TÚNICA
COLORIDA E TÚNICA SEM COSTURA .
A Túnica era a peça
essencial, sendo feita de dois pedaços de material, costurado de forma que a
costura ficasse horizontal, à altura da cintura. Quando eram tecidas listas no
material do tear, elas caíam verticalmente no tecido acabado. A túnica era como
um saco em muitos aspectos. Havia uma abertura em “V” para a cabeça, e cortes
feitos nas duas laterais para os braços. A túnica era geralmente vendida sem
abertura em “V”, para provar que era nova. O material podia ser lã, linho ou
até algodão, segundo as posses do usuário. As túnicas feitas de pano de saco ou
pelo de cabra eram muito desconfiáveis por causarem irritação na pele. Só eram
então usadas em épocas de luto ou arrependimento.
As túnicas masculinas
eram quase sempre curtas e coloridas; as das mulheres chegavam aos tornozelos e
era azul, com bordados no decote em “V”, o que em alguns casos indicava a
aldeia ou região do usuário. Nas Escrituras lemos proibições de troca de
vestimenta é provável que a proibição de trocar as roupas tivesse sua origem no
estímulo sexual que fazia parte da religião dos cananeus (Dt 22.5).
Apenas em nível de
conhecimento quando as mulheres usavam mangas longas e largas, elas as
amarravam atrás do pescoço para que os braços ficassem livres.
Nas Escrituras lemos que
José ganhou uma túnica de várias peças em Gn 37.3 está escrito: “E Israel amava
a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e
fez-lhe uma túnica de várias cores”. As peças adicionais eram provavelmente
mangas compridas que atrapalhavam quando havia serviço a fazer. No caso de José
havia indicação que ele não deveria realizar serviço pesado; ele era, portanto,
o herdeiro escolhido e favorito de Jacó para governar a família. Talvez, esta
situação deva ser um dos motivos que os irmãos de José o venderam como
escravo.
Já no Novo Testamento
vemos que a túnica usada por Jesus deve ter sido da última moda, por não ter
costura central. Teares preparados para acomodar o comprimento total da túnica
só foram inventados nos seus dias (Jo 19.23). A túnica era presa à cintura por
um cinto tinha às vezes uma abertura, para colocar um bolso onde guardar
dinheiro ou outros pertences pessoais (Mc 6.8). O cinto era também útil para
enfiar armas ou ferramentas (1 Sm 25.13). Quando os homens precisavam de
liberdade para trabalhar ou correr, levantaram a barra da túnica e a prendiam
no cinto, tendo assim maior liberdade de movimento. Isso era chamado de “cingir
os lombos”, e a frase tornou-se uma metáfora para os preparativos. Pedro
recomenda, por exemplo, discernimento claro, aconselhando os cristãos a
cingirem o seu entendimento (1 Pe 1.13). As mulheres também levantaram a barra
da túnica, mas no caso delas para levarem coisas de um ligar para outro. Não
eram usadas roupas de dormir no fim do dia; cinto era afrouxado e a pessoa
ditava-se com a sua túnica.
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