segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Doutrina do Pecado


“Pois, quanto a Ter morrido, de vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus”. Rm 6.10. Compreendemos que o crente está definitivamente morto para o pecado mediante o sacrifício de Jesus.
A Bíblia declara, e a experiência na vida do homem comprova que o pecado é um fato que não pode ser contestado.
            O pecado é semelhante a um vírus que atingiu a humanidade. Um mal universal. É um tormento coletivo. Somente Jesus Cristo pode libertar o homem de seus efeitos tão funestos.
            O pecado é uma realidade que tem levado muitos a prática do erro e como consequência tem gerado opressão, luta, guerra, sofrimentos e por fim a morte.
 O VALOR DA DOUTRINA
            A palavra doutrina significa “ensino” ou “instrução” pode ser definida como: as verdades fundamentais das Escrituras dispostas em forma sistemática. A doutrina é fundamental ao crente para o seu conhecimento e formação de valores e solidez da sua vida cristã. A Bíblia diz: “procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15). Podemos afirmar que a doutrina tem o seu valor:
a) No conhecimento da verdade – Há uma tendência em certos meios de não somente procurar diminuir o valor de ensinos doutrinários como também de dispensá-los completamente como sendo desnecessários e inúteis. Porém, enquanto a humanidade cogitar sobre os problemas da sua existência, sentirão a necessidade de uma opinião final e sistemática sobre esses problemas. A doutrina sempre se fará necessária enquanto os homens fizerem as seguintes indagações: “De onde vim? Quem sou eu? E para onde vou?” estas e outras respostas somente em Jesus podemos encontrá-las. Está escrito: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”(Jo 8.32).    
b) No pleno desenvolvimento do caráter cristão – É lamentável que muitos que estão na Igreja não têm desenvolvido um caráter cristão e por isso tem fracassado, Jesus certa vez diz: “Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus (Mt 22.29). É importante ressaltar que crenças firmes desenvolve caráter firme; crenças definidas produzem convicções definidas. Naturalmente,  a crença doutrinária de uma pessoa não é sua religião,  assim como sua espinha dorsal do seu organismo não é a sua personalidade. Mas assim como uma boa espinha dorsal é parte essencial do corpo humano, assim um sistema definido de crença é uma parte essencial da religião. Alguém disse uma certa ocasião: “O homem não precisa expor a sua espinha dorsal, no entanto deve possuí-la para estar bem aprumado”. Da mesma maneira, o servo de Deus precisa de uma definição doutrinária para não ser um crente volúvel.
c) É um refúgio contra as heresias – A palavra heresia é adaptação de “háiresis”, que quando passado para o latim, virou “secta”. A expressão engloba os ensinos que conduzem à perdição eterna. É triste quando vemos pessoas que se dizem cristãs envolvidos com falsas doutrinas, isso ocorre porque muitos têm brincado com a sã doutrina. Se agirmos de forma irresponsável diante da Palavra do Senhor, logo as heresias aparecerão e trarão consigo a apostasia, que atrairão maldição, isto é, pecado grave fazendo com que o povo de Deus perca a batalha como aconteceu com Acã em Israel e o mal que era tolerado na Igreja de Tiatira, ou seja, uma mulher que induzia com sua profecia o povo ao erro (Ap 2.20).
 O PECADO É UMA REALIDADE
                        A Palavra de Deus registra que o pecado entrou no mundo (Rm 5.12), e o homem se vendeu ao pecado (Rm 7.14), e toda humanidade passou a nascer em iniquidade (Sl 51.5); por isso é que Jesus veio a este mundo nos encontrou mortos em nossos delitos e pecados (Ef 2.1). Mas, quando o homem aceita esse encontro acha a liberdade ( Jo 8.36).           
a) O pecado de Adão – As Escrituras ensina que o pecado de Adão afetou o homem (Rm 5.12-21; 1 Co 15.21,22). Este ato de Adão é conhecido como pecado original. Esse pecado original passou a fazer parte da natureza do homem.
            O pecado de Adão fê-lo culpado, e esse mal foi automaticamente imputado a toda raça humana, isto é, por um só homem (Adão) entrou o pecado no mundo e, consequentemente, a morte atingiu a todos (Rm 5.12-19; Ef 2.3; 1 Co 15.22). O pecado realmente age na vida do homem e o domina de tal maneira que por si mesmo ninguém tem condições de livrar-se desse mal.
b) Definido a Palavra Pecado – E Existem diversos termos que são usados para definir o que vem a ser pecado. Vejamos algumas expressões no original. São elas: Chata’th (hb) e hamartia (gr) significam “erra o alvo”; Avon (hb) e adikia(gr) significam “falta de integridade”; Resha(hb) e paraptoma (gr) significam “fuga culpa da lei” e Pesha (hb) e parabasis (gr) que fala de uma insubordinação à autoridade de Deus. Podemos ainda dizer que o pecado é: Iniquidade, e toda iniquidade é uma ofensa contra Deus (1 Jo 3.4; 5.17; Is 61.8); o pecado é chamado de impiedade (Rm 1.18; 2 Tm 2.16) e segundo a Palavra toda desobediência é pecado (Rm 5.12,19). Por tanto, podemos dizer que pecado é a transgressão da lei divina.     
