quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

AS FACES DA ESPIRITUALIDADE



Texto base - Lc 9.28-36; Mt 17.1-8; Mc 9.2-13
            A identidade de uma pessoa se percebe, normalmente, pela sua face. Podemos não lembrar outros detalhes a respeito de alguém, mas sua face é, em regra, inesquecível. A face pode ser “disfarçada”: escondem-se seus defeitos, maquiam-se suas fragilidades, e, modernamente emprega-lhe a plástica contra os anos. Mas, ao final, os disfarces não resistem. Continua sendo a mesma face.
            A espiritualidade é a face identificadora do cristão verdadeiro. É nela que se percebe a qualidade do testemunho revelado ao mundo, que se norteiam os caminhos da vida transformada, e que se encaminham o salvo para a glória e recompensa eterna.
I – Importante Temos em Mente:
·         Há povos sem leis, sem governos, sem economia, sem escolas, mas jamais sem religião;
·         Cada religião busca oferecer ao homem o caminho para Deus. Mas homem se perdeu na busca do sagrado;
·         O pecado tirou a visão do homem;
·         O homem criado a imagem e semelhança de Deus tornaram-se um ser ambíguo, confuso e contraditório;
·         A um crescimento do humanismo exagerado, tudo está em volta do homem; à vontade dos homens devem ser sempre satisfeita; por que temos que adquar-se a pesquisa de mercado, para não perder a membrasia. A preocupação do homem é a agradar a si mesmo, e não a Deus;
·         A razão do homem esta adormecida, hoje a igreja está apelando para emoção e destruindo a razão. O Culto não é racional, é sensorial;
·         A criação de novidades que ferem o principio sagrado; isso tudo está acontecendo para alimentar as pessoas com fortes emoções e mantê-lo em continuo estado de Êxtase, é preciso trazer algo novo a cada dia;
·          Existem muitos cultos emocionais sem espiritualidade, essa “espiritualidade” cênica e teatral traz fogo estranho do Senhor.
II – Importante Saber sobre o culto:
  1. O culto não pode ser apenas um veículo para atender às nossas necessidades emocionais;
  2. O culto não pode ser apenas uma expressão cultural;
  3. O culto deve ser bíblico baseado na verdade de Deus.
OBS: O Profeta Amós chegou a expressar que Deus não tolerava mais ouvir as músicas religiosas do povo em virtude dos seus pecados.
III – Qual é o Culto Aceito por Deus?
  1. Precisa ser verdadeiro (Teocêntrioco e não antropocêntrico);
  2. Precisa ser sincero (Jesus disse que o culto deve ser espiritual ou em espírito, isto é, de todo o coração e com todo o coração). 
OBS: Nem sempre aquilo que impressiona as pessoas, impressiona a Deus. (Fogo estranho pode ser quente, bonito e atraente vem do homem e não de Deus).
IV – Conhecendo o Texto Lc 9.28-43
            Fala-nos sobre três tipos de espiritualidades:
1.      Vemos uma Igreja mística, mas sem conhecimento;
2.      Temos uma Igreja que descute muito, mas sem poder espiritual;
3.      Vemos a verdadeira espiritualidade, vivida pelo Senhor Jesus.
 V - A ESPIRITUALIDADE DO MONTE – ÊXTASE SEM ENTENDIMENTO:
  Pedro, Tiago e João sobem o monte da transfiguração com Jesus, mas não alcançam as alturas espirituais da intimidade com Deus. Estavam a mente CONFUSA, e o coração FECHADO.
 
