segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Lição 08 - 21 de Fevereiro de 2010 Gideão, um homem temperante

 


Texto Áureo

 

"Como a cidade derribada, que não tem muros, assim é o ho­mem que não pode conter o seu espírito". Pv 25.28

 

Verdade Aplicada

 

A temperança é uma condição necessária na vida do verdadei­ro crente que almeja ser um vencedor em Cristo Jesus.

 

Objetivos da Lição

 

      Mostrar que um homem tempérante é controlado pelo Espírito Santo;

      Explicar como podemos ter uma vida tempérante;

      Compreender que a pessoa tempérante é abençoada por Deus.

 

Textos de Referência

 

Jz 8.1         "Então os homens de Efraim lhes disseram: Que é isto que nos fizeste, que não nos chamaste, quando foste pelejar contra os midianitas? E contenderam com ele forte­mente.

Jz 8.2         Porém ele lhes disse: Que mais fiz eu agora do que vós? Não são porventura os ra­biscos de Efraim melhores do que a vindima de Abiézer?

Jz 8.3         Deus vos deu na vossa mão os príncipes dos midiani­tas, Orebe e Zeebe; que mais pude eu logo fazer do que vós? Então a sua ira se abrandou para com ele, quando falou esta palavra.

 

 

Efraim e Gideão (8.1-3)

 

8.1 Então os homens de Efraim disseram a Gideão. Nem mesmo Gideão conseguiu escapar de seus críticos. A tribo de Efraim era especialmente proe­minente entre as tribos israelitas das terras altas centrais. O mais importante santuário da época, Silo, ficava dentro de suas fronteiras. Esse era um ponto estratégico de liderança, e os efraimitas zelavam por ele. Isso posto, os efraimitas não se sentiram felizes diante da vitória de Gideão com seus meros trezentos homens. Eles queriam participar da glória da vitória, e de muitos despojos.

 

Gideão Consegue Pacificar os Efraimitas. Mas Gideão conseguiu apaziguar os homens de Efraim ao convencê-los de que o fato de terem sido convocados mais tarde, dando-lhes oportunidade de apossar-se de despojos na parte final e significativa das ações militares, era mais importante do que eles terem participa­do das ações desde o começo. Gideão, em sua resposta aos efraimitas, não deixou de fazer Yahweh entrar no quadro, embora tenha usado o nome divino Elohim (ver o terceiro versículo deste capítulo). Foi por ordem de Deus que todas as coisas aconteceram daquele modo.

 

O texto sagrado não deixa claro por qual motivo aqueles indignados efraimitas não tinham ouvido nem participado da primeira convocação (ver Jz 6.35). Talvez os mensageiros enviados não tivessem conseguido atingir todos os lugares ocu­pados pelos homens daquela tribo, pelo que somente alguns a tenham ouvido. A segunda convocação é mencionada em Juízes 7.23, e essa convocação deve ter-se mostrado mais eficaz e abrangente.

 

8.2 Que mais fiz eu agora do que vós? Temos neste versículo um pouco de lisonja da parte de Gideão. Todo ser humano gosta de elogios, naturalmente esperando sinceridade. Todo homem gosta de crer que os cumprimentos lison­jeiros que recebe são todos genuínos, a fim de que seja confirmada a boa opinião que ele tem de si mesmo. Gideão já tinha tido dificuldades suficientes com os midianitas, pelo que resolveu os seus "problemas domésticos" usando a metáfora das duas respigas de uvas. A primeira teria sido a sua vitória inicial sobre os midianitas, com a ajuda dos trezentos homens selecionados. E a segunda respiga tinha sido a operação de "limpeza", quando da fuga e total destruição do inimigo. A tribo de Efraim não colaborou significativamente na primeira parte das ações, mas teve uma participação pesada na segunda. Portanto, de acordo com o argumento lisonjeiro de Gideão, os efraimitas tinham realizado um feito maior do que o dele, por terem desempenhado um papel proeminente na segunda e maior fase das operações de guerra. A "vindima de Abiézer" (o clã original de Gideão e seus primeiros ajudantes) foi menor do que os "rabiscos de Efraim".

 

Os Targuns dizem a respeito deste trecho: "Os fracos da casa de Efraim não são mais fortes do que a casa de Abiézer?".

 

Gideão, pois, estabelecia um exemplo do espírito que se contenta em sofrer uma injustiça e não requerer uma justiça precisa mas desnecessária. Ademais, não há que duvidar que os efraimitas realmente tinham obtido uma brilhante vitória e mereciam os elogios de Gideão (ver Isaías 10.26).

 

8.3 Deus vos entregou na vossa mão. Gideão salientou algumas das realiza­ções especiais dos efraimitas, em todo o incidente. Eles tinham efetuado uma poderosa guerra santa, coroando tudo com a captura de dois dos mais importan­tes príncipes midianitas, a saber, Orebe e Zeebe, conforme comentado em Juízes 7.25. Isso posto, Efraim tinha sido capaz de realizar feitos militares importantíssi­mos, como nem Gideão fora capaz de fazer. E o resultado final disso fora que Israel havia sido libertado definitivamente dos midianitas, que tinham chegado com inúmeros e velozes camelos para tomar à força, pela sétima vez seguida, em sete anos, os frutos do trabalho dos filhos de Israel. Por conseguinte, Gideão como que reconheceu: "Vossa participação nas ações foi maior que a minha. Não posso comparar-me convosco". Essa lisonja, pois, aplacou os efraimitas indigna­dos. Ademais, os efraimitas tinham conseguido tomar muitos despojos; e um pouco de riquezas materiais e prosperidade sempre ajuda as pessoas a sentir-se mais felizes.

 

Lemos em Provérbios 15.1: "A resposta branda desvia o furor". "As palavras de Gideão mostraram-se tão vitoriosas quanto a sua espada" (Bispo Hall).

 

Bibliografia R. N. Champlin

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