c) A universalidade do pecado – Apesar de muitos acharem que o pecado é um mito ou invenção para amedrontar as pessoas, conhecemos pela santa Palavra de Deus que realidade é dura e clara onde percebemos a degradação moral e pervertida de que o homem sem Deus tem ido de mal a pior. Podemos afirmar que: Todo homem nasce em pecado (Sl 51.5); Deus visita a iniquidade dos pais nos filhos (Ex 34.7); O pecado separa o homem de Deus (Is 59.2); O pecado é uma carga pesada demais (Sl 38.4); O  pecado é  obra  satânica ( 1 Jo 3.8) e toda humanidade estão carregados de iniquidade (Is 1.4).
 AS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO
                                Além de ser universal em sua extensão, doloroso em sua intensidade e real em sua natureza, o pecado é também desastroso em seus efeitos, isto é, na prática ele sempre deixa as suas conseqüências na vida das pessoas que o aceita como seu estilo de vida. 
a) O pecado marcou homem – No salmo 51.3, o salmista afirmou “O meu pecado está sempre diante de mim”; Quem pode livrar-se do efeito do pecado? Ele nasce secretamente, desenvolve gradativamente, manifesta-se publicamente e parmanece onipresente. Para onde caminhamos e nos voltamos, o pecado segue a humanidade.
b) O pecado conduz à miserabilidade Toda pessoa que vive no pecado é potencialmente miserável. A miséria acompanha o pecado ou que dele resulta é altamente avassaladora. Ele envilece o espírito, mancha a alma, subjuga a personalidade e arruína o corpo. O pecado produz miséria social, moral, psíquica, mental, física e espiritual. Mesmo que pela aparência as coisas se mostrem maravilhosamente bem na vida do pecador, tudo é momentâneo e efêmero. Não há dúvida de que o desfecho será triste (Sl 37.1,2; 49.16-10). 
c) O pecado faz separação de Deus Não existe qualquer compatibilidade entre Deus e o pecado. A natureza de Deus é essencialmente santa (Is 59.2). Os olhos de Deus abominam o pecado, “o que usa de engano não ficará dentro da minha casa”, afirmou o Senhor. A separação entre Deus e o homem aconteceu no Édem e infelizmente tem gerado no homem morte espiritual (Ef 2.1), mas Deus nos enviou o seu filho Jesus para mudar essa situação.
 A SOLUÇÃO PARA O PECADO
Somente em Deus pode a Criatura humana encontrar uma solução para o doloroso problema do pecado.  Por mais que a humanidade      tente negar esta realidade e um fato que presenciamos todos os dias, isto é, a degradação moral e social no mundo, e somente a igreja como embaixadora de Cristo na terra pode levar a mensagem de esperança. 
a) O conhecimento da Palavra de Deus – O conhecimento da Palavra faz uma grande diferença na vida de uma pessoa que deseja realmente uma mudança. Nenhum livro do mundo tem semelhante poder de conduzir o homem à comunhão com o Senhor e à santificação, como a Palavra de Deus. A Bíblia é capaz de tirar o miserável em meio às cinzas, soerguê-lo e leva-lo a se assentar nas regiões celestiais com Cristo (Ef 1.3; 2.6).
b) O Sacrifício de Jesus no Calvário – Em João 3.16 e 17 reconhecemos como uma verdadeira revelação do amor e do sacrifício de Jesus pela humanidade, visto que não veio para condenar, mas para salvar. O que deve alegrar-nos é fato de um tão grande sacrifício nos gerou uma tão grande salvação e deu direito do perdão de qualquer pecado que homem tenha cometido contanto que este se arrependa e aceita o sacrifício de Jesus, ”A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dos mortos serás salvo”. (Rm 10.9).  
c) O arrependimento As Escrituras Sagradas ensinam com nítida clareza que todos pecaram e têm necessidade do perdão (Rm 3.23). O arrependimento é o ato pessoal e consciente de contrição que permite à criatura humana dar meia-volta em relação aos seus atos pecaminosos e reprováveis através uma orientação do Espírito Santo no coração do homem pecador. O verdadeiro arrependimento traz oportunidade e mudança para a pessoa que deseja e quer mudar.
Conclusão: No Sl 51.10 o salmista pede ao Senhor um novo coração. É importante ressaltar que Deus não reforma o homem. Ele o transforma. O homem perdoado e salvo tem um novo coração e anda em novidade de vida (Rm 6.4); porque as coisas velhas são passadas, eis que tudo se fez novo (2 Co 5.17). Graças a Deus que nos dá completa vitória sobre o pecado. Amém
Pastor Josué de Asevedo Soares

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