O apóstolo Paulo
escrevendo aos irmãos em Colossos afirma: “Não mintais uns aos outros, pois que
já vos despistes do velho homem com os seus feitos” (Cl 3.9). É importante
enfatizar que estamos vivendo num tempo do politicamente correto, ou seja, um
tempo que sacrificam a genuinidade da Bíblia nos púlpitos por interesses
efêmeros e abomináveis. Não poucas vezes ouço líderes que não falam a verdade
nas suas igrejas, parece que estamos vivendo um tempo do alto-favorecimento, de
um nepotismo que vai além dos limites imposto pela Palavra de Deus, é crescente
a mediocridade de pregadores “estrelas” que verberam de forma falaciosa mensagens
cheias de eloqüência, mas de um vazio que provoca nos crentes sinceros e fiéis
ao princípio Bíblico, dores lancinantes na alma. Entendo que um crente salvo deve no mínimo ter
aprendido a viver uma vida de retidão, por isso, suas ações devem ser fiéis e
verdadeiras ao Senhor que o chamou e salvou do mundo de pecado. Quando uma
pessoa que se diz servo de Deus anda conforme o curso desse mundo, está apenas
corroborando com o pensamento que impera na sociedade sem Deus, pois no mundo
mentir é normal, tendo em vista que o pecado que está no homem ímpio faz dele cego espiritual. O presente artigo “A verdade e a Mentira”, trás a memória a
idéia de certo ou errado, do conflito do homem em certas ocasiões e por último
a condições de escolha ou tomada de decisão. Infelizmente, muitas pessoas estão
impregnadas pela mídia, que é omissa aos bons costumes e valores morais. Entretanto,
a igreja do Senhor deve ir à contramão do mundanismo que com força tem
adentrado nos templos com a roupagem do politicamente correto, ou seja, o
fariseísmo da pós- modernidade. O Apostolo Paulo em Efésios 4.17-25, insiste no
sentido de que todas as ações pertinentes aos velhos hábitos da vida
descompromissada com verdade de Cristo que levava os cristãos de seu tempo ante
da conversão ao Evangelho, deveria cessar completamente, uma vez que a nova
vida em santidade alcançada mediante a fé em nosso Senhor vinha chocar-se
amplamente com as práticas impuras daqueles que vivem na prática do pecado. Portanto,
quem aceita o Evangelho deve ter uma vida transformada (VV 17,18). É obvio que
o crente vive cercado de tentações e por esta razão deve vigiar para não
retornar à vida indigna do pecado. Amados, o Evangelho e o mundo são duas
coisas adversas (v 20). A palavra do Evangelho apresenta-nos um caminho de
pureza e verdade que contrasta com a vida impura do mundo pagão de então. É
triste, mas como temos visto crentes conformado com mundo ante- Deus é
desastroso para o cristão perder o sentimento (v 19). A falta de sentimento é quase sempre um
processo de endurecimento da consciência, e o resultado é a perda gradual dos
valores bíblicos até chegar ao ponto de não mais haver o menor interesse pelas
virtudes. Quantas igrejas que perderam os limites, não sabem ao certo o que
são. Infelizmente os seus membros não conhecem as Escrituras, não há um culto
sólido com exposição das doutrinas de forma sadia. Isto tem acontecido porque os
corações dessas pessoas estão petrificados, não mais cedendo à ação libertadora
do Evangelho de Cristo. É comum isto ocorrer quando colocamos a Palavra de Deus
em segundo plano. Em 1 Tm 4.1,2 Paulo enfatiza que alguns cristãos se
apostatarão da fé dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios
tendo em vista as mentiras de homens hipócritas que têm a consciência cauterizada
(Rm 1.28-32; Ef 5.3-8; Fp 3.17-19). A insensibilidade que o verso 19 nos fala, tem
como raiz a palavra grega “apalgeo”, significa cessar “o sentimento da dor”. Penso
que cada um de nos seja ele: pregador, pastor, líder de departamento e cantor
devem se examinar, pois quando fazemos a obra de Deus com os parâmetros do
mundo é necessário se arrepender aos pés de Cristo e voltar ao primeiro amor
(Ap 2.4,5). Portanto, podemos concluir
que a mentira é proibida (Lv 19.11; Cl 3.9); Odiosa a Deus (Pv 6.16-19);
Abominação a Deus (Pv 12.22); Empecilho à oração (Is 59.2-3); O diabo é o seu
pai (Jo 8.44); O diabo incentiva o homem a mentir (1 Rs 22.22; At 5.3). Ainda
podemos a acrescentar que os crentes em relação à mentira: Odeiam-na (Sl
119.163; Pv 13.5); Evitam-na (Is 63.8; Sf 3.13); Respeitam quem não a pratica
(Sl 40.4); Rejeitam quem pratica (Sl 101.7); Oram para serem preservados dela
(Sl 119.29; Pv 30.8). Posso enfatizar que a mentira é imprópria aos governantes
(Pv 17.7). As Escrituras afirmam que os ímpios: Amam a mentira (Sl 52.3); são
dados à mentira desde a infância (Sl 58.3); têm prazer nela (Sl 62.4);
Buscam-na (Sl 4.2); preparam suas línguas para ela (Jr 9.3,5). Geram-na (Sl
7.14); dão ouvidos a ela (Pv 17.4). Amados a Palavra do Senhor nos instrui e
liberta, pois o crente é ensinado a andar no verdadeiro caminho (Ef 4. 21,22),
o crente deve abandonar o velho homem (Ef 4. 22) e o crente deve receber uma
mente nova (Ef 4.23). Precisamos aceitar em nosso coração que o Evangelho
garante vida plena em Cristo, isto é, o crente é uma nova criatura (Ef 2.10,24)
e o novo homem é feito em justiça e santidade (Ef 2.24b). Que Deus continue
abençoado a todos!
Pastor Josué de A
Soares.
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