segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Lição 05 - 31 de Janeiro 2010 Estratégia para vencer o inimigo

 

Texto Áureo

 

"Ai dos que descem ao Egito a buscar socorro, e se estribam em cavalos; e têm confiança em carros, porque são muitos; e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos; e não atentam para o Santo de Israel, e não buscam ao Senhor". Is 31.1

 

Verdade Aplicada

 

O homem que confia em sua própria força se decepcionará, mas os que confiam no Senhor verão as suas maravilhas.

 

Objetivos da Lição

 

      Compreender que somente o Senhor garante a vitória;

      Destacar que a derrota do homem vem quando ele aban­dona o Senhor;

      Conhecer as estratégia de Deus para nossas vidas.

 

Textos de Referência

 

Sl 124.1     Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora diga Israel:

Sl 124.2     Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quan­do os homens se levantaram contra nós;

Sl 124.3     Eles então nos teri­am engolido vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós;

Sl 124.4     Então as águas teri­am transbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma;

Sl 124.5     Então as águas alti­vas teriam passado sobre a nossa alma;

 

 

Usando de estratégia para vencer o inimigo

 

Segundo o dicionário Aurélio, estratégia é a arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições favoráveis com vista a objetivos específicos. Os servos de Deus devem ter consciência das lutas que são constantes, dos ataques do mundo, da carne e do diabo. Não poucas vezes, temos visto pessoas sofrendo, chorando e se lamentando por queda espiritual e decepções. O que é de se lamentar, é que conseqüentemente tais pessoas se acomodam, "permitindo" que o fracasso domine suas vidas, sem qualquer reação para mudar essa situação, e, aí é onde tudo desaba e a pessoa morre. Qual seria o meio para mudar? Qual seria o caminho a ser seguido? A resposta é simples e objetiva falta estratégia, isto é, utilizar o recurso que está a seu alcance. Se em suas mãos os recursos são poucos, está na hora de você confiar mais em Deus; meditar na Palavra, guardar a Palavra, praticar a Palavra ou simplesmente orar, orar e orar, pois Deus enviará a resposta; assim como aconteceu com Daniel, que ficou 21 dias esperando a resposta do Senhor, mas não desistiu, permanecendo fiel.

 

Vencer o inimigo sem estratégia é impossível; é necessário planejar e isso demanda tempo, paciência, estudo de caso, inteligência e dependência de Deus. Hoje, infelizmente há muita gente dependendo de favores de "fulano e sicrano"; quando falo de "favores", digo fazer algo sem pedir a orientação de Deus ou possuir a certeza da bênção divina em tais atitudes. Há pessoas que "querem simplesmente por que querem", e por isso terminam com problemas espirituais, emocionais e ministeriais. E para lutar contra o inimigo é necessário que o conheçamos, que o analisemos e que tenhamos visão de Deus para percebermos os seus ataques e não sermos surpreendidos.

 

Vencer é o desejo de todos nós, mas a questão aqui é: como vencer? Há pessoas que querem vencer de qualquer maneira e se esquecem do propósito de Deus, da Sua vontade e direção. Não vejo isso como vitória e sim como trapaças, roubo e falta de escrúpulos, e falta do novo nascimento, falta de conversão e acima de tudo falta da bênção de Deus. Um crente, cuja natureza é vinda de Cristo, não tem atitudes anticristãs, não tem reação como ímpio, pois sabe que é nascido de Deus e vence com os métodos dados pelo Espírito Santo; aí sim, terá a bênção completa vinda do Senhor.

 

O DEUS QUE DÁ VITÓRIA

 

Chegou o dia da grande batalha (Jz 7). Gideão conduziu seu exército de 32.000 israelitas para o campo de conflito contra 135.000 midianitas. Sua desvantagem militar era de 4 contra 1! Deus não deixou Gideão entrar na batalha com este número de soldados. Em duas etapas, ele diminuiu a força militar de Israel. Primeiro, 22.000 voltaram para casa, e os midíanitas ficaram com uma vantagem de 13,5 contra 1. Na segunda etapa, Deus mandou embora mais 9.700 israelitas, deixando Gideão com apenas 300 soldados. Para vencer o inimigo, cada soldado israelita teria que vencer 450 do inimigo!

 

Deus, na sua perfeita sabedoria, tinha um propósito bem definido nesta redução das forças militares de Israel. Ele mandou seu exército à batalha com uma desvantagem tão grande que ninguém poderia dizer: "A minha própria mão me livrou" (Jz 7.2). Usando uma estratégia que não fez nenhum sentido, em termos militares, a pequena banda de israelitas venceu o exército dos midianitas.

