segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Lição 09 - 28 de Fevereiro de 2010 As características do crente vencedor



 Texto Áureo

 "Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Je­sus Cristo". 1 Co 15.57

 

Verdade Aplicada

 

O modelo ensinado por Jesus deve ser seguido por todos que desejam ser verdadeira­mente vencedores. Na quali­dade de Leão da Tribo de Judá Ele é um vencedor total e inevitável.

 

Objetivos da Lição

 

      Aprender como ser um cren­te vencedor;

      Enfatizar sobre a necessida­de de seguirmos o modelo de Jesus;

      Destacar a importância de vivermos uma vida cristã vito­riosa.

 

Textos de Referência

 

1 Pe 5.7     Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.

1 Pe 5.8     Sede sóbrios e vigi­lantes. O diabo, vosso adversá­rio, anda em derredor, como leão que ruge procurando al­guém para devorar;

1 Pe 5.9     Resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão se cum­prindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo.

1 Pe 5.10   Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos cha­mou à sua eterna glória, depois de terdes sofrido por um pou­co, ele mesmo vos há de aper­feiçoar, firmar, fortificar e fun­damentar.

 

 

A escolha dos vencedores

 

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus (Apocalipse 2:7). Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. O vencedor, de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte (Apocalipse 2:11). Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe (Apocalipse 2:17). Ao vencedor, e ao que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações (Apocalipse 2:26).

 

O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos (Apocalipse 3:5). Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome (Apocalipse 3:12). Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me sentei com meu Pai no seu trono (Apocalipse 3:21).

 

Referências bíblicas:

 

Fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor; por isso o Senhor os entregou nas mãos dos midianitas por sete anos. Prevalecendo o domínio dos midianitas sobre Israel, fizeram estes para si, por causa dos midianitas, as covas que estão nos montes, e as cavernas e as fortificações. Porque cada vez que Israel semeava, os midianitas e os amalequitas, como também os povos do Oriente, subiam contra ele. E contra ele se acampavam, destruindo os produtos da terra até à vizinhança de Gaza, e não deixavam em Israel sustento algum, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos. Pois subiam com os seus gados e tendas, e vinham como gafanhotos, em tanta multidão que não se podiam contar, nem a eles nem aos seus camelos; e entravam na terra para a destruir. Assim Israel ficou muito debilitado com a presença dos midianitas; então os filhos de Israel clamavam ao Senhor (Juízes 6:1-6). E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manasses, e eu o menor na casa de meu pai. Tornou-lhe o Senhor: Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem (Juízes 6:15, 16).

 

Viu Gideão que era o Anjo do Senhor, e disse: Ai de mim, Senhor Deus, pois vi o Anjo do Senhor face a face. Porém o Senhor lhe disse: Paz seja contigo! Não temas! Não morrerás! Então Gideão edificou ali um altar ao Senhor, e lhe chamou, o Senhor é paz. Ainda até ao dia de hoje está o altar em Ofra, que pertence aos abiezritas (Jz 6:22-24). Naquele dia Gideão passou a ser chamado Jerubaal, porque foi dito: Baal contenda contra ele, pois ele derribou o seu altar (Jz 6:32). Então o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a rebate, e os abiezritas se ajuntaram após ele. Enviou mensageiros por toda a tribo de Manasses, que também foi convocada para o seguir; enviou ainda mensageiros a Aser, e a Zebulom e a Naftali, e saíram para encontrar-se com ele (Jz 6:34,35).

 