1.      OS DISCÍPULOS ANDAM COM JESUS, MAS NÃO CONHECEM A INTIMIDADE DO PAI (Lc 9.33).
·         A motivação de Jesus era estar com o Pai. Ele sempre fez da oração a mola propulsora do seu ministério. Lucas, mais do que qualquer outro evangelista registra o intenso ministério de oração de Jesus (Lc 9.28,29).
·         A vida de Jesus é o supremo modelo de oração que encontramos na bíblia. O texto diz que Pedro, João e Tiago estando orando com ele.
·         Verdades Importantes:
a)      Os discípulos não sentem necessidades de oração nem prazer nisso;
b)      Eles vêem coisas espetaculares, ouvem vozes celestiais, deixar-se envolver por uma aura celestial, mas não conseguem orar;
c)      Porque a sede da alma deles não é a intimidade com Pai; eles estão no monte a reboque, não estão alimentado pela mesma motivação de Jesus.
d)     É impossível: Pisar em terra santa, e viver um clima celestial, sem, contudo derramar o coração no altar da oração.
2 - OS DISCIPULOS ESTÃO DIANTE DA MANISFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS, MAS, EM VEZ DE ORAR, ELES ADORMECEM (Lc 9.29).   “E, estando Ele (Jesus) orando,...”.
Jesus foi transfigura porque orou (Lc 9.28,29). Os discípulos não oraram e por isso foram apenas espectadores. Porque não oraram, ficaram prisioneiros ao sono. A falta de oração esboçou –lhe a visão. As coisas de Deus não nos entusiasmam. Perdemos a paixão pelo que é santo.  
3 – OS DISCÍPULOS EXPERIMENTARAM UM ARREBARAMENTO PROFUNDO, MAS NÃO TEM DISCERNIMENTO ESPIRITUAL (Lc 9.33b). “... não sabendo o que dizia...”.
·         Nem sempre as emoções fortes comprovam as experiências mais profundas;
·         Os discípulos e quatro fatos maravilhosos que contemplam:
1.       A aparição em estado de glória de Moisés e Elias, no cume do monte;
2.      A transformação do rosto e das vestes de Jesus;
3.       A nuvem luminosa que os envolve e, finalmente, a voz do céu que troveja em seus ouvidos.
4.      Os discípulos revelam nessa experiência uma profunda falta de discernimento:
             A) Não discernem a centralidade da pessoa de Jesus (Mc 9.7,8).
         Os discípulos dão a mesma importância a Moisés e Elias ao Senhor Jesus, querendo construir três tendas. Estão diminuindo Jesus, nivelando-o com os homens. Os Discípulos estão cheios de emoção, mas vazios de entendimento.
              B) Não discernem a centralidade da missão de Cristo (Lc 9.31). Eles falavam sobre a cruz. A Cruz é o centro do ministério de Cristo. Jesus veio para morrer pelas suas ovelhas (Jo 10.11) e pela sua Igreja (Ef 5.25).
  C) Não discernem a centralidade de seu próprio ministério (Lc 9.33). “Bom é estarmos aqui”. Eles queriam experiências arrebatadoras e não do enfrentamento e do gemido do vale (Lc 9.37). (Representam pessoas sofrendo, doentes e sem paz e sem Deus no mundo).
                         4 – OS DISCÍPULOS ESTÃO CERCADOS POR UMA NUVEM CELESTIAL, MAS ESTÃO COM MEDO DE DEUS (Lc 9.34). “... e encheram-se de medo ao entrarem na nuvem”. Já Mateus desenha em cores vivas. “... uma nuvem luminosa os envolveu; (...) tomados de grandes medo” (Mt 17.5,6).
A) Os discípulos estão com Jesus, mas ainda têm medo de Deus. A espiritualidade deles é marcada pela fobia do que é santo.
B) A voz de Deus os incomoda profundamente. Eles se relacionam com Deus como o outro totalmente desconhecido;
                        C) Não tem intimidade com Deus; Vêem como uma ameaça. A presença de Deus os intimida.
                         Isso mostra uma espiritualidade doente, sem profundidade e sem conteúdo.
  VI – A ESPIRITUALIDADE DO VALE – DISCUSSÃO SEM PODER (Lc 9.37)
            Os discípulos estavam no vale, mas viviam os dramas do fracasso. Estavam de cara com o diabo, mas não tinham poder para vencê-lo.
            1 – No vale há pessoas sofrendo o cativeiro do diabo sem encontrar na Igreja solução para o seu drama.
            a) O pai desesperado (Lc 9.37-40; Mt 17.15,16) – O diabo está destruindo o seu único filho;
            b) Um jovem cheio de demônios (escravos do mal);
            c) Acabou o recurso daquele pai;
            d) Os discípulos não puderam socorrer (não estavam no monte agora); As vitórias de ontem não servem para hoje; precisamos encher-nos do espírito a cada dia.
            2- No vale há gente desesperada precisando de ajuda, mas os discípulos estão perdendo tempo, envolvidos numa discussão infrutífera (Mc 9.14; Lc 9.37).
            a) destruindo questões teológicas
            b) debates infrutíferos e onde estão as almas?
             3 – No vale, enquanto os discípulos discutem, há um poder demoníaco em ação sem ser confrontado (Lc 9.39-40).        
              Quando se tratar de discutir a ação do diabo e suas hostes, há dois perigos extremos que precisamos evitar:
              a) Subestimar a ação do diabo (não acreditar na existência do diabo);
              b) superestimar a ação do diabo (tem gente que fala mais no diabo que em Jesus)
OBS: Como era o poder demoníaco que estava no vale?
a) O poder maligno que estava em ação na vida daquele menino era assombrosamente destruidor (Lc 9.39). “... rilha os dentes e vai definhando.. e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar...”(Mc 9.18,22).
b) O poder maligno em ação no vale atingia inclusive as crianças (Mc 9.21,22).
c) O poder maligno em curso age com requinte de crueldade(Lc 9.38) – destruir o menino era o mesmo que roubar a esperança e o sonho daquele pai e tirar as realizações menino.
       4 – No vale, os discípulos estão sem poder para confrontar poderes das trevas ( Lc 9.40) . “Roguei aos seus discípulos que o expelissem, mas eles não puderam”.
OBS: Por que os discípulos estão sem poder?
1.      Aquela casta de demônios só com jejum e oração (Mt 17.19,21).
2.      Os discípulos estavam importantes por causa da pequenez de sua fé (Mt 17.19,20).
            A ESPIRITUALIDADE DE JESUS
                         A transformação foi uma antecipação da glória, um vislumbre e um ensaio de como será o céu (Mt 16.28). Aprendemos aqui algumas verdades fundamentais sobre a espiritualidade de Jesus.
                        a) A espiritualidade de Jesus é fortemente marcada pela oração (Lc 9.28);
                        b) A espiritualidade de Jesus é marcada pela obediência ao Pai (Lc 9.30,31);
                        c) A espiritualidade de Jesus é marcada por poder para desfazer as foras do inferno.
                          I) Dois Fatos são dignos de destaque na transformação de Jesus:
                          1.1) “O rosto de Jesus transformou-se” (Lc 9.29; Mt 17.2) – Isso fala de vida santa e irrepreensível:
                          1.2) As vestes de Jesus resplandeciam (Mt 17.2; Mc 9.3; Lc 9.29) – Vem a mente que as nossas vestes revelam o nosso íntimo, mais do que cobrem o nosso corpo. A nossa cultura hoje é despir o homem e a mulher, ou tanger-lhes com roupas cada vez mais sumárias e provocantes.
                           II) Há duas formas de uma pessoa chamar a atenção para si: Primeira: Quando se distancia da moda, a partir de tornar-se ridícula e Segundo: Quando é regida por ela, a ponto de perder a decência, isto é, tudo que mídia faz ela executa.
                       
Resumo e adaptações feitos por Josué de Asevedo Soares. Extraído do Livro do pastor Hernandes dias Lopes “A Face da Espiritualidade”

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