"E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios doo Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio". (Atos 6.2,3).
O vocábulo grego original: diaknein
(diáconos) significa “servidores” ou “ministro”, e foi usado por Lucas para
descrever o trabalho de “servir às mesas”, ou seja, zelar e prover às viúvas o
sustento de cada dia (Fp 1.1; 1 Tm 3.6), nesse momento da igreja, os apóstolos estavam
sobre carregados, pois eram responsáveis por toda administração da Palavra,
curas e outros milagres, e ainda cuidavam da arrecadação de ofertas,
distribuição de recursos entre as famílias da comunidade, ajudar às viúvas,
órfãos e demais necessitados.
O diaconato é um ministério
cristão que surgiu de uma necessidade social, ou seja, socorro as viúvas
helenistas ( At 6.1-7), após a leitura percebemos que o crescimento da igreja,
o descontentamento social, o comprometimento do ministério apostólico e a
organização da igreja, foram algumas das razões que levaram os apóstolos a
instituírem o diaconato.
A Igreja distinguiu
homens cheios do Espírito Santo (Atos 6.5), e os Doze, como era chamado pela
igreja, comissionaram os sete (Atos 21.8), escolhido democraticamente pelos
crentes (Atos 6.6). Desta forma, foram nomeados para realizar seu “serviço
cristão”, que também é chamado ministério. Curiosamente, todos têm nomes
gregos, mas somente Estevão e Filipe são citados novamente por Lucas (Atos 6.8,
7.60; 8.5-40; 21.8,9). E havia um prosélito, isto é, um gentio convertido ao judaísmo
que era de Antioquia, cidade para qual o Evangelho seria levado dentro breve, e
se tornaria a sede da primeira campanha missionaria de evangelização aos
gentios.
O que é o diaconato?
Um ofício? Ou um ministério? Podemos perceber que o diaconato é tanto um ofício quanto um
ministério. Um ofício porque sua função é claramente limitada: suprir as
necessidades dos santos; daí pode afirmar que o ofício básico do diácono é a
assistência social. Um ministério, pois é uma função eclesiástica exercida por
aqueles biblicamente ordenados. “E os apresentaram perante os apóstolos e estes
orando, lhes impuseram as mãos” At 6.6.
As qualificações
diaconais são os requisitos importantes que tornam o obreiro cristão apto a
exercer esse ministério. Tais qualificações estão escritos em Atos 6.3 e na
primeira epístola de Paulo a Timóteo 3:8-13 e são: Boa Reputação, Plenitude do
Espírito Santo, sabedoria espiritual, honestidade, não de língua dobre,
abstinência às bebidas alcoólicas, incorrupção e integridade, pura consciência
na observância do ministério da fé, fidelidade conjugal, educação e governo dos
filhos, e, por fim, o governo eficiente de sua casa.
O diácono tem o
dever eclesiástico em auxiliar mais direto que dispõe o pastor, ou, pelo menos,
deveria sê-lo. Diante disso deve o diácono estar sempre atento às necessidades
da igreja e da liderança. Jamais se permitirá que o pastor venha a negligenciar
o espiritual a fim de envolver-se com o material, isto porque, o material cabe
ao diácono e, pelo lado espiritual o pastor. Um problema recorrente nas igrejas
vem sendo observado com relação aos deveres diaconais, alguns diáconos tão
absorvidos em pregar, acham-se tão entretidos em disputar os primeiros lugares,
que acabam por se esquecer de seu pastor. Isso não quer dizer que o diácono
deva privar-se do púlpito, se houver oportunidade aproveite-a, porém jamais se esquecendo
de todas as suas atribuições e deveres. Cabe também ao diácono a identificação,
a defesa dos pontos de vista, o conhecimento da história e cultura de sua
igreja, o conhecimento da profissão de fé, bem como o conhecimento de sua
doutrina.
Diácono em suas atribuições
deve preparar e servir a ceia do Senhor, de acordo com os costumes praticados
por sua igreja; praticar a filantropia: campanha de alimentos, agasalho,
material escolher, campanhas de ajuda aos missionários, promoção de empregos, recolher
as ofertas; trabalhar na portaria da igreja e evangelizar. Além das qualificações
que cada diácono deve observar à ética diaconal. A ética diaconal é a norma de conduta que o
diácono deve conhecer no desempenho de seu ministério. A ética diaconal estão
exaradas na Palavra de Deus e nos
regulamentos da igreja a qual exerce o diaconato.
Para que o diácono exerça seu ministério
dentro da ética este deve observar os seguintes pontos:
1.
O conhecimento de seu ofício;
2.
A lealdade para com seu pastor e líder;
3.
Extremo cuidado quanto às críticas (de
preferência não a faça), troque as críticas por orações e leitura da Palavra de
Deus;
4.
Seja prudente quanto à visita ao lar,
principalmente a pessoas do sexo oposto, quando ambos estiverem desacompanhados.
Fuga da aparência do mal;
5.
Quanto ao dinheiro, se alguém quiser lhe
entregar ofertas ou dízimo, peça gentilmente que o faça no gazofilácio, na
salva ou na tesouraria da igreja;
6.
Seja Discreto, saiba controlar a língua, caso
presencie casos extremamente graves procure seu pastor;
Exerce seu ministério no poder do Espírito Santo;
Exerce seu ministério no poder do Espírito Santo;
7.
Seja pontual, chegue antes de o culto começar
e não se apresse em sair, seu pastor estará sempre a necessitar de sua ajuda;
8.
Seja obediente às ordens da sua liderança, não
murmure, e lembre-se, obedecer é melhor do que sacrificar;
9.
Nunca se esqueça de exercer seu ministério com
amor.
Exerça
o seu diaconato irrepreensível, aja de acordo com a Palavra de Deus, observe as
normas de sua igreja, prime pela ética. Não deixe que nada manche seu chamado e
ministério. “Procura, isto sim, apresentar-te aprovado diante de Deus, como
obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a Palavra
da verdade”. (2 Tm 2.15).
Fraternalmente em Cristo.
Fraternalmente em Cristo.
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