quarta-feira, 10 de outubro de 2018

A Parábola do Semeador (Os Evangelhos)

                                                     


Texto base: Mt 13.1-9/ Mc 4.3-20.
INTRODUÇÃO
            As parábolas são parte da abundante linguagem figurada da escritura. O termo parábola significa comparação. Isto é, ao lado da outra para fins de comparação.
Jesus muito ensinou mediante parábolas, do início ao fim do seu ministério. Não se sabe quantas ele, proferiu. Os evangelhos registram um bom número delas. O número varia entre os eruditos, porque muitos contam como parábolas declarações figurativas, símiles e metáforas ampliadas. O interessante, é que, esta parábola está registrada nos três evangelhos: Mt 13.3-23; Mc 4.3-20 e Lc 8.5-15. Mostra a importância de ouvir e ensinar a Palavra de Deus. Requer que cada um de nós anuncie e muitos se façam discípulo de Jesus. Fala de um agriculto que lançou a semente em vários lugares.
No salmo 78.2 predisse este tipo de ensino por Jesus e o Novo Testamento registra o cumprimento da predição, em Mt 13.35.
A parábola do semeador relata com exatidão a humanidade através dos tempos. A semente é a Palavra de Deus. Três elementos constituem a parábola do semeador: 1) O Semeador; 2) A Semente e 3) O Solo.

I – PARÁBOLAS NO ANTIGO TESTAMENTO

a)      2 Samuel 12.1-7
b)      Ezequiel 23.1-49
c)      Isaias 5.1-7

II - O SEMEADOR DA BOA SEMENTE (v 3)
            O semeador da parábola representa o filho de Deus, ou seja, O Senhor Jesus; mas por extensão, também todos aqueles que semeiam a sua Palavra (Mt 13.37; Mc 4.14). Podemos deixar mais claro que a boa semente é o que o evangelho produz “os filhos do Reino” (Mt 13.38). Espiritualmente falando que todos aqueles que seguem a |Cristo deve está sempre ensinando a Palavra de Deus. Pois, quanto mais ela é plantada nos corações dos homens maior será a colheita (1 Co 3.6,7). Marcos 4.14; esta escrito: “O que semeia, semeia a Palavra”,  sem observar os ventos e as nuvens, semeia a Palavra sem gastar o tempo discutindo-a, não desperdiçando-a o tempo censurando, mas a sua principal preocupação, é proclamar a Palavra de Deus. Neste caso a semente, é a origem, o principio gerador, neste caso, a Palavra de Deus (Lc 8.11).    
            É importante ressaltar que o fruto é produzido de acordo com o tipo de semente. Se tu semeares tuas próprias idéias, a tua própria imagem, estarás semeando palha, que não tem peso, nem vida, e então cumprir-se-á “...tudo que o homem semear; isso também ceifará”, “o que semeia a carne, da carne ceifará a corrupção”. (Gl 6.7,8; Jó 4.8).

III – O ZELO DO SEMEADOR
 O semeador da Palavra deve ser diligente e constante no seu trabalho. Diz-nos que Jesus proferiu esta parábola “naquele dia”; isto é, no mesmo dia atarefado do capítulo 12 de Mateus. Certamente esta parábola foi proferida já tarde. Tudo isso ensina a semear diligentemente enquanto é dia; enquanto temos tempo.

IV – OS QUATRO TIPOS DE TERRENOS
             O Solo é o terreno sobre o qual se constrói ou se anda; terra considerada em suas qualidades produtivas. Os cristãos precisam desenvolver suas raízes por meio da fé em Cristo e de estudo da Palavra de Deus.
            Esses terrenos falam dos vários modos como o evangelho é recebido nos corações. Analisando o aspecto material o solo não tem culpa por ser endurecido, raso, arenoso, cheio de pedra ou espinhos. Mas, espiritualmente falando somos responsáveis se o nosso coração não estiver receptivo a Palavra de Deus. Vemos os tipos de solos que exemplificam: a) A vida endurecida; b) A vida superficial; c) A vida atribulada; d) A vida receptiva. Portanto:
a)      O Terreno Duro (13.4,5) – São os que fecham o coração por causa da Palavra de Deus e o pecado se encarrega do seu endurecimento (Hb 3.13).

Fatos que aconteceram nesse terreno:
1)A semente foi pisada (Lc 8.5) – Além do terreno ser duro, a semente ainda foi pisada. O endurecimento também vem pela não compreensão da Palavra de Deus (Mt 13.19).
2) As aves comeram a semente (Mt 13.4) – representam o maligno arrebatando a Palavra semeada, mas não aceita (Mt 13.19; Mc 4.15; Lc 8.12; Ef 2.2). 
b)      O Terreno Raso (13.5,6) – A planta não tinha como aprofundar a raiz. São aqueles que crêem apenas com os sentidos, superficialidade, seguem a Cristo enquanto estão comovidos, e quando cessa a emoção acaba tudo.
Fatos importantes:
1)Não havia terra bastante (v 5) – a palavra de Deus precisa ir além das emoções.
2) Os pedregais (v 5) – O pior é que o terreno tinha rocha por baixo, oculta. Há crentes que superficialmente mostram uma coisa, mas interiormente é outra.
3) Veio o Sol (v 6) – A planta desse terreno secou-se quando o sol brilhou forte. Jesus referia-se aqui às provações, perseguições, tribulações da vida, que todo crente experimenta (Mt 13.21; Mc 4.17; Lc 8.13);
c)      O Terreno Ocupado (v 7) – A semente foi bem plantada, mas o terreno não foi bem cuidado, e as ervas daninhas e espinhos por fim sufocaram a planta, deixando-a improdutiva. Esses espinhos são as preocupações deste mundo, o engano das riquezas e os prazeres da vida (Mt 13.22; Mc 4.19; Lc 8.14). Aqui vemos o crente misto, com o coração dividido entre Deus e as coisas do mundo. Esse terreno nos mostra que muitos permanecem na fé, mas não são consagrados ao Senhor.
d)     O Terreno Bom (13.8) – “Boa terra”, Isto é, terra limpa, desimpedida, macia, molhada, fértil. Este terreno produziu fruto com abundância. Esse terreno mostra-nos que mesmo entre os crentes dedicados há diferentes frutificações (13.23). Esta parábola ensina-nos ainda outras verdades gerais, como:
1)      A semente da Palavra não é toda aproveitada. Apenas uma parte em quatro pôde frutificar;
2)      O mundo não será todo convertido. Apenas um terreno em quatro frutificou a contento;
3)      O reino de Deus sempre prospera através da Palavra – a semente.
   V) Conclusão :
        Aprendemos que:
  1. Todos precisam ouvir a Palavra de Deus.
  2. Todos somos chamados para pregar a Palavra.
  3. Todos são responsáveis pela forma que recebem a Palavra.
  4. Todos deveriam entender que Jesus é o único caminho.                                                 

Fraternalmente em Cristo.

Extraído do livro Mensagem para os nossos dias. Autor Josué de Asevedo Soares.


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