LEVITAS SACRIFICAM APÓS 2 MIL ANOS
Depois de 2 mil anos que os religiosos
judeus cessaram com os sacrifícios de animais em sua liturgia, os
cordeiros de um ano foram conduzidos ao ar livre e imolados segundo os
reclames no livro de Levítico. A cerimônia foi conduzida por homens
que reúnem as prerrogativas a fim de servirem como os novos levitas
e sacerdotes do povo hebreu. Por muito tempo, o antigo santuário
descrito na Palavra de Deus e que foi visitado por Jesus enquanto
cumpria seu ministério terreno, serviu como palco para o serviço
religioso, mas acabou destruído pelos romanos no ano 70 d.C. Desde
então, o sacrifício de animais cessou, apesar de a tradição ter
continuado com os samaritanos que celebravam no monte Gerizim e não
segue estritamente a prescrição bíblica.
A cerimônia aconteceu no alto do Monte das
Oliveiras e reuniu cerca de 400 convidados. O ato foi agendado pelo
Instituto do Templo que classificou a liturgia como uma
“cerimônia modelo”. Os convidados presentes dividiam-se entre
líderes políticos e religiosos, que revelaram a sua esperança de que as
mesquitas sejam removidas do alto do Monte do Templo. Durante o
cerimonial, os participantes se pronunciaram: o político Arieh King
aspira que Jerusalém esteja livre do que ele chamou de “abominação” e
o rabino Yisrael Ariel, um dos líderes do Instituto do Templo disse que
evento foi uma “preparação” para o tempo em que o monte Moriá for “limpo
e consagrado” e o templo, reconstruído. A cerimônia foi realizada no
dia 18 de abril com direito a aspersão do sangue, a queima de gorduras e
outras partes do cordeiro em um altar. A cerimônia foi acompanhada pelo
som de trombetas de prata sopradas pelos levitas (Cohanim). O local
onde aconteceu o abate cerimonial foi a yeshiva Beit Orot, local de onde
se pode observar o Monte do Templo. Os líderes religiosos explicam que
de acordo com o calendário judaico, que é lunar e segue os períodos
estabelecidos por Deus ao povo de Israel; a Páscoa (Festa de Pêssach)
inicia ao pôr do sol do dia 22 de abril e encerra no anoitecer de
sábado, dia 30.
O rabino Shmuel Eliyahu, importante líder
judeu, disse que “todos os judeus praticantes, nos últimos 2 mil anos,
tem orado por isso três vezes ao dia”. O rabino demonstrava felicidade
pelo ambiente tomado pelas orações cantadas com acompanhamento musical
após o sacrifício, enquanto os Cohanim ostentavam os trajes cerimoniais,
devidamente aparelhados para a utilização em breve no Templo. Mas
outros grupos judeus ortodoxos realizaram nesses últimos anos
sacrifícios em frente ao Monte do Templo, em Jerusalém. Os religiosos
tentavam seguir a liturgia registrada no Pentateuco, mas não com os
detalhes seguidos pelo Instituto do Templo. A liderança judaica classifica o cerimonial de “ensaio profético”. Mas para evitar conflitos
com os muçulmanos, as autoridades judaicas não estimulam a prática e já
prendeu ativistas desejosos de realizar a liturgia.
Mensageiro da Paz - Número 1573- Junho de 2016, CPAD
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