 

Até hoje, muitas pessoas não aprenderam esta lição. Confiam em números, achando que grandes multidões são evidências da aprovação de Deus. Dependem de estratégias e táticas humanas e carnais para alcançar alvos de crescimento de igrejas. E, no fim, se gabam em seus relatórios, destacando os grandes feitos de homens. Muitos missionários e outros líderes religiosos, como os midíanitas, confiam nos grandes números e nas táticas humanas (igrejas promovendo atividades não espirituais para aumentar sua freqüência, ensinando mensagens diluídas que parecem mais relevantes aos seus ouvintes carnais do que a mensagem da cruz, destacando edifícios impressionantes para atrair pessoas que não aceitariam a chamada simples de um Salvador humilde, etc).

 

Mas, os verdadeiros servos de Deus não se desviarão para tais caminhos errados. "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor!" (Jr 17.5). "Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo" (Gl 6.14). "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8.31).

 

UTILIZANDO ESTRATÉGIAS DE DEUS

 

Shedd comenta que, no capítulo 6.36-40 de Juízes, Gideão não está procurando saber qual seja à vontade Deus. Esta já lhe foi exposta claramente (Vv 14,16). Pediu sinais de Deus, na lã, com ou sem orvalho, para fortalecer sua própria fé e, ao mesmo tempo, obter evidências para que o povo pudesse reconhecer que sua comissão de líder viera de Deus. Portanto, este não pode ser um método bíblico para se conhecer a vontade Deus (Pv 3.5; Tg 1.5-8).

 

Quantas vezes perdemos as bênçãos por tentar utilizar os nossos meios, sofremos conseqüências terríveis. Quem não se lembra de Abraão e Sara com o filho da promessa, e a precipitação de Sara, dando sua escrava Agar para coabitar com seu marido? "Tal ação trouxe sofrimento à sua casa; e a atitude de Jonas, fugindo para não pregar na cidade de Nínive? É importante observar que a razão, em alguns momentos, tira a visão do modo que Deus deseja trabalhar para abençoar, visto que os caminhos do homem não são os caminhos de Deus e as minhas estratégias nem sempre estarão de acordo com as dEle. Quantas pessoas estão sofrendo porque pensam ou tentam adivinhar aquilo que pode ou não agradar ao Senhor! E bem verdade que as estratégias de Deus são estranhas aos olhos humanos, como, por exemplo, cuspir e fazer lodo para curar alguém de uma cegueira, se podia apenas ordenar; multiplicar o azeite da viúva, quando está quase acabando, se poderia simplesmente enviar alguém com botijas cheias; determinar a Israel em rodear uma cidade como Jericó sete vezes; ordenar a Moisés a tocar com a vara no Mar Vermelho em vez de abri-lo somente; e como entender o machado que flutua, após soltar do cabo e cair nas águas e depois subir? O caso da multiplicação com apenas três pães e dois peixinhos, por que não ir para um lugar que tivesse bastante comida para alimentar aquela multidão? E o caso típico de Gideão: por que com 300 e não com os 32.000 homens? Essa é fácil, você pode está aí pensando, é para o homem não se gloriar e se orgulhar, achando que em suas mãos isso fez (Jz 7.2); Deus jamais deseja apoiar os homens que se gloriam nas suas próprias forças, não reconhecendo a graça e o poder de Deus (Sl 107). A redução do número das forças de Gideão (Jz 7.3,4) tinha como propósito evitar a presunção. Iria mais além a todos os métodos, Deus utiliza a sua estratégia para nos dar uma lição, mostrando que o seu modo de trabalho sempre alcança resultado, mesmo que o seu modelo venha a ser julgado pelo homem como uma incoerência (cuspir e fazer lodo, multiplicar o azeite da viúva ou multiplicar os pães); o que precisamos é aceitar, e entender que Deus tem as estratégias e que temos que segui-las, não existem relativismo para ser vitorioso, não pode haver questionamento para obedecê-lomas voluntariedade e humildade para aceitar. Porque com toda convicção, a melhor resposta é aquela registrada na Bíblia Sagrada, isto é, se Deus fez daquela maneira, foi para mostrar que suas estratégias são impossíveis aos olhos humanos, porém, perceptível a nossa fé, pois tudo é possível ao que crê. Aleluia! A grande verdade é que temos facilidade em admitir o pensamento dos homens e pouca ou quase nenhuma aceitação a revelação de Deus declarada nas Escrituras. Tudo isso demonstra a natureza pecadora e desobediente da natureza humana.

 

COMO UTILIZAR AS ESTRATÉGIAS DE DEUS?

 

Penso que poderia dizer muitas coisas "prontas" para você utilizar como métodos de Deus, como: subir uma escada 10 vezes, pedir para repetir palavras de efeito, tomar banho com esse ou aquele sabonete, queimar aquela roupa que você detesta, pegar este ou aquele retrato ou tomar aquilo. Mas estaria induzindo à crendice e a valores supersticiosos, enquanto a realidade é simples e puramente bíblica. O que devemos fazer é renunciarmos ao mundo, arrependemos dos pecados, ter uma vida de oração, viver a santificação, meditar na Palavra de Deus e procurar ter uma íntima comunhão com o Senhor.

 

Bibliografia J. A. Soares

Nenhum comentário:

Postar um comentário