“Acheguemos-nos, portanto,
confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e
acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.16).
Amados, a graça é o favor de Deus resultante do seu infinito amor à humanidade.
Amados, a graça é o favor de Deus resultante do seu infinito amor à humanidade.
A graça de Deus é um dos seus
mais conhecidos, amados e maravilhosos atributos. Trata-se do favor pessoal de
Deus dispensado ao homem, gerando prazer e felicidade no coração daquele que o
recebe. A graça é a resposta divina a toda a miséria e necessidade humana. A
graça é o imerecido favor da Divindade, e vem tornar-se calorosamente benfazeja
para humanidade.
DEUS E A GRAÇA
Uma
revelação característica de Deus é a que O representa como “Deus de toda a
graça” (1 Pe 5.10). Somente tal graça total poderia apagar os negros efeitos do
pecado. “Deus de toda a graça” significa que a graça divina é inesgotável Esta
é a grande mensagem de esperança para todos.
a) O propósito da graça – O principal
propósito da graça divina personificada em Jesus Cristo é
salvação da humanidade (Ef 2.8,9; Tt 2.11-13). O homem sem Deus está morto em
seus pecados. “Estando nós mortos em nossos pecados”. Estando nós mortos em
nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo – pela graça sois salvos (Ef
2.5). Ora um morto não pode ajudar em nada na sua própria ressurreição. Quando Adão e Eva pecaram, tornaram-se merecedores de
punição e separação eternas da parte de Deus (Gn 2.17). Do mesmo modo, quando os
homens hoje pecam tornam-se sujeito a ira de Deus e à punição eterna: “O
salário do pecado é a morte”(Rm 3.23). Isso significa que uma vez que as
pessoas pequem, a justiça de Deus só pode requerer que sejam eternamente
separadas dele, impedidas totalmente de experimentar qualquer benefício de sua
parte, e que vivam para sempre no inferno apenas recebendo para sempre a sua
ira. Deveras, foi isso que aconteceu aos anjos que pecaram, e o que
merecidamente poderia ter ocorrido a nós também: “Pois se Deus não poupou os
anjos que pecaram, mas, havendo lançado no inferno, os entregou as cadeias da
escuridão, ficando reservados para juízo” (2 Pe 2.4).
b) Deus é doador da graça – É simplesmente maravilhoso saber,
entender e experimentar o fato de que Deus pode e quer repartir a sua graça. O
salmista afirma: “O Senhor da Graça e glória” (Sl 84.11). A graça é oferecida
por Deus a cada família, a cada pessoa. A escuridão do pecado e a maldição que
ele acarreta, somente podem ser desfeitas com a doação de tão maravilhosa
graça.
c) O trono da graça – A
palavra graça aparece no texto bíblico cerca de cento e sessenta e seis vezes. Com a redenção das nossas almas por Jesus,
mediante o seu sangue, quando Ele, como nosso substituto consumou a nossa
salvação, o que era antes um trono de juízo, passou a ser um trono de graça (Hb
4.16).
CRISTO
E A GRAÇA
a) A graça veio através de Jesus Cristo – (Jo
1.17; Rm 5.15). A humanidade experimentou a graça de Deus em todas as épocas
antes de Deus em todas as épocas antes de Cristo, mas não em plenitude. O mesmo
se deu em relação à lei. A humanidade recebeu a lei Deus antes de Moisés, mas a
plenitude veio por
ele.Jesus veio a este mundo para manifestar a graça de Deus, em toda a sua plenitude. Em virtude dessa graça, abriu-se um novo e vivo caminho para Deus (Tt 2.11; Hb 10.19,20).
ele.Jesus veio a este mundo para manifestar a graça de Deus, em toda a sua plenitude. Em virtude dessa graça, abriu-se um novo e vivo caminho para Deus (Tt 2.11; Hb 10.19,20).
b) Jesus Cristo veio ao mundo cheio de graça – (Jo1.14). A plenitude de graça do Senhor
Jesus é, talvez, a mais notável característica que o credencia a ser o nosso
Redentor, pois pela graça sois salvo.
c) A graça e concedida por Jesus Cristo – (Jo
1.16). A mensagem de Satanás no tocante ao homem é “pele por pele” (Jó 2.4).
Mas a mensagem de Jesus é “graça por graça”. Isto fala de doação permanente de
uma graça inesgotável que o Senhor assegura aos seus remidos.
1. A graça na vida de
Jesus (1 Tm 3.16). O mistério da encarnação é um mistério da graça.
