O PARAPEITO DO LAR

Desejo compartilhar com cada leitor uma palavra que li há muito tempo atrás em um livro i  
                                

 “O lar ideal”, escrito pelo saudoso servo de Deus Pastor N. Lawrence Olson, que foi missionário há muito tempo no Brasil.

No livro de Deuteronômio 22.8 está escrito: “Quando edificares uma casa nova. Farás no seu telhado um parapeito, para que não ponhas culpa de sangue na tua casa, se alguém dalguma maneira cair dela”.

É importante atentarmos para este versículo, pois faz menção da lei de prevenção de acidentes, ou seja, uma lei contra a negligência criminosa.

As casas no oriente tinham telhados geralmente planos, que servia como um terraço e um parapeito era necessário para impedir que as pessoas caíssem e morressem. Por causa do clima, nos meses mais quentes, muitos comiam as refeições no telhado e também dormia ao ar livre (Js 2.6). Portanto, o parapeito era um muro com cerca de 1 m de altura que ficava ao redor do telhado.

Desejo falar acerca da construção do “parapeito” da sua família, no âmbito moral e espiritual. É possível que sua vida material esteja bem, mas o lado espiritual talvez não caminhe tão bem. Não seria uma tristeza um filho sofrer um acidente na sua estrutura moral sob a dura responsabilidade de um pai ou de uma mãe? Muitas vezes cogitamos a nossa responsabilidade como cidadãos, como ganhadores do pão de cada dia, como empregados, como empresários, ou como homens públicos. Mas o que queremos enfatizar é que os pais tem uma grande responsabilidade.  É preciso refletir sobre a influência que o nosso modo de proceder vai produzir em nossos filhos, netos e bisnetos! Uma geração ainda não nascida pode receber ou a bênção ou a maldição, dependendo da maneira como nós os pais vivermos, pensarmos, ou falarmos. Jacó, no Antigo Testamento, era um homem que praticava a mentira, e, consequentemente, não podia culpar ninguém, a não ser ele mesmo, pelo fato de seus filhos mentirem.

Portanto, os pais precisam dar o exemplo, primeiramente entregando-se a Cristo, e em seguida vivendo uma vida santa perante os filhos. Para ilustrar este fato, citemos a estatística sobre duas famílias: uma não crente e outra crente.

Um moço por nome Max Jukes morava no Estado de Nova Iorque. Era totalmente incrédulo. Casou-se com uma moça igualmente incrédula. Ambos eram rebeldes e destituídos de quaisquer princípios cristãos. A sua descendência teve os seguintes resultados: entre 1026 descendentes: 300 morreram prematuramente, 100 foram parar na penitenciária, condenados em média a treze anos de reclusão; 190 ingressaram no meretrício, e 100 foram alcoólatras. Essa família custou ao governo milhões de milhões de reais. Como se vê mais de 60% dos seus membros sofreram as consequências na incredulidade do casal-tronco.

Agora vejamos o contraste. Jônatas Edward, um famoso pastor na América do Norte nos tempos coloniais, cujo sermão: “Pecadores nas mãos de um Deus irado” comoveu o país, quando moço e crente casou-se com uma moça crente de elevadas qualidades. Essa união teve 729 descendentes. Desse número, 300 foram pastores, 65 professores de escolas secundárias, 13 presidentes de universidade, 60 autores de bons livros, três membros do congresso e um vice-presidente dos Estados Unidos! Com exceção de um neto, que se desviou, nenhum outro descendente pesou negativamente no orçamento da União.

A diferença entre as duas famílias estava justamente na conversão a Cristo e no testemunho dos pais no lar: Jônatas Edwards, o pregador, construíra um “parapeito” no lar, e Max Jukes não o fizera.

Meu amigo, pais de família. Como está o “parapeito” do seu lar? De  que consiste esse muro? Construa o seu lar com o parapeito da disciplina, da reverencia Bíblica, da oração, do amor e do diálogo. Que Deus por sua infinita misericórdia possa nos ajudar a fazer bem esta grande obra e possamos usar as palavras de Josué: “eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Que Deus abençoe a sua vida!
                               

Fraternalmente em Cristo

 Josué de Asevedo Soares