Texto
base: Mt 13.1-9/ Mc 4.3-20.
INTRODUÇÃO
As parábolas são parte da abundante
linguagem figurada da escritura. O termo parábola significa comparação. Isto é,
ao lado da outra para fins de comparação.
Jesus muito ensinou mediante parábolas, do início ao fim do
seu ministério. Não se sabe quantas ele, proferiu. Os evangelhos registram um
bom número delas. O número varia entre os eruditos, porque muitos contam como
parábolas declarações figurativas, símiles e metáforas ampliadas.
O interessante, é que, esta parábola está registrada nos três evangelhos: Mt
13.3-23; Mc 4.3-20 e Lc 8.5-15. Mostra a importância de ouvir e ensinar a
Palavra de Deus. Requer que cada um de nós anuncie e muitos se façam discípulo
de Jesus. Fala de um agriculto que lançou a semente em vários lugares.
No salmo 78.2 predisse este tipo de ensino por Jesus e o
Novo Testamento registra o cumprimento da predição, em Mt 13.35.
A parábola do semeador relata com exatidão a humanidade
através dos tempos. A semente é a Palavra de Deus. Três elementos constituem a
parábola do semeador: 1) O Semeador; 2) A Semente e 3) O Solo.
I – PARÁBOLAS NO ANTIGO TESTAMENTO
a)
2 Samuel 12.1-7
b)
Ezequiel 23.1-49
c)
Isaias 5.1-7
II - O SEMEADOR DA BOA SEMENTE (v 3)
O semeador da parábola representa o
filho de Deus, ou seja, O Senhor Jesus; mas por extensão, também todos aqueles
que semeiam a sua Palavra (Mt 13.37; Mc 4.14). Podemos deixar mais claro que a
boa semente é o que o evangelho produz “os filhos do Reino” (Mt 13.38). Espiritualmente
falando que todos aqueles que seguem a |Cristo deve está sempre ensinando a
Palavra de Deus. Pois, quanto mais ela é plantada nos corações dos homens maior
será a colheita (1 Co 3.6,7). Marcos 4.14; esta escrito: “O que semeia, semeia
a Palavra”, sem observar os ventos e as
nuvens, semeia a Palavra sem gastar o tempo discutindo-a, não desperdiçando-a o
tempo censurando, mas a sua principal preocupação, é proclamar a Palavra de
Deus. Neste caso a semente, é a origem, o principio gerador, neste caso, a
Palavra de Deus (Lc 8.11).
É importante ressaltar que o fruto é
produzido de acordo com o tipo de semente. Se tu semeares tuas próprias idéias,
a tua própria imagem, estarás semeando palha, que não tem peso, nem vida, e
então cumprir-se-á “...tudo que o homem semear; isso também ceifará”, “o que
semeia a carne, da carne ceifará a corrupção”. (Gl 6.7,8; Jó 4.8).
III – O ZELO DO SEMEADOR
O semeador da
Palavra deve ser diligente e constante no seu trabalho. Diz-nos que Jesus
proferiu esta parábola “naquele dia”; isto é, no mesmo dia atarefado do
capítulo 12 de Mateus. Certamente esta parábola foi proferida já tarde. Tudo
isso ensina a semear diligentemente enquanto é dia; enquanto temos tempo.
IV – OS QUATRO TIPOS DE TERRENOS
O Solo é o terreno sobre o qual se
constrói ou se anda; terra considerada em suas qualidades produtivas. Os
cristãos precisam desenvolver suas raízes por meio da fé em Cristo e de estudo
da Palavra de Deus.
Esses terrenos falam dos vários
modos como o evangelho é recebido nos corações. Analisando o aspecto material o
solo não tem culpa por ser endurecido, raso, arenoso, cheio de pedra ou
espinhos. Mas, espiritualmente falando somos responsáveis se o nosso coração
não estiver receptivo a Palavra de Deus. Vemos os tipos de solos que
exemplificam: a) A vida endurecida; b) A vida superficial; c) A vida
atribulada; d) A vida receptiva. Portanto:
a)
O Terreno Duro (13.4,5) – São os que fecham o coração por causa da
Palavra de Deus e o pecado se encarrega do seu endurecimento (Hb 3.13).
Fatos que aconteceram nesse terreno:
1)A semente foi pisada (Lc
8.5) – Além do terreno ser duro, a semente ainda foi pisada. O endurecimento
também vem pela não compreensão da Palavra de Deus (Mt 13.19).
2) As aves comeram a
semente (Mt 13.4) – representam o maligno arrebatando a Palavra semeada, mas
não aceita (Mt 13.19; Mc 4.15; Lc 8.12; Ef 2.2).
b)
O Terreno Raso (13.5,6) – A planta não tinha como aprofundar a raiz. São
aqueles que crêem apenas com os sentidos, superficialidade, seguem a Cristo
enquanto estão comovidos, e quando cessa a emoção acaba tudo.
Fatos importantes:
1)Não havia terra
bastante (v 5) – a palavra de Deus precisa ir além das emoções.
2) Os pedregais
(v 5) – O pior é que o terreno tinha rocha por baixo, oculta. Há crentes que
superficialmente mostram uma coisa, mas interiormente é outra.
3) Veio o Sol (v
6) – A planta desse terreno secou-se quando o sol brilhou forte. Jesus
referia-se aqui às provações, perseguições, tribulações da vida, que todo
crente experimenta (Mt 13.21; Mc 4.17; Lc 8.13);
c)
O Terreno Ocupado (v 7) – A semente foi bem plantada, mas o terreno não foi
bem cuidado, e as ervas daninhas e espinhos por fim sufocaram a planta,
deixando-a improdutiva. Esses espinhos são as preocupações deste mundo, o
engano das riquezas e os prazeres da vida (Mt 13.22; Mc 4.19; Lc 8.14). Aqui
vemos o crente misto, com o coração dividido entre Deus e as coisas do mundo.
Esse terreno nos mostra que muitos permanecem na fé, mas não são consagrados ao
Senhor.
d)
O Terreno Bom (13.8) – “Boa terra”, Isto é, terra limpa, desimpedida,
macia, molhada, fértil. Este terreno produziu fruto com abundância. Esse
terreno mostra-nos que mesmo entre os crentes dedicados há diferentes frutificações
(13.23). Esta parábola ensina-nos ainda outras verdades gerais, como:
1)
A semente da Palavra
não é toda aproveitada. Apenas uma parte em quatro pôde frutificar;
2)
O mundo não será todo
convertido. Apenas um terreno em quatro frutificou a contento;
3)
O reino de Deus sempre
prospera através da Palavra – a semente.
V) Conclusão :
Aprendemos que:
- Todos
precisam ouvir a Palavra de Deus.
- Todos somos chamados para pregar a Palavra.
- Todos são responsáveis pela forma que recebem a Palavra.
- Todos deveriam entender que Jesus é o único caminho.
Fraternalmente em Cristo.
Extraído do livro Mensagem para os nossos dias. Autor Josué de Asevedo Soares.
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