sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

CONHECENDO O LIVRO DE JUÍZES

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 “E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram a baalins e a astarote” (Jz 3.7).


                     O Livro de Juízes é o sétimo livro da Bíblia, e narra a história do povo de Deus durante os primeiros 300 ou 400 anos habitando a Terra da promissão. O livro recebeu seu nome dos juízes que o Senhor suscitou para libertar o povo durante a decadência e desunião, depois da morte de Josué. O livro curiosamente comenta sete apostasias, sete opressões, pelas nações pagãs e sete livramentos.  É importante ressaltar que o trabalho de Josué consistiu em desfazer as fortalezas dos cananeus, estabelecer as tribos em seus territórios conquistar parcialmente a Terra Prometida (Js 13.1). As terras não foram conquistadas imediatamente, mas gradativamente. Deus já havia dito a Moisés que essa conquista seria gradual (Ex 23.27-30; Dt 7.22). Em razão de Canaã ter sido conquistada parcialmente, Israel teve de conviver com vizinhos idolatras que, muitas vezes, o levaram à apostasia (Jz 1.21,28, 29; 2. 7-19).

COMPREENDENDO O PERÍODO DOS JUÍZES

             Os estudiosos da literatura hebraica consideram como “período dos juízes” a época compreendida de Josué e a coroação de Saul como rei das doze tribos, isto é, o século e meio transcorrido entre 1200 e 1040 a.C, aproximadamente.
            Durante esse período, as tribos de Israel não tinham um governo único nem uma capital (Jz 17.6; 18.1; 19.1; 21.25). Não se pode ainda afirmar a existência de um país, no sentido moderno da Palavra; o que havia eram grupos mais ou menos isolados, cujo único elo de ligação consistia na fidelidade às tradições comuns e à Arca,  localizado em Siló.
           
A APOSTASIA DAS TRIBOS ISRAEL
A ira de Deus se ascendia contra os hebreus por causa da apostasia e a imoralidade. No seu aperto clamava ao Senhor. Erguia estes Juízes que os livravam de seu seus opressores. Sucedia, porém, que falecendo o juiz, transgrediam, novamente, a aliança com Deus. (Jz 2.11-14). É bom lembrarmos que as apostasias dos hebreus o levaram cometer graves pecados e afastarem do Senhor. Esse deve ser o cuidado da igreja hoje, não permitir que apostasia domine o seu ambiente, mas expulsa-la com a graça de Deus.
A apostasia de Israel é fundamentada em sua desobediência, que por sua vez são resultados de três fatores: a) Israel habitava em meio às nações estrangeiras; b) eles casaram com pessoas de tais nações; c) Israel se contaminou com seus deuses. Esse também tem sido o desafio da igreja hoje: habitar no mundo sem Deus, não se misturar com os ímpios e tampouco contaminar com seus deuses (o prazer, a carnalidade, a frieza espiritual, a teologia liberal, conceitos racionalistas e etc.).

OS JUÍZES
(Jz 2.18,19). Os juizes de Israel eram libertadores ocasionais que Deus levantava para livrar Israel de seus opressores, isto é, os “juízes” não eram propriamente autoridades judiciais, eram de fato líderes militares e chefes de clãs que surgiam periodicamente em diferentes regiões, entre tribos, para salvar alguma parte de Israel das ameaças dos inimigos, ou seja, havia juizes locais ou tribais, o único que nas Escrituras nos transmite uma idéia de juiz nacional é Samuel, pois percebemos no aspecto unidade das tribos ao ponto de conseguir levantar um rei, que neste momento foi Saul (1Sm 8.1-22). É importante enfatizar que não existia uma autoridade humana central, cada tribo se governava sozinho. Nos períodos de crise, quando os inimigos atacavam as tribos, era levantado por Deus um chefe militar, que recebia o título de “SHOFET”, em português JUIZ. É possível que alguns desses juizes tenham governado concomitantemente em diferentes regiões da terra santa.

SEPARAÇÃO DAS TRIBOS

Cada tribo estava dividida em família (hb. mishpachot), e cada família em casas (hb. Beit avot). As decisões eram tomadas por um conselho de anciões; como se pode ver pela história de Jefté (hb. Iftach) (Jz 10.18; 11.7). É fácil perceber o perigo da separação das tribos, afastadas uma das outras, as tribos estavam sujeitas às influências dos costumes de Canaã, em especial o que se refere à religião, a maior clareza disso é a corrupção dos próprios levitas (Jz 17.7-13), um dos fatores dessa unidade foi à atuação dos juizes e a arca com as tábuas da Lei, o qual faziam peregrinações de tempos em tempos, ajudou as tribos a preservarem um unidade espiritual (2 Sm 6.11), baseada no que Deus havia revelado ao seu servo Moisés( Ex 25.10-15). Nos dias hodiernos, não tem sido diferente percebemos um distanciamento dos pastores da mesma denominação, isto é, estão na mesma igreja, no mesmo ministério, tem até mesmo um líder comum, porém, não se conhecem não se entendem não se organizam e pior de tudo querem ser exemplo para o povo. Cuidado meu amado! Deus não se deixa escarnecer.
Em nível de curiosidade destacamos que a principal atividade econômica era a agricultura: os hebreus cultivavam trigo, cevada, uvas, tâmaras, azeitonas, figos etc. O pastoreio ocupava também um lugar importante, embora os hebreus já não fossem nômades. O comércio era pouco desenvolvido; cada tribo produzia o suficiente para sua subsistência e não havia um excedente que pudesse ser trocado por outras mercadorias. Não existia ainda dinheiro; as trocas se faziam em espécie, conhecida pela história de “escambo”.  
 EXTRAINDO DO LIVRO VENCENDO COMO GIDEÃO.
JOSUÉ DE ASEVEDO SOARES

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