monstros malignos através de jogos eletrônicos e das histórias em quadrinhos.
Contudo, o cristão deve ser “amigo do bem” (Tt 1.8).
6) Abuso de poder. Diz respeito aos homens obstinados,
orgulhosos e atrevidos que abusam do poder temporário, cultuando a própria
personalidade (Ez 28.5-8; Jo 19.10,11; At 12.20-23). Aqui também estão
incluídos aqueles obreiros de ministérios independentes, que não obedecem nem
prestam contas a ninguém (2 Cr 26.18-21). Reconsideremos o exemplo do servo que
espancava os conservos na ausência de seu senhor (Mt 24.46-51). A Escritura
exorta à obediência aos pastores (Hb 13.7,17; 1 Ts 5.12,13), mas ordena que o
ministro presida “com cuidado” e “governe bem” (Rm 12.8c; 1 Tm 5.17).
V. DOENÇAS NA ÁREA
RELIGIOSA
O pecado prejudicou o relacionamento do homem consigo, com o
seu semelhante e com Deus. Os principais pecados contra Deus, praticados nos últimos
dias, são: blasfêmia, irreverência e apego aos prazeres mundanos. Vejamos
então:
1) Blasfêmia e Irreverência. Os blasfemos são os que difamam
a honra alheia. Há os que ultrajam a glória de Deus (Lv 24.16; Mt 12.22-32;
15.19; Mc 3.28,29), e aqueles que difamam o comportamento religioso do cristão
e a doutrina (At 26.9-11; 1 Tm 6.1; Tg 2.6,7). Não devemos, porém, dar motivos
para os ímpios blasfemarem contra o Senhor e o Evangelho (2 Sm 12.14; 1 Tm
6.1). Os blasfemos também são irreverentes. O termo “irreverente” significa
“ímpio” ou “sem respeito pelo sagrado”. No final dos tempos os homens se
afastarão de Deus a ponto de perderem o respeito pelas coisas santas.
Lamentavelmente, a pior profanação, algumas vezes, manifesta-se na Casa de
Deus, com a falta de sinceridade e irreverência durante o culto divino (Sl
93.5; Is 56.7; Mc 11.17).
2) Apego aos prazeres mundanos. A Bíblia vaticina que nos
últimos dias os homens viverão em função do aprazimento deste mundo (Lc 12.19),
isto é, serão “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”. O estilo de
vida mundano, chamado atualmente de hedonismo, prega que o principal alvo da
vida humana é a obtenção do prazer, a fim de evitar a dor e o sofrimento (Pv
21.17; 2 Pe 2.13). Porém, a Palavra de Deus nos assevera: “glorificai, pois, a
Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co
6.20).
CONCLUSÃO
A Bíblia, em Efésios 6.10-18, afirma que devemos nos
fortalecer no Senhor e nos revestir de toda a armadura de Deus, a fim de que
estejamos firmes contra as astutas ciladas do Diabo e possamos resistir “no dia
mau”. Esse “dia” é agora! Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos
das armas da luz (Rm 13.12).
Gostei do comentário. Parabéns!
ResponderExcluirPalavra abençoada!
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