segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Lição 04 - 24 de Janeiro de 2010 Vencendo os conflitos

 

                                                              

Texto Áureo

 

"Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos entre­gou nas mãos dos midianitas". Jz 6.13b

 

Verdade Aplicada

 

Os conflitos e as lutas fazem parte do cotidiano do verdadei­ro cristão, o que não faz parte é ser vencido por eles.

 

Objetivos da Lição

 

      Estudar sobre a natureza do conflito na área da espirituali­dade;

      Informar sobre o perigo de uma vida cheia de conflitos e indecisões;

      Destacar sobre a importân­cia de se vencer os conflitos.

 

Textos de Referência

 

Mt 11.28    Vinde a mim, todos os que estais cansados e opri­midos, e eu vos aliviarei.

Mt 11.29    Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descan­so para as vossas almas.

Mt 11.30    Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.

1 Pe 5.6     Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte;

1 Pe 5.7     Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.

 

 

Vencendo os conflitos

 

"Respondeu-lhe Gideão: Ai, Senhor meu! Se o Senhor é conosco, por que nos sobreveio tudo isto? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos país nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos mídíanítas" (Jz 6.15,14).

 

OS CONFLITOS SÃO questionamentos, luta, combate, e ao mesmo tempo, uma reação entre um pensamento estabelecido com a chegada do novo, isto é, são indagações causadas pela reflexão de um acontecimento.

 

Podemos perceber nesse versículo como estava a mente de Gideão mediante o cativeiro de seu povo e as maravilhas que tinha ouvido a respeito de Deus. Mas Gideão esqueceu de comentar e ver que o povo havia errado contra o Senhor, e seu questionamento não deveria ser bem assim. O que deveria vir ao coração dele, é: Senhor, mostra onde nós erramos, porque queremos acertar, ou seja, buscar o caminho do acerto e da obediência. Muitas vezes agimos no conflito com um pensamento cheio de justificativa negando a nossa realidade de faltas cometidas, enquanto deveríamos solicitar de Deus a orientação necessária para alcançarmos as Suas bênçãos. É bem verdade que, se fixarmos os olhos nos problemas, apenas veremos problemas e, por conseqüência, ficaremos sem enxergar o Senhor que está conosco em meio às lutas, deixando que os questionamentos e conflitos dominem a situação da nossa vida. Mas, quando temos uma visão pura e cristalina do Senhor, passamos a sentir a fé brotar no coração e então crescemos em espiritualidade, e entendemos que Deus peleja pelo seu povo.

 

Compreendo que termos momentos de questionamento na vida é natural, assim como passar pelos conflitos; o que não admissível é ver uma pessoa sempre com questionamento e sempre em conflitos, visto que a existência dessa brecha dá oportunidade ao diabo para trabalhar e agir, aprisionando a pessoa muitas vezes em situações que nem estão acontecendo e nem vão acontecer. Se uma pessoa que estiver vivendo uma situação dessa, o melhor remédio é uma vida regada de oração e leitura da Palavra de Deus.

 

GIDEÃO COM CONFLITO E TIMIDEZ

 

Como bem sabemos, os midianitas oprimiram os israelitas por sete anos. Eles subiam cada ano e tomavam os produtos alimentícios dos campos e todos os animais dos hebreus. Para sobreviver, os israelitas escondiam os alimentos do inimigo. Gideão estava preparando comida para escondê-la quando o Anjo do Senhor apareceu. Imagine este homem, trabalhando com medo do inimigo, quando ouviu as palavras do Anjo: "O Senhor é contigo, homem valente" (Juízes 6.12). Pela resposta de Gideão, parece que ele nem pensou no significado da frase "homem valente". Ele entrou diretamente numa discussão com o anjo sobre a presença de Deus. Ele não entendeu como Deus, estando com o povo, deixara Israel sofrer. Deus continuou a conversa, desafiando Gideão a resolver o problema. Já que ele duvidara da presença de Deus, devia ir à sua própria força (Juízes 6.14). Isso não! Gideão, agora, sentiu-se tão incapaz que procurou uma saída da missão dada por Deus. Ele explicou que era uma pessoa pequena, de uma família insignificante, de uma tribo pouco importante. Gideão não veio ao Senhor como homem valente. Deus ia fazer dele um líder corajoso.

 

A força verdadeira do servo do Senhor não vem de si mesmo, e sim de Deus. Ninguém é forte o bastante para resolver seus próprios problemas sozinhos, especialmente quando falamos sobre nosso problema principal: o pecado. Dependemos de Deus e de sua graça (Ef 2.8,9). Paulo disse: "Tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13). Os homens valentes, hoje em dia, são aqueles que confiam no Senhor.

 

"Eu estou contigo".

