“Quando cair o teu inimigo, não te alegres, e
não se regozije o teu coração quando ele tropeçar; para que o Senhor não veja
isso, e lhe desagrade, e desvie dele a sua ira.” (Pv 24.17,18).
Não poucas vezes temos ouvido “hinos”, “pregações” e até “profecias”
no arraial evangélico que são provocativos e concomitantemente incentivam os
crentes a se alegrarem com o tropeçar daqueles que se fazem inimigos ou se levaram
por oposição discordando de uma coisa ou de outra. Na visão carnal até parece justificável,
pois o efeito do pecado abrange todos os homens, querendo ou não somos afetados,
tendo em vista ainda vivermos no mundo que “jaz o maligno” (1 Jo 5.19). Entretanto,
lendo as Escrituras Sagradas vemos que Davi recusou alegrar-se pela morte
de Saul, seu perseguidor incansável (2 Sm 1). Por outro lado, o povo Edomeu, que
não temia ao Senhor regozijou-se pela derrota do povo de Israel e como paga
receberam o juízo do Eterno por tal atitude (Ob 1.12). Pois, exultar sobre o infortúnio
dos outros é fazer de si mesmo o vingador e colocar-se no lugar de Deus, o
verdadeiro e justo juiz (Dt 32.35). Reconhecermos não ser fácil seguir o
caminho do perdão e da misericórdia, mas não foi isso que Jesus nos ensinou “ Perdoa-nos
as nossa dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6.12). Jesus
disse certa vez “nega-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me (Mt 16.24; Mc 8.32).
Paulo escrevendo disse: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à
ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o
Senhor”.(Rm 12.19). Sei que de repente você pode se questionar se deve ou não
perdoar, e até mesmo questionando que estou falando e escrevendo por que não
estou passando por aquilo que você está passando. Mas, você também não passou
por aquilo que passei, e nenhum de nós passou pelo mesmo caminho que o nosso
Cristo sofreu. A questão aqui é: estamos disposto a viver de acordo com a
vontade de Deus. Temos que vencer os ressentimentos, a amargura e a raiva e
seguir a boa e maravilhosa Palavra de Deus. Portanto, não entremos pelos caminhos
dos ímpios, dos soberbos, dos rancorosos e sem perdão. O Conselho de Sábio é “Teme
ao senhor, filho meu, e ao rei e não te associes com os revoltosos” (Pv 24.21).
Que Deus continue dando a todos nós vida e paz.
Josué de Asevedo Soares.
Bênção!
ResponderExcluirBênção!
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