"Sede unânime
entre vós; Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não
sejais sábios em vós mesmos” (Rom. 12.16)
Os dicionaristas
definem ambição como o desejo imoderado de glória, de fortuna, ser consumido de
ambição. Mas, dependendo do contexto pode ser aspiração, pretensão, anelo,
anseio, cobiça, sede ou avidez. Há um provérbio chinês que diz: “Quem abre o
coração à ambição, fecha-o à tranqüilidade”. Já o pastor Wagner dos Santos
Gaby, comentarista das lições bíblicas da Escola Dominical, comentou: que a
ambição é a procura irracional e desordenada pelas riquezas, poder, glória e
honras. Segundo ele é o mesmo que cobiça ou desejo veemente pela aquisição de
bens materiais. Esse termo, originalmente na epístola de Romanos 12.16
significa “elevado”, “alto”. Podendo significar também “Arrogância” com em 1
Timóteo 6.17 e Romanos 11.20. A Palavra de Deus é firme e direta contra os
materialistas que motivam as pessoas serem ambiciosas, individualistas,
gananciosas e almejem “coisas altas” (Sl 131.1; Hc 2.9). Portanto, A ambição e
a cobiça pelas coisas materiais são algumas das razões pelas quais muitos
naufragam na fé. Niccolo Maquiavel disse certa ocasião: “Os homens quando
não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição”. Infelizmente, nos
dias hodiernos, existem pessoas que abrem igrejas e fundam ministérios visando
o lucro. Mas, o que mais me entristece é ver igrejas e ministérios sérios se
tornando um bando de mercenário, ou seja, são aqueles que trabalham em troca de
qualquer vantagem material, sem nenhum interesse e intenção honesta de cuidar
da igreja (2 Pe 2.3). Entretanto, a Bíblia condena terminantemente a ganância,
e a avareza e a cobiça (Lc 12.13-21; Tg 4.1,2). É bem verdade que essas igrejas
tradicionais foram fundadas por homens sérios, amorosos ao Senhor e
compromissados com Reino de Deus, mas devido à ausência da oração, de uma vida
consagrada, a falta de compromisso, e a pouca leitura da Palavra de Deus, tais
igrejas e ministérios estão sendo dominado pela ambição do mundo secular.
Podemos dizer que os três elementos que tem desencadeado a ambição dos homens,
tem sido: o poder, o dinheiro e o sexo. O
poder é o direito de agir, mandar, deliberar e exercer autoridade sobre alguém
ou alguma coisa (Ec 8.2-4), nos dias de hoje o ministério é um meio de
projeção, isto é, um modo de ter prestígio, poder temporal e lucro (At
20.28-30; 2 Co 2.17). O dinheiro vem de
mãos dadas com a cobiça pelo poder e o desejo incontrolável de ser rico. O ter
é mais importante que o ser. Vivemos em um tempo em que a mídia alimenta
consumo, o descontentamento, ambição por posses na vida das pessoas e que
infelizmente, isso já foi introduzido nas igrejas por meio de campanhas,
correntes e inconformismo com Deus. Há pastores e lideres que esqueceram que
Cristo Jesus veio para salvar e libertar o homem do pecado (Lc 19.10). Quanto ao Sexo não temos como deixar separado
à sede de poder. Devido o crescimento da imoralidade no mundo e liberdade
sexual em nossa sociedade, tal prática se tornou comum, pois vivemos em um
mundo cheio de erotismo, e um crescimento vertiginoso da pornografia,
homossexualidade e infidelidade conjugal (Rm 1.21-27). Contudo, a Bíblia
taxativamente nos admoesta à perfeita vontade de Deus em santidade (1 Co
6.18-20; 1 Ts 4.3-7; 5.23). Concluímos
que o servo de Deus não deve ser dominado pela ambição deste mundo, mas
entregar-se a Deus confiando que é poderoso para suprir todas as suas
necessidades. O que um crente deve desejar e ter a presença de Deus (Sl 42.1),
seus dons (1 Co 14.1) e o seu Reino (Mt 6.33) . É certo que o Senhor há de
acrescentar a demais coisas.
Josué
de Asevedo Soares.
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