Disse o Senhor a Gideão: É demais o povo que está contigo, para eu dar os midianítas em sua mão; a fim de que Israel se não glorie contra mim, dizendo: A minha própria mão me livrou. Apregoa, pois, aos ouvidos do povo, dizendo: Quem for tímido e medroso, volte, e retire-se da região montanhosa de Gileade. Então voltaram do povo vinte e dois mil, e dez mil ficaram. Disse mais o Senhor a Gideão: Ainda há povo demais; faze-os descer às águas, e ali os provarei; aquele de quem eu te disser: este irá contigo, esse contigo irá; porém todo aquele de quem eu te disser: Este não irá contigo, esse não irá. Fez Gideão descer os homens às águas. Então o Senhor lhe disse: Todo que lamber as águas com a língua, como faz o cão, esse porás à parte; como também a todo aquele que se abaixar de joelhos a beber. Foi o número dos que lamberam, levando a mão à boca, trezentos homens; e todo o restante do povo se abaixou de joelhos a beber as águas. Então disse o Senhor a Gideão: Com estes trezentos homens que lamberam as águas eu vos livrarei, e entregarei os midianitas nas tuas mãos; pelo que a outra gente toda que se retire, cada um para o seu lugar (Jz 7:2-7). Chegou, pois, Gideão, e os cem homens que com ele iam, às imediações do arraial, ao princípio da vigília média, havendo-se havia pouco trocado as guardas; e tocaram as trombetas, e quebraram os cântaros, que traziam nas mãos. Assim tocaram as três companhias as trombetas e despedaçaram os cântaros; e seguravam nas mãos esquerdas as tochas e nas mãos direitas as trombetas que tocavam; e exclamaram: Espada pelo Senhor e por Gideão! E permaneceu cada um no seu lugar ao redor do arraial, que todo deitou a correr, e a gritar, e a fugir (Jz 7:19-21). Então os homens de Efraim disseram a Gideão: Que é isto que nos fizeste, que não nos chamaste, quando foste pelejar contra os midianitas? E contenderam com ele fortemente. Porém ele lhes disse: Que mais fiz eu agora do que vós? Não são porventura os rabiscos de Efraim melhores do que a vindima de Abiezer? Deus vos entregou na vossa mão os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe; que pude eu fazer comparável com o que fizestes? Então com falar-lhes esta palavra, abrandou-se-lhes a ira para com ele. Vindo Gideão ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam, cansados, mas ainda perseguindo (Jz 8:1-4).

 

Veremos agora como são selecionados os vencedores, e como os vencedores são separados dos vencidos. De acordo com o estatuto de Números, todos os varões de Israel que chegassem aos vinte anos de idade eram guerreiros e aptos para lutar pelo Senhor. Mas no período dos Juízes, quando os filhos de Israel estavam fracassados, Deus os livrou escolhendo 300 homens para lutar numa batalha na qual eles todos deveriam ter lutado mas para a qual não estavam preparados. Tinham falhado e, por isso, eram incapazes de lutar pelo Senhor. Um grande número de pessoas sabe como guardar a fé e terminar a carreira, mas não sabe como combater o bom combate.

 

Como se tornar um vencedor: o caso de Gideão

 

1) Reconhecer apropria insignificância — isto é, conhecer-se. É relativamente fácil ser humilde diante de Deus; mas ser humilde diante dos homens ou estimar os outros, considerando-os mais excelentes, é extremamente difícil. Dizer que eu sou o menor é comparativamente fácil, mas confessar que eu sou o menor na casa de meu pai não é fácil. Reconhecer que a casa de meu pai é pobre não é tão duro, mas admitir que a casa de meu pai é a mais pobre em Manasses é extremamente humilhante. Aquele cujo rosto brilha e não tem consciência disso, embora outros percebam a luz de seu semblante, é um vencedor.

 

Todos aqueles que olham no espelho na tentativa de perceber a luz em seu rosto definitivamente não são vencedores. Embora Davi fosse ungido, considerava-se um cão morto (1 Sm 24:14).

 

Os vencedores são aqueles que possuem a realidade, embora não o nome, dos vencedores.

 

2) Ter visão celestial — isto é, visão do Senhor. Ninguém que não tenha visão está habilitado a servir. Com a visão, o indivíduo pode perseverar na direção do alvo, embora seja assediado por dificuldades. Tendo a palavra do Senhor, ele vai certamente alcançar o outro lado. Os pés de um obreiro são firmados pela visão que tem.

 

3) Não desobedecer à visão — mas responder à vocação do Senhor com sacrifício. É preciso oferecer o seu insignificante ego a Deus e deixá-lo na mão de Deus. Julgar-se grande ou pequeno sem submeter-se totalmente à mão de Deus também é inútil. Todos os sacrifícios vivos de acordo com a vontade de Deus são aceitos por Deus. Os vencedores são chamados por Deus. Já ouviu o chamado feito aos vencedores que se encontra nos capítulos 2 e 3 do Apocalipse? Já atendeu ao chamado?

