“E, para que não me exaltasse
pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um
mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar” (2 Co 12.7)
Temos ouvido não poucas vezes especulações sobre o
espinho na carne do Apostolo Paulo, tais falatórios surgiram, quanto ao que
esse espinho realmente significa. Parece que Deus não permitiu que o
soubéssemos para que todos aceitemos que a graça que bastou a Paulo, em sua
dificuldade, é suficiente para qualquer espinho que tenhamos. Mas dentre muitos
argumentos a quem indique a possibilidade de se chegar a uma conclusão
definida. Entre as idéias de sofrimento físico ou doença, salienta-se: malária
(Gl 4.13), problemas com os olhos (Gl 4.15), epilepsia, forte e freqüente dor
de cabeça, etc. Mas bíblia apenas menciona um mensageiro de Satanás, sem relatar
muito pormenor; Mas, Lutero pensava que eram as constantes perseguições,
especialmente dos judeus que Paulo tanto amava (Rm 9.3). No Antigo Testamento
“espinhos” se referiam a inimigos (Nm 33.55; Js 23.13). Através da história da
Igreja, nenhum acordo foi atingido entre centenas de comentadores. Conforme as
coisas se apresentam, “o espinho” das experiências de Paulo é aplicado
prontamente a uma certa variedade de testes, que teve de enfrentar durante a
vida. Poucos dos servos de Deus têm vivido livres de pelo menos alguma espécie de empecilho,
fraqueza ou oposição.
Muitos
se admiram de que Deus não remova os espinhos da carne quando oramos a ele. Precisamos
aprender que Deus sempre responde à oração, mas às vezes a resposta é negativa.
Ele sabe que é melhor para nós suportar o espinho do que viver sem ele.
Espinhos na carne têm feito muita gente apoiar-se em Cristo.
O
poder se aperfeiçoa na fraqueza (2 Co 12.9). O Senhor realizaria os seus
propósitos sem tirar do apóstolo o espinho que parecia servi-lhe de entrave.
Apesar das debilidades humanas, a graça de Deus atinge seus propósitos em um
mundo decaído. Essa promessa da parte de Deus sem dúvida conferiu forças e
encorajamento em sofrimentos subseqüentes. Resumidamente Paulo vincula o
principio geral à sua ordem – cruz de Cristo (2 Co 13.4). A reação inteira de
Paulo aos ataques à sua autoridade apostólica era moldada conscientemente sobre
Cristo, e este crucificado, e não no chamado “Jesus” e no “evangelho” diferente
que seus oponentes impingiam sobre os equivocados crentes de Conríntios (2 Co
11.4).
Em 2 Co 12.10
lemos: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas nas injurias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angustias por amor de Cristo. Pois quando estou fraco, então
é que sou forte”. Percebemos que a visão espiritual de Paulo era tão clara que
ele podia ver seus sofrimentos como razões para regozija-se, porquanto sabia
que em todos eles o poder de Jesus Cristo estava atuando.
Conta-se que o
Dr. Môo foi um jovem brilhante, cuja cegueira o levou a dar ao mundo um sistema
de leitura que concedeu a outros cegos a alegria de poder adquiri
conhecimentos. Ele veio a compreender que seu “espinho” foi uma bênção. Às
vezes um espinho serve de advertência para nos guardar do pecado, do fracasso e
do orgulho. Deus provou o apóstolo Paulo que, qualquer que fosse a sua
fraqueza, o poder divino seria suficiente.
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