 

Nas conversas com Gideão, Deus afirmou sua presença repetidas vezes. Primeiro, ele afirmou por palavras: 'Já que eu estou contigo, ferirás os midianitas como se fossem um só homem" (Jz 6.16). Segundo, ele afirmou por sinais. Antes da primeira missão de Gideão, Deus lhe deu um sinal impressionante. O Anjo do Senhor fez subir fogo para consumir a oferta de Gideão. Enquanto pessoas faziam ofertas ao Senhor todos os dias, era muito raro o próprio Senhor mandar o fogo para consumi-las. Antes de sua segunda missão, Gideão recebeu mais três sinais. Deus deixou o orvalho molhar uma porção de lã sem molhar a terra em volta dela (Jz 6.36,38). Na noite seguinte, ele fez ao contrário, deixando a lã seca no meio de terra molhada (Jz 6.39,40). Nas vésperas da batalha, Deus permitiu que Gideão ouvisse uma conversa entre dois soldados midianitas, confirmando a sua vitória iminente (Jz 7:9,15). Terceiro Deus afirmou sua presença através de promessas cumpridas, principalmente no livramento do povo pela mão de Gideão (Jz 6.16; 7.7, 22; 8.10,12). As demonstrações de Deus foram convincentes. Gideão foi convertido!

 

A maior bênção imaginável é a presença do Senhor em nossas vidas. Quando Jesus veio ao mundo para habitar ou fazer seu tabernáculo entre os homens (João 1.14), foi lhe dado o nome Emanuel, "Deus conosco" (Mt 1.23). No final da sua missão terrestre, ele foi preparar um lugar para nós na presença de Deus (João 14.1-4). Ele prometeu fazer morada naqueles que o amam (João 14.23).

 

COMO VENCER OS CONFLITOS?

 

Vencer conflitos é um desafio bem pessoal; há momentos que somente a pessoa pode conhecer os seus limites e saber das suas fraquezas. Vivemos num mundo cheio de competições e muitas rivalidades. As pessoas cada vez mais vão se afastando umas das outras e se tornam egocêntricas e materialistas. Quando não conseguem o que querem, muitas até adoecem, ficam deprimidas e depressivas, gerando dentro de si conflitos e barreiras que lhes tiram o sentido da vida. Tais conflitos causam um vazio no coração do ser humano, que pensa que o espaço só poderá ser preenchido se conseguir aquilo que tanto almeja. Mas logo após que conquista o esperado, ainda sente uma lacuna em sua vida que lhe gera mais conflitos, como conflitos de existência ou medo de perdas, sejam de bens ou de uma pessoa que tanto ama. Então, vem à mente da pessoa: como vencer tais conflitos? Como preencher o vazio? Como não sentir medo da perda? A resposta a certas perguntas vem à medida que nos aproximamos de Deus e deixamo-lo trabalhar em nossa alma com o perdão, com a espiritualidade, com a nossa devoção por Ele e pela Sua Palavra e a vida de oração. Ninguém pode vencer os seus conflitos sem fazer uma entrega total para Deus. Nos dias atuais, temos visto várias doenças que têm assolado muita gente, como a doença do pânico, depressões e fobias, que ceifam vidas prematuramente e aprisionam outras no campo da alma. Somente Deus, na ação maravilhosa do Espírito Santo pode tratar e livrar desse ataques que são invisíveis aos nossos olhos, porém bem visíveis aos olhos do Senhor. Que Ele nos ajude sempre a manter uma vida espiritual cheia de bênçãos.

 

O PERIGO DE VER E ENTENDER O QUE QUEREMOS

 

"...Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos entregou nas mãos dos midianítas".

 

Quando analisamos o fato acontecido, compreendemos que, às vezes, queremos mudar a situação a nosso favor, isto é, poucas ou nenhuma das vezes reconhecemos aquilo que estamos vendo; se batemos com o carro sempre o culpado é o outro; se rateamos ao volante, o barbeiro é o outro; se somos multados, achamos que fomos injustiçados. Na minha particularidade tenho percebido como, às vezes, nos enganamos ou quem sabe queremos viver enganados sem ver e entender a situação que está à nossa volta. Ou ainda aquela filosofia de querer levar "vantagem em tudo" sem reconhecer que a falha é nossa.

 

No que se refere a Gideão, parece que ele tinha uma visão de penalização, isto é, aquela cultura de que "ninguém se preocupa comigo, ninguém me ama e ninguém me quer". Como se Deus realmente não soubesse o que estava acontecendo ou não compreendesse o que se passava em seu coração. Gideão via, pelo menos nesse primeiro, lance de visão alusiva ao versículo, que Deus havia entregado o povo nas mãos dos midianítas e o abandonado, e pronto; enquanto na realidade não se vê em nenhuma parte do texto o povo adorando a Deus, se santificado ou tampouco fazendo uma entrega voluntária ao Senhor, pelo contrário, o povo se volta a Deus porque não agüentava mais ser surrupiado e castigado pelos seus inimigos, por isso clamaram ao Senhor (Jz 6.6). Podemos, portanto, perceber que Gideão estava vendo e entendendo o que queria ver e como isso é perigoso.

 

Você está se perguntando: como posso estar vendo e entendendo aquilo que quero?

 

• Quando me julgo sempre com razão;

• Quando sempre procuro enxergar com a minha visão;

• Quando apenas penso de acordo com a minha vontade;

• Quando não procuro o propósito de Deus;

• Quando tenho preocupação apenas com aquilo que acho certo;

• Quando busco ser aquilo que desejo e não o que Deus deseja.

 

Bibliografia J. A. Soares



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