sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016



TÚNICA COLORIDA E TÚNICA SEM COSTURA .


A Túnica era a peça essencial, sendo feita de dois pedaços de material, costurado de forma que a costura ficasse horizontal, à altura da cintura. Quando eram tecidas listas no material do tear, elas caíam verticalmente no tecido acabado. A túnica era como um saco em muitos aspectos. Havia uma abertura em “V” para a cabeça, e cortes feitos nas duas laterais para os braços. A túnica era geralmente vendida sem abertura em “V”, para provar que era nova. O material podia ser lã, linho ou até algodão, segundo as posses do usuário. As túnicas feitas de pano de saco ou pelo de cabra eram muito desconfiáveis por causarem irritação na pele. Só eram então usadas em épocas de luto ou arrependimento.
As túnicas masculinas eram quase sempre curtas e coloridas; as das mulheres chegavam aos tornozelos e era azul, com bordados no decote em “V”, o que em alguns casos indicava a aldeia ou região do usuário. Nas Escrituras lemos proibições de troca de vestimenta é provável que a proibição de trocar as roupas tivesse sua origem no estímulo sexual que fazia parte da religião dos cananeus (Dt 22.5).
Apenas em nível de conhecimento quando as mulheres usavam mangas longas e largas, elas as amarravam atrás do pescoço para que os braços ficassem livres.
Nas Escrituras lemos que José ganhou uma túnica de várias peças em Gn 37.3 está escrito: “E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores”. As peças adicionais eram provavelmente mangas compridas que atrapalhavam quando havia serviço a fazer. No caso de José havia indicação que ele não deveria realizar serviço pesado; ele era, portanto, o herdeiro escolhido e favorito de Jacó para governar a família. Talvez, esta situação deva ser um dos motivos que os irmãos de José o venderam como escravo.   
Já no Novo Testamento vemos que a túnica usada por Jesus deve ter sido da última moda, por não ter costura central. Teares preparados para acomodar o comprimento total da túnica só foram inventados nos seus dias (Jo 19.23). A túnica era presa à cintura por um cinto tinha às vezes uma abertura, para colocar um bolso onde guardar dinheiro ou outros pertences pessoais (Mc 6.8). O cinto era também útil para enfiar armas ou ferramentas (1 Sm 25.13). Quando os homens precisavam de liberdade para trabalhar ou correr, levantaram a barra da túnica e a prendiam no cinto, tendo assim maior liberdade de movimento. Isso era chamado de “cingir os lombos”, e a frase tornou-se uma metáfora para os preparativos. Pedro recomenda, por exemplo, discernimento claro, aconselhando os cristãos a cingirem o seu entendimento (1 Pe 1.13). As mulheres também levantaram a barra da túnica, mas no caso delas para levarem coisas de um ligar para outro. Não eram usadas roupas de dormir no fim do dia; cinto era afrouxado e a pessoa ditava-se com a sua túnica.

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