segunda-feira, 3 de março de 2014

IRMANDADE SEM FRATERNIDADE



Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor.
(2 Pedro 1.5-7).

Segundo os dicionaristas a palavra fraternidade é um termo oriundo do latim frater, que significa "irmão". Por esse motivo, fraternidade significa parentesco entre irmãos. A fraternidade universal designa a boa relação entre os homens, em que se desenvolvem sentimentos de afeto próprios dos irmãos de sangue. Portanto, fraternidade é o laço de união entre os homens, fundado no respeito pela dignidade da pessoa humana e na igualdade de direitos entre todos os seres humanos.

            No Livro de Atos dos apóstolos no capítulo 2.41-47, vemos claramente a fraternidade sendo declarada e praticada pelos irmãos; pelos que diz: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações”.

            Infelizmente vivemos um tempo estranho as escrituras no que diz respeito à honestidade, firmeza doutrinária e verdade em muitas igrejas, há uma confusão entre os discursos e a prática da palavra, há uma crescente rivalidade entre pastores, entretanto, quando nos referimos a uma de muitas palavras importantes que designa o conceito familiar forte que, poderíamos dizer que é o âmago da unidade que é a palavra “irmão” ou “irmandade”, que transmite de fato a quebra do orgulho, da soberba e da desigualdade, indicando assim uma afirmação de ser da mesma família, que não há rivalidade e que todos trabalham para um bem comum. Essa palavra que chamamos uns aos outros na igreja está apenas na boca e não no coração. Infelizmente hoje presenciamos uma igreja que transmite a idéia de irmandade, mas que não existe fraternidade. Vemos uma igreja arrogante, que se fechou para um grupo, que tem um interesse bem mais pessoal que coletivos e se tornaram semelhante aos fariseus e escribas dos tempos de Jesus, se unem ou desejam está junto ao poder para vê se tem algum tipo de benesses. É de entristecer vemos igrejas e congregações lançadas à própria sorte, lamentamos o desvio das prioridades, a ganância e o individualismo, a valorização das coisas dessa vida, mas que a visão de Reino de Deus, pregações que parecem mais uma desculpa para proteção do próprio erro, líderes fracos que para se protegerem ojeriza aqueles que têm uma opinião mais bíblica e que não compactua com o crescimento de mercado. Como consequência a tudo isso, temos uma igreja hedonista, crentes fracos, rebanho dispersos, não há respeito pelo pastor, cultos emotivos em que as pessoas não mudam a sua maneira de agir, vemos crentes que não vêem mais a igreja com o lá onde Deus manifesta a sua glória, tudo que se vai fazer na igreja o vil metal está presente, não há mais voluntariedade na obra de Deus, parece-nos que tudo virou um grande negócio.

Em Romanos 12.10 está escrito:

“Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a vocês”.

Em meio a tudo isso, o inimigo das nossas almas está minando a fé de muitos, trazendo frieza e desapontamento no crente pouco vigilante, que por sua vez, acaba se entregando a murmuração e a contenda.  A nossa oração é que Deus fale ao coração de muitos e preserve a fé dos fieis, pois as Escritura nos afirma que aquele que perseverar até o fim será salvo.   

Deus tenha misericórdia de nós.
                          Pr. Josué de Asevedo Soares.

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