 

4) Quebrar os ídolos — que é, por assim dizer, sustentar um testemunho externo. Um coração já consagrado precisa quebrar os ídolos externos, para dar testemunho. Pode-se dar importância especial à própria pessoa, à família, aos contatos. Qualquer coisa que ocupa o lugar de Deus precisa ser derrubada. Aquele que conhece a Deus sabe o que é um ídolo. Tendo visto o anjo do Senhor — isto é, o próprio Senhor, o indivíduo discerne as coisas fora do Senhor como ídolos. Uma visão do anjo do Senhor revela que o poste-ídolo (Aserá) não é Deus (Jz 6:22-27). O sacrifício sobre a rocha tem propósito pessoal, enquanto o sacrifício sobre o altar é de uso corporativo. Depois de dados estes quatro passos, o Espírito Santo virá sobre a pessoa. A plenitude do Espírito não é o resultado do pedido de poder; quando o indivíduo se encontra no lugar certo, recebe o derramamento do Espírito. O toque da trombeta é o chamado para as pessoas se reunirem como vencedores. Ação independente não é apropriada ao vencedor. Temos de nos purificar daqueles que foram vencidos, mas não devemos ficar separados dos outros vencedores.

 

Como selecionar vencedores: o caso dos 300

 

1) A primeira seleção — em resultado da qual 22.000 retrocederam. Por quê?

 

Porquea) pretendiam glorificar-se a si mesmos. Às vezes estamos prontos a sacrificar a vida mas não a glória. Temos de nos vencer como também a Satanás. Deus procura pessoas que trabalhem para ele sem vangloriar-se do trabalho. Depois de trabalhar, deveríamos dizer: "Somos servos inúteis" (veja Lucas 17:10). Temos de nos esquecer de quantos campos aramos e quantas ovelhas vigiamos. Deus não pode partilhar sua glória conosco. Se secretamente esperamos alguma coisa para nós mesmos estaremos entre os eliminados.

 

E, b) eram medrosos e tímidos. Qualquer um que seja tímido e medroso pode ir para casa. É essencial que não amemos a nós mesmos e que estejamos prontos a sofrer. As maiores aflições não são materiais em natureza, mas espirituais. Todo aquele que procura glorificar-se e é tímido e medroso será eliminado. A vitória não jaz no número mas no conhecimento de Deus.

 

2) A segunda seleção — a prova contida na insignificante questão de beber água. Pequenas coisas freqüentemente revelam nossa situação real.

 

Naqueles dias, tanto os judeus como os árabes viajavam com sua bagagem nas costas. Havia, portanto, duas maneiras diferentes de beber água, em viagem: a) descer a bagagem e ajoelhar-se para beber, ou b) beber água das mãos para não perder tempo na estrada e prevenir-se dos assaltantes. Dos dez mil homens que ficaram, 9.700 ajoelharam-se para beber; só os 300 beberam de suas mãos. Todos aqueles que se ajoelharam para beber foram eliminados por Deus. Só aqueles que beberam das mãos foram escolhidos. Todo aquele que tem oportunidade de satisfazer seus desejos mas se abstém de fazê-lo conhece o procedimento da cruz. Tais pessoas serão usadas por Deus. Sempre pronto a deixar que a cruz opere em sua vida, este é o homem que Deus vai usar.

 

Eis as três qualificações na seleção divina dos vencedores: 1) devem entregar-se totalmente à glória de Deus; 2) não devem temer nada, e 3) devem permitir que a cruz resolva o problema do ego. Nós mesmos podemos decidir se seremos vencedores ou não. Quando Deus nos provar, nossos verdadeiros egos serão revelados — dizendo-nos se somos vencedores. Aquele que conhece a vitória da cruz em sua vida é capaz de persistir na vitória da cruz continuamente.

 

A vitória dos vencedores

 

Deus deu 300 homens a Gideão e os transformou em um só corpo. É altamente impróprio vencer isoladamente. Gideão e os 300 agiram de comum acordo. Isto foi possível porque sua carne foi eliminada. Isto é a unidade do Espírito Santo é a vida no corpo. O registro do Novo Testamento fala especialmente de reuniões, não de obras.

 

O resultado

 

Os 300 lutaram e todos os filhos de Israel saíram a perseguir os inimigos. Os 300 lutaram e toda a nação colheu. Nós vencemos e todo o corpo reanima-se. Quando ficamos no fundo do rio, não é por nós mesmos mas por toda a igreja: "Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja" (Cl 1:24). Os vencedores serão censurados pelos outros exatamente como Gideão foi reprovado pelos homens de Efraim. Gideão não só venceu os midianitas do lado de fora, mas também os midianitas do lado de dentro! Só estes poderiam continuar vencendo, exatamente como o registro declara: "Cansados, mas ainda perseguindo" (Jz 8:4).

 

Bibliografia W. Ness

Nenhum comentário:

Postar um comentário