A vida
terrena do salvador foi uma dádiva da graça.
O sacrifício
do calvário, com todas as suas dimensões universais foi um sacrifício por
graça.
A ressurreição
triunfante do terceiro dia (1 Co 15.3) foi à vitória da graça sobre o pecado, a
morte e Satanás.
À volta de
Jesus será a manifestação final da graça do Senhor que disse: “não vos deixarei
órfãos, voltarei para vós outros” (Jo 14.18).
A NATUREZA DA GRAÇA DE DEUS
A
mente humana não está definitivamente capacitada e adestrada para compreender a
infinidade da graça, em todas as múltiplas dimensões. Ela é mais profunda que o
mar e mais alta que os céus.
a) Ela é abundante – (At 4.33) a grandeza da graça é a própria
grandeza de Deus.
Por
ser abundante ela envolve todo o mundo. Por ser abundante ela alcança todas as
épocas. Por ser abundante ela anula todas as reações. Por ser abundante ela se
torna o veículo eficaz para envolver toda a humildade, predispondo-a a
tornar-se merecedora da redenção divina e facultando-lhe a oportunidade de
escapar à justa e inevitável condenação.
b) Ela suficiente – (2 Co 12.9).
Como temos estudado, a graça se refere à essência do caráter de Deus e
demonstra assim que tipo de natureza possui o mesmo Deus. Graça é a resposta de
Deus à necessidade do homem. Posto que sua necessidade é altamente vasta e
profundamente abrangente, Deus sentiu a importância de estender a Sua mão ao
homem oferecendo-lhe uma graça suficiente.
Assim sendo, o
Senhor tranquilizou a Paulo, afirmando-lhe: a minha graça te basta, isto é, a
minha graça é suficiente.
c) Ela é rica e soberana - A graça é rica
(Ef 2.7). Deus manifestou sua graça a todos os homens, posto que todos
estivessem debaixo do poder do pecado. Portanto, trata-se de uma graça
infinitamente rica. Por isso, Paulo mencionou as “riquezas” da graça de Deus. Ela
é soberana (Rm 5.21). Por longo tempo o pecado reinou soberanamente no coração
do homem. Mas agora, assim “como o pecado reinou pela morte, assim também
reinasse a graça pela justiça para a vida eterna”.
AS OPERAÇÕES DA GRAÇA DE DEUS
Independente do aspecto teológico, as
operações da graça de Deus devem ser sentidas, provadas e experimentadas na
vida de qualquer criatura.
a) Justificados pela graça – (Rm 3.24).
Dinheiro algum deste mundo seria capaz de pagar a nossa redenção, pois era
excessiva a nossa culpa, demasiada a nossa divida e intolerável a nossa
transgressão. Mesmo assim, o Senhor nos perdoou e justificou.
Por
que e como Ele o faz? Paulo afirma que é por sua graça.
Essa
justificação significa que Deus rasgou a cédula da dívida que havia contra nós,
cravando-a na cruz do calvário. Ele anulou a nossa “ficha”, na qual os nossos
débitos nos condenavam e agora acreditou em nossa conta o sacrifício expiatório
de seu filho Jesus.
b) Salvos pela graça – (Ef 2.5,8). A graça se manifesta
admiravelmente em nossa vida através da salvação que Deus nos proporciona.
A
superabundante e divinal graça é experimentada através da provisão feita pelo
Redentor para os que anteriormente se encontravam debaixo da lei.
c) Perdoados pela graça – (Ef 1.7). Somente a graça explica o perdão que o filho
pródigo recebeu do Pai (Lc 15.11-32). Esse, pois é o Deus que se mantém
graciosamente disposto a perdoar tantos quantos o busquem ansiosos de uma
reconciliação com Ele.
Conclusão:
É importante
compreender que necessitamos de graça para servir a Deus (Hb 12.28). Devemos
usar com sabedoria a graça de Deus. Não a desperdicemos nem a esqueçamos.
Que
a graça de Deus em nós não seja vã (2 Co 6.1).
Na
época da lei, a obediência era exigida, mas, na da graça, é esperada, segundo a
Lei de Cristo, que é a lei do amor (1 Co 9.21). Quem mais O ama mais
dedicadamente O segue e O serve (Jo 14.15,21, 23).
A
graça de Deus leva o homem primeiramente a renunciar à impiedade e prazeres
mundanos e viver sábia, justa e piamente (Tt 2.11,12).
Josué de Asevedo Soares
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